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Itaú terá unidades de gestão de fortunas no México e Suíça

Líder em private banking no Brasil, banco quer crescer na América Latina

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O Itaú terá até o final deste ano escritórios de private banking - destinados a clientes de altíssima renda - no México e na Suíça. O banco, que tem como objetivo ser o maior gestor de fortunas de cidadãos latino-americanos, já está presente em oito países: Brasil, Estados Unidos, Luxemburgo, Bahamas, Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai. O diretor-executivo do Itaú Private Bank, Lywal Salles, afirmou ter interesse em comprar unidades de concorrentes em vários países da América Latina - com exceção da Venezuela.

Uma aquisição seria uma forma rápida de ingressar no México, o maior mercado do continente e país onde o Itaú ainda não está presente. Se não houver aquisições interessantes no México, Salles afirma que o banco irá atrás de uma licença para iniciar os negócios do zero. Já a Suíça atraiu o interesse por ser  um centro de excelência em private banking. O banco brasileiro não encontrou uma aquisição interessante e decidiu que abrirá uma filial até o final do ano. A intenção é agradar aos clientes de fora do Brasil, que não se contentam com a atual filial européia, localizada em Luxemburgo.

A expansão da unidade de private banking por meio de aquisições tem sido comum para o Itaú. Nos últimos anos, a instituição comprou negócios de gestão de fortunas do BBA, BankBoston, Lloyds, Brascan, ABN-Amro, BBVA, Bamerindus e Matrix em vários países. Mesmo nas unidades compradas nos EUA e Luxemburgo, o nicho explorado são sempre os latino-americanos. Desde 2002, o montante de recursos sob gestão subiu de 11 bilhões para 52 bilhões de reais. Apesar de se manter líder de mercado no Brasil, com 17% de participação e bem à frente do segundo colocado, o banco perdeu espaço nos últimos anos devido ao ingresso de um maior número de concorrentes estrangeiros nesse segmento.

O executivo diz que a crise do subprime só fortaleceu os negócios do Itaú em gestão de fortunas. Quando o banco comprou o BankBoston, em 2006, metade dos clientes de unidade de private banking de Miami deixaram o banco no mesmo mês. "Éramos uma instituição sem grau de investimento que vinha de um país sem grau de investimento", afirmou. Agora, diz ele, a crise do subprime gerou desconfiança sobre a solidez dos bancos americanos e o Brasil goza de muito mais prestígio internacional. "O valor de mercado do Itaú hoje é um pouco menor que o do UBS e 60% do valor do Citi. Tudo mudou."

Clientes

Os principais clientes da unidade de private banking do Itaú são empresários de 40 a 60 anos que ganharam dinheiro com IPOs (ofertas iniciais de ações, na sigla em inglês), opções de ações (stock options) ou gigantes do agronegócio. Esses empresários, em geral, começaram praticamente do zero e conseguiram construir fortunas com o desenvolvimento da economia brasileira.

No exterior, o banco consegue captar clientes principalmente devido à reputação construída nos últimos anos. O Itaú foi considerado pela revista Euromoney o segundo melhor private banking da América Latina, atrás apenas do suíço UBS.

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