XP negociada na B3? Decisão do Itaú pode ter esse efeito
Cerca de 500.000 acionistas do banco podem receber participação de eventual companhia formada unicamente por ações da XP
Guilherme Guilherme
Publicado em 4 de novembro de 2020 às 19h31.
Última atualização em 4 de novembro de 2020 às 19h34.
Em estágio avançado de análise sobre a possibilidade de deixar de 5% da XP e segregar a fatia restante de 41,05% de seus negócios, o Itaú Unibanco pode tornar as ações da corretora disponíveis, mesmo que indiretamente, na B3.
Isso porque, caso aprove a medida, essa participação de 41,05% seria convertida em uma nova sociedade, de nome fantasia “NewCo”, de capital aberto e listada em bolsa. “Com a eventual cisão, os acionistas do Itaú Unibanco receberiam participação acionária na NewCo, cujo único ativo seria aquela linha de negócio representada por tais ações do capital da XP”, afirmou o banco em fato relevante.
Nesse caso, o a IUPAR (Itaú Unibanco Participações S.A.), que possui 51,71% de participação no Itaú Unibanco, seria a maior acionista individual da NewCo. Mas, outros cerca de 500.000 acionistas, que integram a base acionária do banco, também poderiam receber participação na NewCo.
Em relatório, analistas do Credit Suisse estimam que, caso os planos saiam do papel, a NewCo. Deve ter free float (ações em livre negociação) de 29 bilhões de reais e média diária de volume de negociação de 220 milhões de reais (semelhante à das ações das Lojas Americanas e da BRF).