As ações que pagam dividendos mais sugeridas em dezembro
Taesa e CCR são os papéis mais indicados para o mês em carteiras divulgadas por 10 corretoras
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2015 às 10h02.
São Paulo - As ações boas pagadoras de dividendos mais recomendadas por corretoras para o mês de dezembro foram Taesa e CCR, presentes em seis das dez carteiras recomendadas recebidas por EXAME.com.
Em seguida, com quatro recomendações, as ações do BB Seguridade , da Vivo e da Alupar foram as mais citadas.
No mês de novembro, o Ibovespa , principal índice de referência da Bolsa , ficou praticamente estável, com leva alta de 0,07%. O Índice Dividendos (IDIV), que mede o desempenho das ações que são boas pagadoras de lucro, teve queda de 2,8%.
A carteira de dividendos da Planner registrou o melhor desempenho no mês, com alta de 5,72%, enquanto a carteira da Magliano ficou na lanterna, com queda de 2,9%.
Justificativas para as recomendações
A Votorantim Corretora manteve a CCR em sua carteira pela estimativa de distribuição de bons dividendosno ano que vem, na ordemde 5% do valor da ação.
Além da remuneração atrativa, a estimativa dos analistas da corretora é de que o lucro da empresa de concessão de rodovias seja de 25% ao ano nos próximos três anos por conta da realização de novos leilões. Segundoo relatório da corretora do Citi, aempresa também oferece proteção contra a inflação uma vez que suas tarifas são ajustadas por índices inflacionários.
Para os analistas do Santander, a queda de 13% do valor das ações da transmissora de energia elétrica Taesa desde o início do ano, somada à estimativa de retorno via dividendos de 10,61% sobre o valor da ação para 2015, torna o papel atrativo.
Papéis conservadores
As empresas que pagam bons dividendos - lucros repassados pelas companhias aos acionistas - costumam ser líderes de mercado ou operar em setores com demanda estável.
Segmentos como saneamento, financeiro, energia e alguns mercados de consumo, como o de bebidas alcoólicas e cigarros, costumam oferecer esse tipo de ações defensivas .
Por essas razões os papéis não sofrem tantas oscilações como os de outras empresas que são mais afetadas pelo cenário econômico.
Essa maior estabilidade diminui a necessidade dessas empresas de reinvestir no negócio e permite o repasse de mais lucros aos investidores.
Veja a seguir as carteiras de dividendos recomendadas por dez corretoras para dezembro:
Citi
Desempenho em novembro: +2,42%. Desempenho em 2014: +22%.
A carteira não foi alterada.
| Ação | Preço-alvo | Yield Estimado | Peso |
|---|---|---|---|
| Ambev (ABEV3) | R$ 19,02 | 4,8% | 20% |
| BB Seguridade (BBSE3) | R$ 33,60 | 3,5% | 20% |
| CCR (CCRO3) | R$ 20,00 | 2,2% | 20% |
| Cielo (CIEL3) | R$ 53,25 | 3,0% | 20% |
| Transmissão Paulista (TRPL4) | R$ 40,00 | 6,7% | 20% |
Guide
Desempenho em novembro: +3,21%. A carteira da Guide foi iniciada em junho de 2014, por isso não foi divulgado o desempenho no ano.
Papéis incluídos: Ambev. Papéis excluídos: Cetip
| Ação | Preço-alvo | Yield Estimado | Peso |
|---|---|---|---|
| Alupar (ALUP11) | ND | ND | 20% |
| Ambev (ABEV3) | ND | ND | 20% |
| CCR (CCRO3) | ND | ND | 20% |
| Taesa (TAEE11) | ND | ND | 20% |
| Telefônica Vivo (VIVT4) | ND | 0,71% | 20% |
Magliano
Desempenho em novembro: +10,86%. Desempenho em 2014: +18%.
Não houve alterações na carteira defensiva no mês
| Ação | Preço-alvo | Yield Estimado | Peso |
|---|---|---|---|
| Banco do Brasil (BBAS3) | R$ 42,50 | 7% | 20% |
| Eletropaulo (ELPL4) | ND | ND | 20% |
| Taesa (TAEE11) | R$ 26,50 | 36% | 20% |
| Tractebel (TBLE3) | R$ 42,44 | 22% | 20% |
| Telefônica Vivo (VIVT4) | R$ 59,00 | 12% | 20% |
Planner
Desempenho em novembro: +5,72%. Desempenho em 2014: +6,20%
Todas as ações foram substituídas pelo fato de terem distribuído proventos no período.
| Ação | Preço-alvo | Yield Estimado | Pesos |
|---|---|---|---|
| Arezzo (ARZZ3) | R$ 31,00 | 1,4% | 20% |
| Light (LIGT3) | R$ 24,00 | 5,5% | 20% |
| M. Dias Branco (MDIA3) | R$ 104,00 | 1,3% | 20% |
| Pine (PINE4) | R$ 9,90 | 11,5% | 20% |
| Valid (VLID3) | R$ 43,00 | 1,3% | 20% |
Rico
Desempenho em novembro: +2,3%. Desempenho em 2014: +14,53%.
Não houve alterações na carteira defensiva no mês
| Ação | Preço-alvo | Yield Estimado* | Pesos |
|---|---|---|---|
| AES Tietê (GETI3) | ND | 14% | 12,5% |
| Alupar (ALUP11) | ND | 11,3% | 12,5% |
| Cetip (CTIP3) | ND | 5,2% | 12,5% |
| Grendene (GRND3) | ND | 4,6% | 12,5% |
| Helbor (HBOR3) | ND | 9% | 12,5% |
| Metal Leve (LEVE3) | ND | 7,1% | 12,5% |
| Taesa (TAEE11) | ND | 18,1% | 12,5% |
| Transmissão Paulista (TRPL4) | ND | 7% | 12,5% |
*O yield de cada ação é calculado pela Economatica e se refere ao período dos últimos doze meses
Santander
Desempenho em novembro: +2,98%. Desempenho em 2014: +19,86%.
Ações incluídas: Taesa. Ações retiradas: Transmissão Paulista.
| Ação | Preço-alvo | Yield Estimado | Peso |
|---|---|---|---|
| BB Seguridade (BBSE3) | R$ 41,50 | 4.5% | 15% |
| CCR (CCRO3) | Em revisão | 3,73% | 10% |
| Cielo (CIEL3) | R$ 43,80 | 3,66% | 10% |
| Itaú Unibanco (ITUB4) | R$ 41,00* | 3,51% | 20% |
| Multiplan (MULT3) | R$ 55,50 | 1,69% | 10% |
| Porto Seguro (PSSA3) | R$ 32,80* | 4,75% | 15% |
| Taesa (TAEE11) | R$ 21,10 | 10,65% | 10% |
| Ultrapar (UGPA3) | R$ 69,00 | 2,96% | 10% |
*Preço-alvo referente ao fim de 2014. Os demais são referentes ao fim de 2015.
Spinelli
Desempenho em novembro: +3,3%. Desempenho em 2014: não divulgado.
Não houve alterações na carteira defensiva no mês
| Ação | Preço-alvo | Yield Estimado* | Peso |
|---|---|---|---|
| Alupar (ALUP11) | ND | 11,31% | 10% |
| Ambev (ABEV3) | ND | 3,94% | 10% |
| Banco do Brasil (BBAS3) | ND | 5,50% | 10% |
| BB Seguridade (BBSE3) | ND | 3,57% | 10% |
| CCR (CCRO3) | ND | 4,49% | 10% |
| Cemig (CMIG4) | ND | 25,17% | 10% |
| Taesa (TAEE11) | ND | 14,94% | 10% |
| Telefônica Vivo (VIVT4) | ND | 6,21% | 10% |
| Transmissão Paulista (TRPL4) | ND | 6,96% | 10% |
| Valid (VLID3) | ND | 2,16% | 10% |
*Valor bruto calculado nos últimos doze meses
Um Investimentos
Desempenho em novembro: +3,03% Desempenho em 2014: +7,14%.
Ações incluídas: Bradesco.
| Ação | Preço-alvo | Yield Estimado | Peso |
|---|---|---|---|
| Alupar (ALUP11) | R$ 22,00 | 11,31% | 15% |
| Bradesco (BBDC4) | R$ 44,00 | 2,36% | 15% |
| Ecorodovias (ECOR3) | R$ 13,70 | 4,90% | 15% |
| Odontoprev (ODPV3) | R$ 11,50 | 4,14% | 10% |
| SulAmérica (SULA11) | R$ 16,90 | 3,19% | 10% |
| Telefônica Vivo (VIVT4) | R$ 57,00 | 7,00% | 15% |
| Ultrapar (UGPA3) | R$ 62,00 | 2,58% | 10% |
| Valid (VLID3) | R$ 46,00 | 1,99% | 10% |
Votorantim
Desempenho em novembro: +2,75%. Desempenho em 2014: +11,74%.
Ações incluídas: Cemig. Ações retiradas: Taesa.
| Ação | Preço-alvo | Yield Estimado | Pesos |
|---|---|---|---|
| CCR (CCRO3) | R$ 23,00 | 5,1% | ND |
| Cemig (CMIG4) | R$ 15,80 | 7,5% | ND |
| Mahle Metal Leve (LEVE3) | R$ 25,70 | 6,8% | ND |
| Odontoprev (ODPV3) | R$ 10,60 | 4,3% | ND |
| Tractebel (TBLE3) | R$ 37,50 | 7,6% | ND |
XP investimentos
Desempenho em novembro: +3,30%. Desempenho em 2014: +16,2%.
Ações incluídas: Natura.
| Ação | Preço-alvo | Yield Estimado | Peso |
|---|---|---|---|
| BB Seguridade (BBSE3) | ND | ND | 15% |
| Cetip (CTIP3) | ND | ND | 20% |
| Cielo (CIEL3) | ND | ND | 15% |
| Itaúsa (ITSA4) | ND | ND | 20% |
| Kroton (KROT3) | ND | ND | 20% |
| Natura (NATU3) | ND | ND | 5% |
| Vale (VALE5) | ND | ND | 5% |
* Atualizada em 5/1/2014 com a correção da rentabilidade anual e de novembro da carteira de dividendos da Magliano
- 1. Para inspirar
1 /10(SXC.hu)
São Paulo - Exemplos para aplicadores em todo o mundo, oito grandes investidores têm em comum um longo caminho de sucesso em suas aplicações financeiras. Não à toa, alguns aparecem constantemente na lista global dos mais ricos . Esses nomes lendários não construíram suas fortunas com base na sorte e especulação, e tiveram de lidar com os altos e baixos do mercado financeiro.A partir de suas trajetórias pessoais, ensinam conceitos importantes que servem como base para qualquer investimento . Conheça as principais lições:
2 /10(REUTERS/Rick Wilking)
Com foco no longo prazo, o megainvestidor americano Warren Buffet não costuma investir em aplicações populares. Prefere aplicar sua fortuna em negócios tradicionais ou consolidados em um pequeno mercado e que podem render bons e constantes lucros no futuro. Dessa forma, seu patrimônio não flutua ao sabor da economia. Além disso, quando Buffet acerta o alvo, a margem de ganho é maior, pois a aplicação foi feita antes da expansão ou valorização do investimento.
3 /10(Simon Dawson/Bloomberg)
Enquanto muitos investidores temem oscilações em suas aplicações financeiras, o empresário e megainvestidor húngaro-americano George Soros , de perfil agressivo, sempre viu oportunidades na volatilidade dos investimentos. Para isso, acompanha bem de perto a evolução de dados sobre a economia que possam ter impacto futuro nas aplicações e empresas nas quais investe. Dessa forma, consegue migrar recursos de uma aplicação financeira para outra antes de perder dinheiro, ou passar a investir em segmentos que tenham potencial de valorização após mudanças no cenário macroeconômico.
4 /10(Divulgação/ Site templeton.org)
O empresário e filantropo John Templeton realizava investimentos na direção contrária da que o mercado apostava. Seu lema era: pense por si mesmo. Para selecionar aplicações financeiras, criou suas próprias ferramentas, e não seguia recomendações e tendências. Enquanto os olhos da maioria dos investidores estavam geralmente voltados para determinada empresa ou aplicação financeira, ele garimpava investimentos não convencionais, com maior oportunidade de ganhos.
5 /10(Divulgação/Columbia Archives)
O investidor americano Benjamin Graham foi professor de Warren Buffet e um exemplo para o megainvestidor. Pai do conceito de investimento em valor, um dos ensinamentos de Graham é de que o investidor não dever temer o risco, mas, sim, administrá-lo. Como não é possível fugir totalmente das perdas ao investir, Graham definia um nível máximo de riscos para sua carteira de aplicações e se mantinha dentro dessa margem de segurança. Caso seu nível de risco ultrapassasse essa margem, o investidor não aplicava seu dinheiro, pois passaria a especular e ter grandes chances de perdas.
6 /10(Wikimedia Commons)
O economista britânico John Maynard Keynes, criador da macroeconomia moderna, também era um investidor. Um dos conceitos que seguia era o da diversificação inteligente, que consiste em diminuir os riscos das aplicações financeiras ao optar por produtos com comportamento opostos ou ao menos diferentes. Isso não se resume a ter na carteira uma parte de investimentos em renda fixa e outra porção em renda variável ( entenda os conceitos ), mas, dentro das opções de aplicações em renda variável, investir em ativos que tenham reflexos diferentes diante de uma mesma situação. Dessa forma, o patrimônio não fica refém de mudanças na economia.
7 /10(Getty Images)
Braço direito do megainvestidor Warren Buffet , Charles Munger é conhecido por mapear comportamentos que influenciam de forma negativa nas decisões de investimento, e fugir deles. Racional, acredita que investir consiste em se preparar, ter paciência, disciplina e objetividade. Para Munger, situações de estresse, atitudes defensivas, temor a perdas e a inveja de quem está ganhando muito dinheiro têm o poder de destruir fortunas.
8 /10(Scott Eells/Bloomberg)
O investidor americano John Clifton "Jack" Bogle, fundador do grupo financeiro Vanguard, defende a simplicidade nas aplicações financeiras para investidores individuais de perfil conservador e, principalmente, a redução de gastos com taxas, que costumam afetar rendimentos de aplicações passivas, que acompanham índices de mercado e oferecem menor risco.
9 /10(Chris Hondros/Getty Images)
Sempre no topo da lista de mais ricos do mundo, o empresário mexicano Carlos Slim é discreto ao investir. Tem uma carteira de aplicações variada, mas não entra em detalhes sobre onde aloca seus recursos, pois tem consciência de sua influência. Slim tem a cautela de não induzir investidores a apostarem em seus alvos para evitar uma redução em sua margem de ganhos caso os investimentos se valorizem de forma artificial após muitos aplicadores passarem a investir. Por conta da grande quantidade de dinheiro que aplica no mercado financeiro e em empresas, Slim apenas anuncia quando deixa de investir ou migra recursos aplicados quando é obrigado por lei.
10 /10(4FR/Getty Images)