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Zona do Euro amplia liquidez e sustenta demanda

O resultado dos leilões de hoje feitos pela Espanha e Itália enviaram uma mensagem cautelosamente positiva

Os yields dos bônus da Itália e da Espanha estão sendo negociados agora próximos de seus menores níveis em um ano, bem distantes dos patamares do ano passado (Philippe Huguen/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2012 às 13h02.

São Paulo - Os países da periferia da zona do euro completaram hoje mais uma rodada de emissões bem-sucedidas de bônus a taxas menores, à medida que a liquidez do Banco Central Europeu (BCE) para os bancos da região continuou a sustentar a dívida soberana da região.

O resultado dos leilões de hoje feitos pela Espanha e Itália enviaram uma mensagem cautelosamente positiva, especialmente após os rebaixamentos nos ratings soberanos da região anunciados ontem pela agência Moody's, para os leilões que a Espanha e a França farão nesta quinta-feira (16).

Na quinta-feira, a Espanha irá ofertar de 3 bilhões a 4 bilhões de euros em três bônus com vencimentos em janeiro de 2015, julho de 2015 e outubro de 2019. No mesmo dia, a França vai oferecer um montante total de 10,3 bilhões de euros em bônus nominais e atrelados à inflação.

Hoje, a Itália vendeu o montante total de 6 bilhões de euros em bônus com vencimentos em 2014, 2015 e 2017. A Espanha, que já completou 29% das suas emissões previstas de bônus para este ano, vendeu 5,446 bilhões de bônus, pouco abaixo do montante pretendido, em notas do Tesouro, que são papéis com prazos mais curtos do que os bônus soberanos e são predominantemente adquiridos por investidores domésticos.

Os yields dos bônus da Itália e da Espanha estão sendo negociados agora próximos de seus menores níveis em um ano, bem distantes dos patamares do ano passado, quando os temores em relação às duas economias proliferavam em meio aos alertas de que a zona do euro poderia não resistir à crise na região.

Os resultados dos leilões de hoje mostraram que os investidores ignoraram os movimentos nos ratings soberanos da região anunciados ontem pela Moody's, que rebaixou as notas de crédito da Itália e Espanha e ainda colocou os ratings da Áustria, França e Reino Unido em perspectiva negativa com alerta de risco de rebaixamento. Participantes do mercado relataram que tanto a liquidez remanescente da primeira operação de financiamento de longo prazo do BCE para bancos privados quanto a perspectiva de um volume semelhante na segunda operação prevista para o próximo dia 29 de fevereiro contribuíram para alimentar a demanda por dívida da periferia do euro nas últimas semanas.

Analistas ressalvam, entretanto, que o financiamento das economias da região está longe de concluído. "O contraste entre a disparada no mercado de bônus da Espanha e a deterioração nos fundamentos do país está se tornando mais evidente a cada dia que passa", alerta Nicholas Spiro, diretor da Spiro Sovereign Strategy. A Itália, lembrou o analista, "ainda está nos estágios iniciais de um programa de emissões significativamente desafiador neste ano".

Os analistas da Brown Brothers Harriman observaram hoje que as perspectivas negativas para quase todos os países da zona do euro por quase todas as agências de ratings "sugerem que a crise de dívida continuará sendo uma questão para os mercados em boa parte deste ano". As informações são da Dow Jones.

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São Paulo - Os países da periferia da zona do euro completaram hoje mais uma rodada de emissões bem-sucedidas de bônus a taxas menores, à medida que a liquidez do Banco Central Europeu (BCE) para os bancos da região continuou a sustentar a dívida soberana da região.

O resultado dos leilões de hoje feitos pela Espanha e Itália enviaram uma mensagem cautelosamente positiva, especialmente após os rebaixamentos nos ratings soberanos da região anunciados ontem pela agência Moody's, para os leilões que a Espanha e a França farão nesta quinta-feira (16).

Na quinta-feira, a Espanha irá ofertar de 3 bilhões a 4 bilhões de euros em três bônus com vencimentos em janeiro de 2015, julho de 2015 e outubro de 2019. No mesmo dia, a França vai oferecer um montante total de 10,3 bilhões de euros em bônus nominais e atrelados à inflação.

Hoje, a Itália vendeu o montante total de 6 bilhões de euros em bônus com vencimentos em 2014, 2015 e 2017. A Espanha, que já completou 29% das suas emissões previstas de bônus para este ano, vendeu 5,446 bilhões de bônus, pouco abaixo do montante pretendido, em notas do Tesouro, que são papéis com prazos mais curtos do que os bônus soberanos e são predominantemente adquiridos por investidores domésticos.

Os yields dos bônus da Itália e da Espanha estão sendo negociados agora próximos de seus menores níveis em um ano, bem distantes dos patamares do ano passado, quando os temores em relação às duas economias proliferavam em meio aos alertas de que a zona do euro poderia não resistir à crise na região.

Os resultados dos leilões de hoje mostraram que os investidores ignoraram os movimentos nos ratings soberanos da região anunciados ontem pela Moody's, que rebaixou as notas de crédito da Itália e Espanha e ainda colocou os ratings da Áustria, França e Reino Unido em perspectiva negativa com alerta de risco de rebaixamento. Participantes do mercado relataram que tanto a liquidez remanescente da primeira operação de financiamento de longo prazo do BCE para bancos privados quanto a perspectiva de um volume semelhante na segunda operação prevista para o próximo dia 29 de fevereiro contribuíram para alimentar a demanda por dívida da periferia do euro nas últimas semanas.

Analistas ressalvam, entretanto, que o financiamento das economias da região está longe de concluído. "O contraste entre a disparada no mercado de bônus da Espanha e a deterioração nos fundamentos do país está se tornando mais evidente a cada dia que passa", alerta Nicholas Spiro, diretor da Spiro Sovereign Strategy. A Itália, lembrou o analista, "ainda está nos estágios iniciais de um programa de emissões significativamente desafiador neste ano".

Os analistas da Brown Brothers Harriman observaram hoje que as perspectivas negativas para quase todos os países da zona do euro por quase todas as agências de ratings "sugerem que a crise de dívida continuará sendo uma questão para os mercados em boa parte deste ano". As informações são da Dow Jones.

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