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Corretora lista 6 sinais de exagero na queda da bolsa

Analistas da XP afirmam que o momento da economia brasileira é muito bom e não justifica o preço atual das ações

Bovespa: para corretora, queda dos últimos dias pode ter sido exagerada (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2011 às 16h04.

São Paulo – A corretora XP, uma das maiores do Brasil, enviou nesta sexta-feira a clientes um e-mail em que enumera motivos para que as pessoas avaliem a possibilidade de entrar na bolsa neste momento. A equipe de analistas admite que o cenário exterior é ruim para investimentos em renda variável, com recessão no Japão, uma situação fiscal complexa nos Estados Unidos e a Europa tendo de enfrentar a pior crise de confiança desde a 2ª Guerra.

A instituição admite que é possível que o processo de correção no preço dos ativos de risco continue e não aconselha investimentos em ações de forma alavancada, sem proteção de opções em determinados casos ou em papéis mais especulativos. No entanto, os motivos que podem fazer do atual momento uma oportunidade são:

1 - O Brasil deverá apresentar a sexta maior expansão do PIB em 2011, só atrás de China, Índia, Argentina, Arábia Saudita e Turquia.

2 - Ainda assim, entre as principais bolsas de valores do mundo, o Brasil tem a maior queda em 2011, com 24% de desvalorização. A Europa cai de 10% a 15%, enquanto o Dow Jones recua apenas 2%.

3 - Entre as 66 ações que compõem o Ibovespa, 22 delas encerraram a quinta-feira sendo negociadas abaixo do valor patrimonial. Caso o Ibovespa perca a faixa dos 50.000 pontos, mais de 40% das empresas serão negociadas abaixo de seu patrimônio.

4 – Se isso acontecer, deveremos ter uma enxurrada de programas de recompra de ações e até mesmo fechamentos de capital [o que beneficia as ações]. Ontem mesmo começaram especulações nessa linha com relação à Gafisa.

5 - Atualmente a métrica entre o valor de mercado das empresas do Ibovespa em relação ao seu lucro (P/L) está em 8,11x. Aos que não estão habituados ao múltiplo, é como dizer que se as empresas não aumentarem em nada seus lucros (cenário improvável), em 8,1 anos elas lucrariam tudo que valem hoje. Esse mesmo múltiplo que está 8,11x aqui no Brasil, está 12,26x nos Estados Unidos (Dow Jones). Isso quer dizer que os investidores vão demorar mais tempo para receber de volta seus investimentos por lá. Ou seja, os EUA estão 51,2% mais caros que o Brasil.

O ponto é que a economia americana está bastante endividada, enfrenta 10% de desemprego e sofre com problemas imobiliários e políticos. Então merece um prêmio sobre o Brasil? Será que suas empresas vão elevar os lucros acima das empresas brasileiras?

6 - Ainda na linha do P/L, no auge da crise de 2008 quando o Ibovespa chegou a 29.435 pontos, o P/L havia alcançado a sua mínima de 6,79x. Como o P/L atual é de 8,11x, significa dizer que para voltarmos à mínima desde a crise, o Ibovespa apresentará potencial de cair ainda 16,3% alcançando 44.215 pontos. Ou seja, os 29 mil pontos de 2008 agora são 44 mil pontos.

Então quer dizer que em 44 mil pontos a queda acaba? Infelizmente não é possível afirmar isso pois ainda se trata de renda variável. Mas podemos dizer que voltaremos a ter aquelas dezenas de empresas valendo menos que seu caixa, seu banco de terrenos, seus imóveis, seus estoques e outras comparações impressionantes que só observamos em tempos de desespero e total falta de bom senso. O Ibovespa está muito próximo das mínimas da crise e com isso começam a surgir oportunidades. Sinceramente não sabemos nem estamos tentando prever o “fundo do poço”, mas acreditamos que o movimento negativo no mercado local pode estar sendo exagerado.

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A instituição admite que é possível que o processo de correção no preço dos ativos de risco continue e não aconselha investimentos em ações de forma alavancada, sem proteção de opções em determinados casos ou em papéis mais especulativos. No entanto, os motivos que podem fazer do atual momento uma oportunidade são:

1 - O Brasil deverá apresentar a sexta maior expansão do PIB em 2011, só atrás de China, Índia, Argentina, Arábia Saudita e Turquia.

2 - Ainda assim, entre as principais bolsas de valores do mundo, o Brasil tem a maior queda em 2011, com 24% de desvalorização. A Europa cai de 10% a 15%, enquanto o Dow Jones recua apenas 2%.

3 - Entre as 66 ações que compõem o Ibovespa, 22 delas encerraram a quinta-feira sendo negociadas abaixo do valor patrimonial. Caso o Ibovespa perca a faixa dos 50.000 pontos, mais de 40% das empresas serão negociadas abaixo de seu patrimônio.

4 – Se isso acontecer, deveremos ter uma enxurrada de programas de recompra de ações e até mesmo fechamentos de capital [o que beneficia as ações]. Ontem mesmo começaram especulações nessa linha com relação à Gafisa.

5 - Atualmente a métrica entre o valor de mercado das empresas do Ibovespa em relação ao seu lucro (P/L) está em 8,11x. Aos que não estão habituados ao múltiplo, é como dizer que se as empresas não aumentarem em nada seus lucros (cenário improvável), em 8,1 anos elas lucrariam tudo que valem hoje. Esse mesmo múltiplo que está 8,11x aqui no Brasil, está 12,26x nos Estados Unidos (Dow Jones). Isso quer dizer que os investidores vão demorar mais tempo para receber de volta seus investimentos por lá. Ou seja, os EUA estão 51,2% mais caros que o Brasil.

O ponto é que a economia americana está bastante endividada, enfrenta 10% de desemprego e sofre com problemas imobiliários e políticos. Então merece um prêmio sobre o Brasil? Será que suas empresas vão elevar os lucros acima das empresas brasileiras?

6 - Ainda na linha do P/L, no auge da crise de 2008 quando o Ibovespa chegou a 29.435 pontos, o P/L havia alcançado a sua mínima de 6,79x. Como o P/L atual é de 8,11x, significa dizer que para voltarmos à mínima desde a crise, o Ibovespa apresentará potencial de cair ainda 16,3% alcançando 44.215 pontos. Ou seja, os 29 mil pontos de 2008 agora são 44 mil pontos.

Então quer dizer que em 44 mil pontos a queda acaba? Infelizmente não é possível afirmar isso pois ainda se trata de renda variável. Mas podemos dizer que voltaremos a ter aquelas dezenas de empresas valendo menos que seu caixa, seu banco de terrenos, seus imóveis, seus estoques e outras comparações impressionantes que só observamos em tempos de desespero e total falta de bom senso. O Ibovespa está muito próximo das mínimas da crise e com isso começam a surgir oportunidades. Sinceramente não sabemos nem estamos tentando prever o “fundo do poço”, mas acreditamos que o movimento negativo no mercado local pode estar sendo exagerado.

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