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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
Depois de custar o emprego de presidentes de grandes bancos, a crise das hipotecas americanas começa, agora, a atingir os postos de trabalho intermediários. Nesta quinta-feira (24/1), dois grandes bancos dos Estados Unidos anunciaram que vão demitir parte dos funcionários. O Bank of America (BofA) informou que cortará 25% de sua equipe de analistas de mercado. Já o Morgan Stanley demitirá 1.000 de seus 50.000 empregados em todo o mundo.
No caso do BofA, a redução da equipe de analistas integra um programa maior de reestruturação, que prevê a demissão de 650 pessoas locadas nas unidades de banco de investimentos e mercados globais. A instituição não informou quantos analistas, efetivamente, serão desligados. No mês passado, o BofA contava com 70 profissionais nesta área nos Estados Unidos. Para reduzir o número em 25%, seria necessário cortar entre 17 e 18 pessoas.
A lista inclui nomes importantes da equipe, como Robert Morris, que acompanhava o setor de petróleo e gás, e John McDonald, que cobria o setor bancário. Em relação a este último, o BofA limitou-se a informar que desistiu de cobrir os grandes bancos.
Suporte
O Morgan Stanley vai concentrar seus cortes nos Estados Unidos, em especial na unidade de gestão de fortunas, segundo o americano The Wall Street Journal. As demissões deverão atingir os níveis gerenciais, sobretudo nas áreas de suporte, como tecnologia e back-office. As demissões não atingirão áreas vitais para a empresa, como o banco de investimentos.
"A instituição está engajada no processo de assessorar as necessidades dos demitidos, em vista das condições gerais de mercado, e de suas prioridades individuais", afirmou uma fonte do banco ao jornal americano.