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Gosta de emoção? Título argentino paga 74% ao ano

Para investir no país vizinho tem que ter apetite muito grande ao risco e principalmente sangue frio

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Argentina: resultado das prévias surpreendeu ao mercado e fez dólar disparar frente ao peso (Martin Acosta/Reuters)

Argentina: resultado das prévias surpreendeu ao mercado e fez dólar disparar frente ao peso (Martin Acosta/Reuters)

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Karla Mamona

Publicado em 16 de agosto de 2019 às, 17h32.

São Paulo – Se investimento em ações e em opções não lhe garante adrenalina suficiente, que uma modalidade mais radical: títulos argentinos?

O Banco Central da República Argentina (BCRA) aumentou em 10 pontos percentuais a taxa de juros do país, ficando em 74% ao ano. O anúncio foi feito em meio à desvalorização do peso argentino frente ao dólar após os resultados das primárias eleitorais. Além de uma ferramenta para o controle do câmbio, a medida também serve para atrair investidor ao país.

Se os seus olhos brilharam com a possibilidade de ganhar em meio ao caos político argentino é melhor ter cuidado. A pessoa física que investe em Argentina tem que ter um apetite muito grande ao risco e principalmente sangue frio devido ao atual cenário e o histórico do país.

“A Argentina é sempre um caos. Eu não indico o país para o investidor pessoa física”, afirma Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da casa de análise Levante.

O risco do título argentino tão atrativo é um só: o Tesouro do país não pagar o investidor. Isso porque a chance de a Argentina pedir moratória da sua dívida novamente é grande. O CDS (Credit Default Swap), uma operação financeira que funciona como um seguro contra calotes de países e empresas subiu de 1.017 na última sexta-feira para 2.766,92. Ou seja, o mercado acredita que o calote é cada dia mais possível.

Se mesmo assim o investidor ainda quiser se aventurar na Argentina, a primeira orientação é que ele faça com uma parcela pequena do seu capital, no máximo 5%. Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, sugere que o investidor faça operações diluídas e estruturadas, que são aquelas que combinam dois ou mais ativos.

Se ele não tiver conhecimento para isso, o ideal é que investidor procure fundos que são expostos à Argentina. “Os fundos, por terem mais know how e acesso a uma quantia maior de empresas, acabam diluindo um pouco o risco.”  Entretanto, vale lembrar que os fundos não passaram incólume ao banho de sangue da Argentina nesta semana.

A gestora brasileira Exploritas Alpha América Latina, por exemplo, perdeu mais de 8% em um dia. O gestor Daniel Delabio afirmou a EXAME que está estudando novas alocações e trocas em sua carteira, e que “estão mais perto de comprar do que de vender.”

Delabio é outro que não indica ao investidor pessoa física comprar o título de 74% ao ano do governo argentino. “Se alguém lhe oferece algo muito fora do comum é melhor desconfiar.” 

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