Exame Logo

Bancos voltam a aumentar os juros de empréstimos em janeiro. Veja taxas

A taxa de juros média para o consumidor passou de 6,39% ao mês em dezembro de 2021 para 6,46% ao mês em janeiro de 2022

Taxa média de juros cobrada de pessoas físicas é a maior taxa de juros desde dezembro de 2019 (Towfiqu Photography/Getty Images)

Marília Almeida

Publicado em 10 de fevereiro de 2022 às 20h24.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2022 às 20h27.

As taxas de juros de empréstimos voltaram a subir em janeiro. É o que mostra a pesquisa de juros da Anefac.

A taxa de juros média geral para pessoa física subiu 1,51% nos últimos doze meses, passando de 6,39% ao mês (110,29% ao ano) em dezembro de 2021 para 6,46% ao mês (111,95% ao ano) em janeiro de 2022. É a maior taxa de juros desde dezembro de 2019.

Veja também

Quer saber como alcançar a sua liberdade financeira de maneira rápida? Assista agora a Masterclass Nos Trilhos da Prosperidade

Considerando todas as elevações da taxa básica de juros promovidas pelo Banco Central desde janeiro de 2021, neste período a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 20,91%, saindo de 92,59% ao ano em janeiro de 2021 para 111,95% ao ano em janeiro de 2022.

Para Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de estudos e pesquisas da associação, as elevações acontecem por causa do aumento dos juros futuros, da elevação da Selic e expectativa de provável elevação dos índices de inadimplência.

A provável inadimplência pode ocorrer por causa do "fim das carências nos empréstimos (pausas e carência nas negociações de dívidas), desemprego elevado, fim do pagamento dos auxílios emergenciais, elevação da inflação e seus efeitos na renda e maior seletividade dos bancos na concessão de crédito”.

Não perca as notícias que afetam o seu bolso: assine a EXAME por menos de R$ 0,37

Também influenciam na alta dos juros dos empréstimos o anúncio das elevações dos impostos das instituições financeiras da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) em 2021 e a elevação das alíquotas dos depósitos compulsórios dos bancos de 17% para 20% . O objetivo do Banco Central é reduzir a liquidez do sistema financeiro para combater a inflação.

Para os próximos meses, Oliveira acredita que, com a piora do cenário econômico, maior risco de crédito e elevação da inadimplência, bem como prováveis novas elevações da taxa básica de juros como forma de diminuir a inflação, a tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito continuem subindo.

 

Acompanhe tudo sobre:BancosCréditoDívidas pessoaisEmpréstimosJurosorcamento-pessoalplanejamento-financeiro-pessoalSelic

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Invest

Mais na Exame