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Como lidar com uma cartinha que até o Papai Noel se assusta

Educadoras financeiras dão dicas sobre como os pais podem lidar caso os presentes pedidos para o Papai Noel estejam além de sua capacidade

Papai Noel assustado: Educadoras financeiras mostram como lidar com pedidos de presentes que quebram o orçamento de qualquer bom velhinho (Stock.xchng/ Dieter Joel Jagnow)
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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 12h56.

São Paulo – Algumas cartinhas para o Papai Noel, além de fofinhas, podem ter listas de presentes que assustam qualquer bom velhinho. Mas, como o objetivo do Natal não é contrair dívidas , nem frustrar as crianças, é importante saber como lidar com esses pedidos da melhor forma possível.

Para mostrar o que fazer quando os presentes vão muito além do custo de fábrica que o Papai Noel pode arcar, EXAME.com conversou com as educadoras financeiras Ana Paula Hornos, coach e autora de livros didáticos sobre educação financeira, e Cássia D'Aquino, consultora em projetos de educação financeira do Banco Central, BM&FBovespa, e United States Agency for International Development (USAID).

Confira a seguir dez dicas de educação financeira que ajudam a resolver qualquer tipo de cartinha.

1) Se a cartinha ainda não foi escrita, planeje-a com seu filho

Muitos pais já fazem questão de planejar a cartinha do Papai Noel com os filhos para participar de um momento que para eles é muito especial, mas vale aproveitar a oportunidade também para orientar seu filho a dar uma forcinha para o bom velhinho.

Caso ele diga que quer um buggy e você perceba que para isso seria preciso abrir mão da viagem que a família fará no final de ano, por exemplo, Cássia D’Aquino sugere que os pais entrem na brincadeira.

“Eles podem dizer que um buggy é muito grande para caber no trenó, já que o Papai Noel precisa trazer presentes para todas as crianças do mundo. Para as crianças isso faz todo sentido. Usar essa lógica infantil é uma forma de os pais não detonarem o orçamento ”, diz Cássia.

2) Oriente seu filho a refletir sobre o pedido e ajudar o Papai Noel

Pare Ana Paula Hornos, os pais devem conversar com os filhos para que eles reflitam sobre seus pedidos. Ao fazê-los pensar com mais calma, eles podem perceber por conta própria que a listinha está grande demais e que não estão ajudando muito o Papai Noel.

“A mídia, os pais, todo mundo fica muito afoito. Se a criança pediu muitas coisas, ótimo. Os pais podem conversar com o filho para que ele reflita sobre o pedido e podem ajudá-lo a fazer uma lista sugerindo que ele recorte itens e cole em um caderno sinalizando quais presentes são mais importantes para ajudar o Papai Noel”, diz.

Ana Paula explica que por trás da brincadeira está uma estratégia de fazer a criança sair do sistema rápido para o devagar, os dois padrões mentais identificados pelo prêmio Nobel de Economia de 2002, Daniel Kahneman. Segundo ele, o pensamento se divide em uma parte rápida, criativa, intuitiva e emocional e outra lenta, analítica, deliberativa e lógica.

“Kahneman identificou que o ser humano tem o ímpeto de responder pela forma rápida para evitar a dor e buscar o prazer. Nosso desafio é trabalhar o lado financeiro devagar. Muitos pais querem evitar a dor do filho e saem do planejamento, mas é um gesto de amor ensiná-lo a se planejar e exercitar seu sistema devagar”, diz Ana Paula.

3) Se for preciso, encaminhe uma resposta do Papai Noel

A linguagem lúdica é uma ferramenta poderosa na educação das crianças e pode resolver muitas coisas também quando o pedido para o Papai Noel é um tanto quanto ousado.

Se o presente for caro demais, uma solução lúdica para a situação é “encaminhar” uma resposta do Papai Noel à criança dizendo que o presente está em falta na fábrica, que faltou matéria-prima para fazê-lo, ou que os ajudantes estão com problemas para confeccionar "iPads da Galinha Pintadinha".

4) Fale com seu filho sobre gratidão

Para diminuir as expectativas, Ana Paula Hornos recomenda que os pais despertem nos filhos o sentimento degratidão. “Esse exercício é fundamental para trazer equilíbrio para a pessoa e evitar tanto o sentimento de avareza, como o da compra compulsiva", afirma.

A tarefa pode ser ainda mais fácil nessa época de fim de ano. "Os pais podem conversar com os filhos sobre o que eles têm para agradecer sobre o ano que se passou. Assim a criança exercitadesde pequenao contentamento e tem uma relação mais equilibrada com as finanças”, diz Ana Paula.

5) Incentive seu filho a praticar a doação

Ana Paula lembra que em uma de suas experiências, Kahneman mostrou que tendemos a ser mais egoístas quando o assunto é dinheiro . No teste, o economista viu que quando duas pessoas estão conversando e uma delas deixa cair um lápis, se o assunto é dinheiro a outra pessoa demora mais para ajudar a pegar o lápis do que quando outro assunto está em pauta.

O antídoto para isso, segundo a educadora, é a doação. “Além de ajudar o próximo, a doação ajuda a regular a natureza humana egoísta e as disfunções de acumular e gastar muito. Ao incentivar a criança a fazer uma ação de caridade, como reunir seus brinquedos para doação, os pais ajudam o filho a ser mais desprendido", diz Ana Paula.

6) Papai Noel não se endivida

Segundo as educadoras, se endividar para dar o presente nunca deve ser uma solução. Para Cássia D’Aquino, na verdade quem sofre mais quando o pedido é caro são os próprios pais e não as crianças.

“Não é que as crianças peçam muito, são os pais que se preocupam que elas peçam algo que eles não possam dar. Os pais podem escolher as coisas mais baratinhas da lista, ou podem equacionar isso de outras formas, sem se endividar. As crianças entendem, porque, por alguma razão muito bonitinha, elas sempre perdoam o Papai Noel e sabem que ele faz confusão porque está velhinho”, brinca Cássia.

7) Ensine seu filho a lidar com a frustração

Se mesmo com as dicas anteriores seu filho insistir em um presente impraticável, é importante saber como lidar com sua reação, caso o Papai Noel traga outro brinquedo que não o agrade.

Cássia D’Aquino afirma que em primeiro lugar o adulto deve mostrar à criança que na vida não se tem tudo que se deseja, educando-a para suportar o fato de que nem todos seus desejos serão realizados sempre. "É preciso compreender a natureza humana de querer tudo o tempo todo. Eu continuo querendo ter um apartamento dúplex em Paris, mas nem por isso o mundo faz o que eu quero", diz.

Ela acrescenta que o ser humano tem necessidades que nunca serão preenchidas por nada, nem por ninguém. “Tem gente que compra, compra, compra sempre tentando preencher um buraco, mas quando nos damos conta de que temos de lidar com esse sentimento de falta vemos que não adianta nada detonar todo nosso dinheiro”, afirma Cássia.

8) Não seja excessivamente racional

Ainda que os pais não devam se endividar com os presentes, também não devem pecar pelo outro extremo e ser extremamente duros com a criança. É importante usar a fantasia para ajustar as expectativas dos filhos à capacidade da família, mas tomando cuidado para não acabar com a alegria do momento.

“Eu gosto muito de Natal com criança e levo isso muito a sério. Os pais têm 364 dias para ensinar a criança lidar com dinheiro e para ela pode ser avassalador dizer que o Papai Noel não tem dinheiro ou que o presente pedido equivale ao salário da babá. A criança ficará com um sentimento de culpa e o tiro pode sair pela culatra e ela pode dizer que não quer nada de Natal", diz Cássia.

9) Saiba como lidar com o bombardeio de propagandas

Neste mês, foi publicada no Diário Oficial a Resolução 163 do Conselho Nacional dos Direitos da Infância e da Adolescência (Conanda), que recomenda a proibição da publicidade infantil. A resolução não tem força de lei, nem estabelece sanções, mas tem instigado o debate sobre o tema.

O assunto também foi pauta do documentário “Criança, A Alma do Negócio”, da cineasta Estela Renner. O filme esclarece que a publicidade promete mais que a alegria da posse, promete a alegria da inscrição na sociedade, levando a criança a sentir que ao ganhar um brinquedo igual ao de seus amigos ela faz parte do grupo.

Cássia D'Aquino recomenda que os pais evitem deixar as crianças assistirem à televisão sozinhas e fiquem por perto para traduzir o sentido da publicidade e despertar o senso crítico dos filhos. "Eles podem dizer: 'Será que essa criança usa tudo isso que mostra na propaganda mesmo?'. Ou: 'Será que só porque está aparecendo na propaganda esse produto é de qualidade?", sugere.

Questionada sobre o fato de muitos pais deixarem os filhos assistirem à televisão para ter mais tempo, Cássia diz que a questão pode ser resolvida de outra forma. "Existem famílias que se organizam e encontram maneiras criativas de ocupar as crianças. Se os pais precisam preparar o jantar, em vez de deixar o filho assistindo televisão, eles podem envolvê-lo na confecção do jantar, por exemplo", afirma.

Ela defende ainda que uma pesquisada Eurodata TV Worldwide,de 2005, mostrou que as crianças brasileiras são as que mais ficam em frente à televisão, em média três horas e 31 minutos por dia. Na Alemanha o tempo é reduzido para 30 minutos por dia. "Na Alemanha o número de mães que trabalham fora é maior que no Brasil, eles têm menos babás e empregadas e mesmo assim as famílias conseguem se organizar", diz.

10) Jamais ofenda o Papai Noel

Dizer que o Papai Noel não existe é uma ofensa grave não só ao bom velhinho, mas principalmente ao seu filho. Além de ser bonzinho e trazer os presentes, o Papai Noel cumpre uma função importante no desenvolvimento das crianças, segundo as educadoras financeiras.

"A criança é essa coisinha tortuosa e sofrida, tem raivas absolutas e coisas escondidas e o Papai Noel não está nem aí. Ela pensa que mesmo sendo a peste que for, esse velhinho sai do Polo Norte para trazer um presente para mim. Ele reassegura que a criança é bacana, por isso é tão calmante", diz Cássia D'Aquino.

A educadora completa que a fantasia leva a criança a se sentir mais confiante e a incentiva a ser cada vez melhor, pois ao se sentir amada ela tem vontade de corresponder ao que os outros veem nela.

São Paulo – A magia do Natal está, em grande parte, concentrada na alegria e na ansiedade das crianças ao esperarem o presente do Papai Noel. Para ajudar o “bom velhinho” a escolher a lembrança para os pequenos, EXAME.com selecionou algumas opções de brinquedos para divertir meninos e meninas de diferentes idades. Confira nas fotos.
  • 2. Baby Van Galinha Pintadinha

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    A Baby Van Galinha Pintadinha é um brinquedo que, ao mesmo tempo em que diverte, estimula o raciocínio do bebê. O produto vem com um carrinho e cinco peças de diferentes formatos para serem encaixadas no veículo. Preço: R$ 34,90
    Loja: Magazine Luiza
  • 3. Pelúcia Peppa Pig com som

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  • Outra personagem que conquistou os corações das crianças foi a porquinha Peppa. Feita de pelúcia, a boneca dá risada quando sua barriga é apertada, além de cantar o tema do desenho da TV e de roncar. Ideal para crianças de 3 a 4 anos. Preço: R$ 107,91
    Loja: Submarino.com
  • 4. Gangorra Bidu

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    Indicado para crianças de 1 a 4 anos de idade, a gangorra do Bidu, da Turma da Mônica, é feita de plástico rígido para garantir a segurança da brincadeira. As medidas são 31 cm de largura, 50 cm de altura e 81 cm de comprimento. Preço: R$ 199,00
    Loja: Fantasy Play
  • 5. Furby Boom

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    Esse brinquedo é uma boa maneira de ensinar a criança a cuidar de um bichinho. Versão moderna do clássico Tamagotchi, o Furby Boom é uma pelúcia interativa que precisa de cuidados como carinho, banho, comida, ir ao banheiro e até ir ao médico. Ele pode ser controlado por meio de aplicativo para iPhone e Android. Preço: R$ 330,22
    Loja: Extra.com
  • 6. Minion interativo

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    Trazido do filme “Meu Malvado Favorito 2”, o Minion Stuart Risonho interativo faz mais de 40 sons engraçados quando é pressionado. Por ser feito de plástico emborrachado, é possível mover sua cabeça para todos os lados e esses movimentos fazem com que seu olho e suas expressões faciais mudem. Por ter peças pequenas, é recomendado para crianças que têm a partir de 4 anos de idade. Preço: R$ 349,99
    Loja: Site da Ri Happy
  • 7. Boneca Monster High Frankie Stein

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    A linha de bonecas Monster High tem sido um grande sucesso entre as meninas. A Frankie Stein Clássica é estilosa e assustadora, ao mesmo tempo. Junto com ela, vêm um diário, acessórios e um bichinho de estimação. Preço: R$ 89,99
    Loja: Submarino.com
  • 8. Batmóvel de controle remoto

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    As crianças fãs de Batman podem ter seu próprio Batmóvel neste Natal. O carrinho de controle remoto da Candide tem 7 funções de comando e bateria recarregável. Para fazer suas manobras radicais, o veículo em miniatura usa 4 pilhas AA e uma bateria de 9V no controle. O brinquedo é recomendado para crianças que têm a partir de 3 anos de idade. Preço: R$ 93,42
    Loja: Ponto Frio
  • 9. LEGO Simpsons

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    A Lego transportou os personagens do desenho Os Simpsons para seu mais novo brinquedo. O modelo carregado de detalhes traz as representações dos personagens Homer, Marge, Bart, Lisa, Maggie e Ned Flanders, além da casa onde a família principal vive. O brinquedo é indicado para crianças de 12 anos. Preço: R$ 1.175,90
    Loja: Ricardo Eletro
  • 10. Bicicleta

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    Para aproveitar as férias ao ar livre e em movimento, uma bicicleta é um bom presente. Um exemplo é a Monark BMX Aro 16 52955, que traz manetes de freio com ajuste que se adequam ao tamanho da mão do ciclista. A barra do guidão também é protegida com espuma, para dar conforto e comodidade. O modelo é indicado para crianças de 7 a 14 anos. Preço: R$ 314,71
    Loja: Casas Bahia
  • 11. Tablet TecToy MagicMickey

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    As crianças mais interessadas em tecnologia e brincadeiras online irão gostar deste do Mickey. O Magic Tablet 4 tem sistema operacional Android 4.2 com 1GHB de memória RAM e Processador Dual Core de 1.0 Ghz. A capacidade de armazenamento é de 8 GB, há suporte para 3G e acesso wi-fi, além de câmera de 2 megapixels e câmera frontal VGA. O aparelho ainda vem acompanhado de capa de proteção e outros acessórios. Preço: R$ 279
    Loja: Ponto Frio
  • 12. Veja, agora, 10 presentes de Natal que toda mãe moderna vai gostar

    12 /12(SXC)

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