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Com novas regras, fundos imobiliários são boas oportunidades

Nova classificação dos fundos imobiliários deve facilitar identificação de estratégia pelo investidor

Casas sobre moedas: os 260 fundos imobiliários hoje existentes no mercado serão divididos em dois níveis (denphumi/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2015 às 11h26.

São Paulo - Os fundos imobiliários terão uma nova classificação que facilitará para o investidor identificar sua estratégia e em que tipos de imóveis eles investem.

A classificação foi anunciada hoje pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e deve começar a ser divulgada aos investidores no começo de outubro.

“Os ativos dos fundos estão sendo negociados no mercado com descontos elevados, o momento é bom para entrar, e a classificação facilitará o entendimento dos investidores que sabem que esse é um investimento de longo prazo, com ciclo econômico maior”, diz Rodrigo Machado, vice-presidente de Produtos Imobiliários da Anbima.

“Em algum momento essa indústria será beneficiada pela economia e pela nova classificação”, afirma.

Os 260 fundos imobiliários hoje existentes no mercado serão divididos em dois níveis.

O primeiro vai definir sua estratégia, ou mandato, que se subdividirá em cinco categorias: Desenvolvimento para Renda, Desenvolvimento para Venda, Renda, Títulos e Valores Mobiliários e Híbridos. O segundo nível definirá o tipo de gestão, se ativa ou passiva.

Desenvolvimento, renda e títulos

No caso da estratégia Desenvolvimento para Renda, o fundo deverá usar mais de dois terços de seu patrimônio para comprar imóveis na planta ou em construção para ficar com o imóvel e ganhar com aluguel.

É o caso, por exemplo, dos fundos que constroem prédios, ou agências ou shoppings, em alguns casos sob medida, para determinadas empresas ou bancos alugarem.

Desenvolvimento para Venda é a construção ou reforma de bens para posterior venda com lucro.

Os fundos imobiliários de Renda são semelhantes aos de Desenvolvimento para Renda, mas com a diferença de que só compram imóveis prontos para ganhar o aluguel, ou seja, não têm o risco da construção.

Os de Títulos e Valores Mobiliários usarão dois terços ou mais de seu patrimônio para comprar papéis ou ativos de renda fixa do setor, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Fundos de Participações (FIP) ou fundos de recebíveis (Fidc).

Depois, os fundos repartem os rendimentos dos papéis com os cotistas. E os fundos imobiliários Híbridos vão unir em um só algumas dessas estratégias, sem concentração em nenhuma específica.

Gestão ativa ou passiva

Já quanto ao tipo de gestão, se ativa, significa que o fundo vai estar constantemente reavaliando sua carteira e buscando novos imóveis para trocar.

Se for passivo, será exclusivo daqueles imóveis em que começou ou tentará acompanhar um indicador do setor. Se um fundo passivo vende o único imóvel, um shopping, por exemplo, ele repassa o dinheiro aos cotistas e acaba.

Outra opção de fundo passivo pode ser um que compre cotas de outros fundos para acompanhar o Ifix, índice do setor na bolsa.

Tipos de imóveis

Os fundos imobiliários aplicam hoje em 11 tipos principais de ativos: Lajes Corporativas, Shopping Centers, Logística, Hospitais, Residenciais, Títulos e Valores Mobiliários, Agências Bancárias, Educacionais, Hotéis, Híbridos e Outros.

Menor volume de emissões desde 2008

Os fundos imobiliários passam por uma fase bastante difícil pois são afetados diretamente pela taxa de juros alta e pela queda nas operações do mercado imobiliário, com retração nas vendas e nos aluguéis, observa Machado.

Tanto é assim que o volume de emissões de fundos no mercado até junho, de R$ 4,5 bilhões, é o menor desde 2008. Também o número de emissões de fundos imobiliários neste ano, 15 até junho, é a menor em sete anos. O pico em valores foi 2011, com R$ 16,1 bilhão, e em número de ofertas em 2012, com 72 novos fundos.

Fundos com descontos

Falando sobre as perspectivas para o setor, Machado lembrou que os fundos imobiliários são muito suscetíveis à situação econômica e à taxa de juros, “que está alta e pode subir mais”.

Apesar de observar que isso reduziu o valor das cotas, criando oportunidades de comprar imóveis com descontos, Machado alerta que o investidor não pode deixar de olhar o que tem dentro de cada fundo. “Um fundo com um shopping para renda tem um comportamento diferente de um para lajes comerciais”, diz.

“Não podemos esquecer que há ativos reais dentro desses fundos, apesar das garantias dadas pelas regras do setor, que exigem que os imóveis não podem ter dívida”, lembra.

A maior também já conta com ocupação garantida, em alguns casos com 100% de ocupação e com aluguéis de longo prazo corrigidos pelo IGP-M. “Mas mesmo no aluguel é preciso lembrar que pode haver repactuação a cada três anos, e a tendência é de queda nos aluguéis”, alerta.

Retorno de 12% ao ano

Ainda assim, com todas as dificuldades, os fundos imobiliários têm dado um retorno médio de 12% ao ano em renda para os investidores, já líquidos de imposto de renda.

“E ainda há a correção do rendimento pela inflação do IGP-M.” Segundo Machado, é uma renda interessante mesmo se comparada com o ganho elevado da renda fixa e considerando que o preço do imóvel também tende a acompanhar a inflação com o tempo.

“Mesmo no momento de taxa de juros alta, dependendo do tipo de fundo e do tipo de imóvel, ele pode ter um ganho interessante.”

Aposta no novo ciclo ou ganho com papéis

Para quem teme investir agora, Machado cita o caso dos fundos para Desenvolvimento, em projetos ou imóveis em construção.

“Essa condição atual da economia e do mercado é cíclica, e um empreendimento que começa a ser construído agora pode ser concluído daqui quatro ou cinco anos, já em outra fase, outro ciclo, de mercado mais aquecido e retornos maiores”, explica.

Há ainda o caso de fundos de títulos e valores mobiliários, que podem tirar vantagem do ambiente de juros mais altos. “E os fundos permitem ao investidor pessoa física de menor porte ter acesso a papéis que exigem valores muito maiores, como os CRI” diz.

Ao mesmo tempo, Machado recomenda atenção. “Mesmo com essa perspectiva, esses fundos exigem bastante cuidado, não dá para entrar sem analisar bastante.”

Fora do aumento do imposto

Machado disse que o aumento do imposto sobre ganhos de capital proposto pelo governo no pacote de ajuste fiscal, que prevê alíquota de 30% para vendas de imóveis acima de R$ 20 milhões, não prejudicará os fundos imobiliários.

“Ao contrário, passa a ser mais vantajoso investir em imóveis via fundos do que diretamente”, afirma o executivo. Ele lembra que os fundos não pagam imposto ao vender os imóveis de suas carteiras, e o ganho é distribuído aos cotistas também isento de imposto no caso das pessoas físicas.

Já no caso da venda das cotas dos fundos imobiliários no mercado, Machado lembra que o investidor ainda estará sujeito a imposto de renda de 20% sobre o ganho de capital. “Mas esse imposto não foi alterado, é uma lei específica, a 8.668 que define a tributação na venda das cotas”, diz.

Novos fundos à vista

Sobre a queda nas ofertas e lançamentos de fundos imobiliários, Machado acredita que alguns tipos de carteiras têm mais chances de ir a mercado, apesar do ambiente ruim.

“Os fundos de títulos e valores mobiliários têm perspectiva maior”, diz o executivo.

“Esses fundos podem se aproveitar deste momento de renda fixa alta para encontrar papéis mais rentáveis, e ainda trazem uma roupagem mais simples de aplicações mais sofisticadas para o investidor comum e sem o imposto de renda”, lembra.

“Nos próximos 12 meses, as novas emissões devem estar voltadas para esse tipo de fundo”, diz.

Isso não significa, porém, que não haja novos lançamentos de outras estratégias, mesmo que em menor quantidade, destaca Machado.

“Outros tipos devem vir para aproveitar alguma brecha específica de oportunidade de mercado”, afirma.

Ele diz que há investidores institucionais e estrangeiros olhando para o mercado imobiliário brasileiro porque o momento pode ser bom para comprar imóveis para vender no longo prazo, quando o ciclo de baixa acabar.

“E por que não usar o conhecimento do gestor para selecionar um imóvel de qualidade para carregar e vender lá na frente?”, afirma. Portanto, os dois tipos de fundos, os de títulos e os de oportunidades devem ser os destaques no setor imobiliário nos próximos 12 meses.

São Paulo - Imóveis próximos a pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro podem custar de 529 mil reais a 15 milhões de reais. É o que aponta levantamento do portal de classificados imobiliários VivaReal. O imóvel mais barato, de 529 mil reais, tem 20 metros quadrados e fica perto da praia do Leblon, bairro com o metro quadrado mais caro da cidade. Já as unidades mais caras são duas coberturas, uma com vista para a praia do Leblon e a outra para a praia da Barra da Tijuca, além de uma casa com seis quartos na Barra da Tijuca: os três imóveis são vendidos por 15 milhões de reais. Além de serem localizados em bairros nobres, com preços médios de metro quadrado altos, o fato de o imóvel estar próximo a um ponto turístico valoriza ainda mais a unidade, diz Lucas Vargas, vice-presidente executivo do VivaReal. "Pesquisas apontam que as pessoas estão dispostas a pagar mais por imóveis que têm pontos de interesse, como atrações turísticas, que estejam a um quilômetro de distância da unidade, o que permite que o trajeto possa ser percorrido a pé". O ponto turístico também costuma ser um chamariz para investimentos do governo local, diz o executivo. "Essas áreas costumam ter mais opções de transporte e comércio, além de maior segurança com o objetivo de atrair turistas". Como há a promessa de que a região se desenvolva mais rapidamente por conta desses incentivos, esse potencial de valorização acaba sendo embutido nos preços de casas e apartamentos na região. Bairros com pontos turísticos também costumam ter espaços para lazer, prática de atividades esportivas e contato com a natureza. Essas características também valorizam o preço do imóvel. "A qualidade de vida é uma das prioridades de quem busca uma casa ou apartamento para comprar", conclui Vargas. Veja nas fotos a seguir quanto custam imóveis localizados perto dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro, como a praia de Copacabana, o Pão de Açúcar, a Lapa e a praia de Ipanema:
  • 2. Praia de Copacabana

    2 /27(Divulgação/VivaReal)

  • Veja também

    PreçoR$ 8,5 milhões
    Área420 metros quadrados
    Quartos4 (1 suíte)
    Vaga de garagem3
    CondomínioR$ 2.500
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  • 3. Lagoa Rodrigo de Freitas

    3 /27(Divulgação/VivaReal)

  • PreçoR$ 9,8 milhões
    Área598 metros quadrados
    Quartos4 (2 suítes)
    Vaga de garagem3
    CondomínioR$ 4.500
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  • 4. Praia de Ipanema

    4 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 13 milhões
    Área264 metros quadrados
    Quartos3 suítes
    Vaga de garagem2
    CondomínioR$ 5.500
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  • 5. Pedra da Gávea

    5 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 9,5 milhões
    Área1.600 metros quadrados
    Quartos4 (3 suítes)
    Vaga de garagem2
    CondomínioR$ 2.200
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  • 6. Praia do Leblon

    6 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 15 milhões
    Área680 metros quadrados
    Quartos4 suítes
    Vaga de garagem3
    CondomínioR$ 3.500
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  • 7. Jardim Botânico

    7 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 7,6 milhões
    Área556 metros quadrados
    Quartos5 (2 suítes)
    Vaga de garagem2
    CondomínioNão tem
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  • 8. Palácio do Catete

    8 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 1,2 milhão
    Área200 metros quadrados
    Quartos3 (1 suíte)
    Vaga de garagem1
    CondomínioNão divulga
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  • 9. Lagoa Rodrigo de Freitas

    9 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 4,7 milhões
    Área227 metros quadrados
    Quartos4 (2 suítes)
    Vaga de garagem3
    CondomínioNão divulga
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  • 10. Escadaria Selarón

    10 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 4,2 milhões
    Área450 metros quadrados
    Quartos5 (2 suítes)
    Vaga de garagem1
    CondomínioNão tem
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  • 11. Praia de Ipanema

    11 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 9.47 milhões
    Área300 metros quadrados
    Quartos4 suítes
    Vaga de garagem2
    CondomínioNão divulga
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  • 12. Centro da Lapa

    12 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 750 mil
    Área63 metros quadrados
    Quartos2 (1 suíte)
    Vaga de garagem1
    CondomínioR$ 550
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  • 13. Bondinho do Pão de Açúcar

    13 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 1,9 milhão
    Área224 metros quadrados
    Quartos4 (1 suíte)
    Vaga de garagem1
    CondomínioNão divulga
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  • 14. Praia da Barra da Tijuca

    14 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 15 milhões
    Área1.100 metros quadrados
    Quartos6
    Vaga de garagem9
    CondomínioNão tem
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  • 15. Pedra da Gávea

    15 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 1.6 milhão
    Área150 metros quadrados
    Quartos4 (1 suíte)
    Vaga de garagem2
    CondomínioR$ 1.500
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  • 16. Praia da Barra da Tijuca

    16 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 15 milhões
    Área600 metros quadrados
    Quartos6 (4 suítes)
    Vaga de garagem5
    CondomínioR$ 3.200
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  • 17. Palácio do Catete

    17 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 3,2 milhões
    Área200 metros quadrados
    Quartos2
    Vaga de garagemNão divulga
    CondomínioR$ 1.500
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  • 18. Pedra da Gávea

    18 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 1,8 milhão
    Área93 metros quadrados
    Quartos2 (1 suíte)
    Vaga de garagem2
    CondomínioR$ 2.300
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  • 19. Praia do Leblon

    19 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 529 mil
    Área20 metros quadrados
    Quartos1
    Vaga de garagemNão divulga
    CondomínioR$ 250
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  • 20. Praia de Ipanema

    20 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 990 mil
    Área40 metros quadrados
    Quartos1
    Vaga de garagemNão divulga
    CondomínioR$ 400
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  • 21. Jardim Botânico

    21 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 1,79 milhão
    Área105 metros quadrados
    Quartos3 (1 suíte)
    Vaga de garagem1
    CondomínioR$ 450
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    window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}
  • 22. Praia de Copacabana

    22 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 1,9 milhão
    Área220 metros quadrados
    Quartos3
    Vaga de garagem1
    CondomínioR$ 980
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  • 23. Jardim Botânico

    23 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 1,25 milhão
    Área95 metros quadrados
    Quartos3
    Vaga de garagem2
    CondomínioR$ 750
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    window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}
  • 24. Praia de Ipanema

    24 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 990 mil
    Área57 metros quadrados
    Quartos1 suíte
    Vaga de garagemNão divulga
    CondomínioR$ 420
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  • 25. Bondinho do Pão de Açúcar

    25 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 2,5 milhões
    Área230 metros quadrados
    Quartos4 (2 suítes)
    Vaga de garagem3
    CondomínioR$ 1.000
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  • 26. Praia do Leblon

    26 /27(Divulgação/VivaReal)

    PreçoR$ 950 mil
    Área45 metros quadrados
    Quartos1
    Vaga de garagemNão divulga
    CondomínioNão divulga
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  • 27. Agora veja quanto custam os apartamentos nos bairros nobres do RJ

    27 /27(marchello74/Thinkstock)

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