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Vendas no varejo e inflação garantem leve alta dos juros

Queda das taxas em últimas sessões, assim como dados melhores do varejo e preocupação com inflação motivaram avanço dos juros futuros

Bovespa: a taxa do juro com vencimento em janeiro de 2014 encerrou as negociações a 7,11%, ante 7,10% no ajuste (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 16h26.

São Paulo - O resultado do varejo brasileiro em novembro um pouco melhor que a mediana das estimativas e as preocupações com a inflação derivadas de novas informações sobre o reajuste dos combustíveis funcionaram como motivos para uma correção técnica em alta dos juros futuros.

Mesmo porque, por mais que investidores e analistas não esperem nenhuma surpresa da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que termina nesta quarta-feira (16), as taxas operaram em queda nos últimos quatro pregões e abriram algum espaço para realização.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o juro com vencimento em janeiro de 2014 (94.840 contratos) projetava taxa máxima de 7,11%, de 7,10% no ajuste. O juro para janeiro de 2015 (205.760 contratos) indicava 7,71%, de 7,69% nesta terça-feira. Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 (64.500 contratos) tinha taxa de 8,50%, ante 8,47% na véspera, e o contrato para janeiro de 2021 (6.740 contratos) marcava máxima de 9,22%, ante 9,18% no ajuste.

"Os dados do varejo funcionaram como gatilho para um movimento técnico de realização de lucros no mercado de juros após as quedas consecutivas das taxas nos últimos dias", resumiu o estrategista-chefe do Banco WestLB no Brasil, Luciano Rostagno.

Nesta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que as vendas no comércio varejista restrito cresceram 0,30% em novembro, na comparação com outubro. A mediana das estimativas encontrada pelo AE Projeções era de 0,20%. Em relação a novembro de 2011, subiram 8,40%, acima da mediana de 8,00%.


No conceito ampliado, que inclui material de construção, veículos, motos, partes e peças, houve queda de 1,20% (mediana de -1,76%) na margem e alta de 7,20% (mediana de +6,10%) na comparação interanual. A queda foi puxada pela diminuição de 5% nas vendas de veículos, após aumento de 17,6% em outubro ante setembro.

Nesta terça-feira, a inflação continuou no radar dos investidores. Conforme reportagem publicada na segunda-feira (14) pela Agência Estado, o governo poderia anunciar um reajuste dos combustíveis na próxima semana. O ministro interino da Fazenda, Arno Augustin, no entanto, disse desconhecer uma decisão sobre o aumento dos preços do combustível.

Caso seja confirmado, o reajuste de 7% no preço da gasolina nas refinarias poderá ter impacto direto entre 0,13 ponto e 0,28 ponto porcentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e entre 0,15 ponto e 0,20 ponto porcentual na inflação medida pelo Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), segundo cálculos feitos por economistas a pedido da Agência Estado.

No exterior, a cautela vista nos mercados atua como limitador para o avanço das taxas futuras. O debate sobre o teto da dívida dos EUA e o fraco desempenho da economia da Alemanha em 2012 pesaram sobre os ativos mais arriscados e impediram uma reação positiva ao superávit comercial recorde na zona do euro em novembro passado e às vendas no varejo acima do previsto nos EUA em dezembro.

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São Paulo - O resultado do varejo brasileiro em novembro um pouco melhor que a mediana das estimativas e as preocupações com a inflação derivadas de novas informações sobre o reajuste dos combustíveis funcionaram como motivos para uma correção técnica em alta dos juros futuros.

Mesmo porque, por mais que investidores e analistas não esperem nenhuma surpresa da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que termina nesta quarta-feira (16), as taxas operaram em queda nos últimos quatro pregões e abriram algum espaço para realização.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o juro com vencimento em janeiro de 2014 (94.840 contratos) projetava taxa máxima de 7,11%, de 7,10% no ajuste. O juro para janeiro de 2015 (205.760 contratos) indicava 7,71%, de 7,69% nesta terça-feira. Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 (64.500 contratos) tinha taxa de 8,50%, ante 8,47% na véspera, e o contrato para janeiro de 2021 (6.740 contratos) marcava máxima de 9,22%, ante 9,18% no ajuste.

"Os dados do varejo funcionaram como gatilho para um movimento técnico de realização de lucros no mercado de juros após as quedas consecutivas das taxas nos últimos dias", resumiu o estrategista-chefe do Banco WestLB no Brasil, Luciano Rostagno.

Nesta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que as vendas no comércio varejista restrito cresceram 0,30% em novembro, na comparação com outubro. A mediana das estimativas encontrada pelo AE Projeções era de 0,20%. Em relação a novembro de 2011, subiram 8,40%, acima da mediana de 8,00%.


No conceito ampliado, que inclui material de construção, veículos, motos, partes e peças, houve queda de 1,20% (mediana de -1,76%) na margem e alta de 7,20% (mediana de +6,10%) na comparação interanual. A queda foi puxada pela diminuição de 5% nas vendas de veículos, após aumento de 17,6% em outubro ante setembro.

Nesta terça-feira, a inflação continuou no radar dos investidores. Conforme reportagem publicada na segunda-feira (14) pela Agência Estado, o governo poderia anunciar um reajuste dos combustíveis na próxima semana. O ministro interino da Fazenda, Arno Augustin, no entanto, disse desconhecer uma decisão sobre o aumento dos preços do combustível.

Caso seja confirmado, o reajuste de 7% no preço da gasolina nas refinarias poderá ter impacto direto entre 0,13 ponto e 0,28 ponto porcentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e entre 0,15 ponto e 0,20 ponto porcentual na inflação medida pelo Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), segundo cálculos feitos por economistas a pedido da Agência Estado.

No exterior, a cautela vista nos mercados atua como limitador para o avanço das taxas futuras. O debate sobre o teto da dívida dos EUA e o fraco desempenho da economia da Alemanha em 2012 pesaram sobre os ativos mais arriscados e impediram uma reação positiva ao superávit comercial recorde na zona do euro em novembro passado e às vendas no varejo acima do previsto nos EUA em dezembro.

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