São Paulo - Os cancelamentos de contratos de compra de imóveis na planta no Brasil, os chamados distratos, cresceram 10,7% em 2015 quando comparados ao ano anterior. É o que aponta um levantamento da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
No ano passado, foram cancelados 49.955 mil contratos de compra de imóvel na planta no Brasil, contra 45 mil em 2014.
Em 2014 e 2015 foram cancelados, em média, entre 3.800 a 4.200 contratos por mês. O mês que registrou o maior número de contratos cancelados foi setembro de 2015, quando 6.500 mutuários desistiram da compra da casa.
O levantamento feito pela Abrainc e a Fipe considera dados informados por 19 construtoras e incorporadoras associadas à Abrainc: Brookfield, Canopus, Cury, Cyrela, Direcional, Emccamp, Esser, Even, EZtec, Gafisa, Helbor, HM, JHSF, Moura Dubeux, MRV, Odebrecht Realizações, Patrimar, PDG, Plano & Plano, Rodobens, Rossi, Setin, Tecnisa, Tenda, Trisul, Viver e Yuny.
Para Luiz Fernando Moura, diretor da Abrainc, o aumento do número de contratos cancelados pode ser explicado pela entrega de uma maior quantidade de imóveis em 2015 do que nos anos anteriores, aliada à maior restrição dos bancos para conceder o financiamento da casa, que temem uma alta da inadimplência na crise. "Em 2015, muitos imóveis construídos em 2012, ano em que o mercado imobiliário registrou recorde de vendas, foram entregues".
Como em 2016 devem ser entregues imóveis adquiridos a partir de 2013, quando o mercado imobiliário começou a desaquecer, a expectativa de Moura é que o número de cancelamento de contratos também deva diminuir este ano. "Outros fatores, como uma seleção mais cautelosa de clientes pelas construtoras, além da saída de investidores do mercado, também devem fazer com que esse número diminua".
O diretor da Abrainc alerta, no entanto, que o número de distratos pode continuar a ser relevante este ano caso os critérios para financiamento imobiliário dos bancos fiquem ainda mais restritos. "Isso vai depender das estratégias de cada instituição financeira e de como a atividade econômica irá evoluir em 2016".
Mutuário fica com o prejuízo
Na hora de cancelar o contrato, o maior ônus é de quem adquiriu o imóvel na planta, seja porque já pagou cerca de 20% do valor do imóvel durante a construção e pode receber propostas da construtora para devolver a maior parte dos valores pagos, ou porque pode não conseguir comprar agora um imóvel semelhante pelo mesmo valor.
O advogado especialista em direito imobiliário Marcelo Tapai afirma que, por meio de um processo judicial, o comprador pode pedir a devolução de 90% do valor já pago durante a construção da unidade nos casos em que o consumidor ficou inadimplente ou não tem renda suficiente para financiar o imóvel.
O advogado ressalta que o imóvel na planta é sempre uma promessa de compra e venda sem garantias, mas o comprador tem o direito de desistir da aquisição.
Aos futuros compradores, resta se prevenir antes de fechar a compra de um imóvel na planta agora. O ideal é fazer simulações de qual foi a variação do Índice Nacional de Construção Civil (INCC) nos últimos três anos para verificar sua capacidade de pagamento das parcelas durante a construção e para financiar o imóvel ao término da construção (veja os imóveis que você pode financiar de acordo com a sua renda).
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1. Em baixa
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1/40 (ThinkStock/inxti/Reprodução)
São Paulo – Os preços médios cobrados nos aluguéis de imóveis na cidade de São Paulo vêm caindo nos últimos meses. Segundo a mais recente pesquisa mensal de locação do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), os valores cobrados pelos aluguéis na cidade registraram queda de 2,5% de dezembro de 2014 a dezembro de 2015, em média. A valorização fica bem abaixo da alta de 10,5% do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) no mesmo período. O índice é utilizado como referência para os reajustes do aluguel. Os preços para locação
vinham aumentando abaixo da inflação de dezembro de 2013 a dezembro de 2014, mas no acumulado dos últimos doze meses passaram a cair. As variações são referentes apenas aos preços cobrados em novos contratos. Os dados não refletem os reajustes praticados na renovação do contrato de aluguel. Apenas 38 bairros estão incluídos na pesquisa do Secovi. A entidade argumenta que necessitaria de uma quantidade muito grande de imóveis para calcular os preços de bairros como Morumbi, Brooklin e Vila Nova Conceição, sem distorções. O levantamento se baseia em preços cobrados por 100 imobiliárias na cidade. Na lista, Jardins, Perdizes e Pinheiros registram os aluguéis mais caros. Já São Mateus, Jardim Aricanduva e Sapopemba são os bairros com valores médios mais baixos. Navegue pela galeria e confira o ranking dos bairros com os aluguéis mais caros e baratos da cidade. A lista foi ordenada a partir do preço médio cobrado pelos aluguéis, do mais alto para o mais baixo. Nas tabelas, os valores médios são divididos de acordo com o número de dormitórios e estado de conservação dos imóveis, sendo que os preços máximos se referem a imóveis em bom estado e com uma vaga de garagem e os preços mínimos refletem os preços de unidades em estado regular.
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2. 1º lugar: Jardins
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2/40 (Caio do Valle/Wikicommons)
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3. 2º lugar: Perdizes
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3/40 (Germano Luders/EXAME)
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4. 3º lugar: Pinheiros
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4/40 (Alexandre Giesbrecht/Wikimedia Commons)
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5. 4º lugar: Moema
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5/40 (Peter Louiz/Wikicommons)
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6. 5º lugar: Pompéia
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6/40 (Alexandre Battibugli / Abril Dedoc)
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7. 6º lugar: Saúde
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7/40 (Marcosleal/WikimediaCommons)
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8. 7º lugar: Vila Mariana
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8/40 (Alexandre Possi/ Wikicommons)
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9. 8º lugar: Vila Leopoldina
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9/40 (Leandro Fonseca/ VOCÊ S/A)
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10. 9º lugar: Centro
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10/40 (Embratur/Divulgação)
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11. 10º lugar: Bela Vista
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11/40 (Kelsen Fernandes / Fotos Públicas)
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12. 11º lugar: Vila Prudente
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12/40 (Lukaaz/Wikimedia Commons)
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13. 12º lugar: Ipiranga
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13/40 (Rodrigo Soldon/Wikimedia Commons)
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14. 13º lugar: Aclimação
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14/40 (Flickr/Adriano Makoto Suzuki/Divulgação)
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15. 14º lugar: Jardim da Saúde
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15/40 (Reprodução Google Maps)
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16. 15º lugar: Vila Formosa
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16/40 (Lukaaz/Wikicommons/Wikimedia Commons)
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17. 16º lugar: Tucuruvi
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17/40 (Wikimedia Commons/ Humberto do Lago Muller)
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18. 17º lugar: Tatuapé
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18/40 (Dantadd/Wikimedia Commons)
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19. 18º lugar: Vila Maria
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19/40 (Divulgação/Prefeitura de São Paulo)
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20. 19º lugar: Belém
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20/40 (Henrique Boney/Wikimedia Commons)
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21. 20º lugar: Penha
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21/40 (Gabriel de Andrade Fernandes / Flickr / Creative Commons)
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22. 11º - Vila Carrão
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22/40 (Raphael Igor/Wikicommons)
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23. 22º lugar: Mooca
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23/40 (Gabriel de Andrade Fernandes /Flickr /Creative Commons)
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24. 23º lugar: Cidade Ademar (SP)
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24/40 (Reprodução Google Maps)
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25. 24º lugar: Cangaíba
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25/40 (Lukaaz/Wikimedia Commons)
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26. 25º lugar: Jabaquara
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26/40 (Guilherme T. Santos/Flickr)
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27. 26º lugar: Vila Matilde
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27/40 (Wikimedia Commons/Raphael Igor)
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28. 27º lugar: Santana
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28/40 (Laciportbus/Wikicommons)
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29. 28º lugar: Butantã
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29/40 (Wikimedia Commons/Dornicke)
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30. 29º lugar: Campo Limpo
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30/40 (Divulgação/ Prefeitura de São Paulo)
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31. 30º lugar: Pirituba
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31/40 (Wikimedia Commons/Leonardo Ré Jorge)
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32. 31º lugar: Brás
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32/40 (Rafael-CDHT/Wikicommons)
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33. 32º lugar: Casa Verde
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33/40 (Leonardo Ré-Jorge/Wikimedia Commons)
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34. 33º lugar: Itaquera
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34/40 (Alexandre Battibugli / Abril Dedoc)
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35. 34º lugar: São Miguel Paulista
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35/40 (Peter Louiz/Wikimedia Commons)
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36. 35º lugar: Itaim Paulista
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36/40 (Reprodução/Google Street View)
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37. 36º lugar: São Mateus
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37/40 (Divilgação /Subprefeitura de São Mateus)
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38. 37º lugar: Jardim Aricanduva
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38/40 (Reprodução Google Maps)
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39. 38º lugar: Sapopemba
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39/40 (Reprodução/Google Maps)
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40. Agora veja quanto custa comprar um imóvel em cada bairro da capital paulista
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40/40 (AlbertoChagas/Thinkstock)