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Ibovespa sobe 1,5% puxado por Vale após Evergrande evitar calote

Mineradora sobe mais de 3%, acompanhando valorização do minério de ferro na China

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 11 de novembro de 2021 às 10h21.

Última atualização em 11 de novembro de 2021 às 17h28.

O Ibovespa sobe 1,51%, aos 107.754 pontos, às 17h25 desta quinta-feira, 11. O principal índice da B3 avança após o alívio com o cenário fiscal após a aprovação da PEC dos Precatórios, aproveitando para repercutir a temporada de balanços do terceiro trimestre que termina já na próxima semana.

No pregão de hoje, o movimento é puxado pelas ações da Vale (VALE3), com a maior participação no índice, que registram forte alta de 3,47%. 

Os papéis avançam após o minério de ferro fechar em forte alta na China, embalado por notícias de que a Evergrande conseguiu pagar parte de suas dívidas, evitando um calote, que muitos já consideravam iminente.

A apreciação da commodity também contribui para ações de siderúrgicas, que figuram entre as maiores altas deste início de pregão, com Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3) subindo mais de 6%.

Nos Estados Unidos, os principais índices de ações índices operam em alta, se recuperando das últimas perdas, pressionadas por dados de inflação acima das expectativas. O tom positivo também contribui com a desvalorização do dólar, que recuou 1,74%, fechando a sessão a 5,404 reais.

No radar dos investidores também estão os dados de vendas do varejo, divulgados nesta manhã pelo IBGE, que caíram mais do que o esperado para setembro. No mês, as vendas tiveram queda de 1,3% contra o recuo de 0,6% esperado para o período. Na comparação anual, as vendas caíram 5,5% ante o consenso de queda para 4,3%.

"A atividade segue frágil na margem, com falta de tração, depois de ter se recuperado fortemente após [os primeiros efeitos da] pandemia. O resultado reforça a perspectiva de que o Banco Central não deve elevar mais os juros no curto prazo, afinal a atividade já está suficientemente fraca", comenta em nota André Perfeito, economista-chefe da Necton.

Destaques da bolsa

Fora o cenário macroeconômico, a agenda de balanços segue fazendo preços na bolsa.

O principal destaque é negativo. Com o pior desempenho do Ibovespa, as ações da Via (VIIA3, ex-Via Varejo), desabam mais de 11%, após a divulgação do balanço do terceiro trimestre. No período, a empresa manteve seu lucro líquido estável em relação ao terceiro trimestre de 2020, em 101 milhões de reais.

Por outro lado, a receita líquida caiu 5,9% e as vendas físicas, 14,3%, devido à redução do número de lojas. No entanto, a maior decepção ficou com as provisões com processos judiciais e trabalhistas, que mais que dobrou para 2,5 bilhão de reais. "O impacto em resultado no terceiro trimestre do ano, deduzidos os valores reembolsáveis e líquido de IR e CSLL é de 810 milhões de reais", afirmou a empresa em fato relevante. 

As ações da Magazine Luiza (MGLU3), por outro lado, operam entre as maiores altas do dia, subindo 4,76%, com investidores se antecipando à divulgação do balanço da empresa, previsto para esta noite. O foto de confiança do mercado já dura desde a semana passada. Desde a última sexta-feira, 5, os papéis do Magalu já subiram 25%. Ainda assim, o ativo acumula perdas de mais de 40% no ano.

Na ponta positiva do Ibovespa ainda estão as ações da Azul (AZUL4), que saltam 9,49%, após a empresa superar as estimativas em resultado divulgado nesta manhã. No terceiro trimestre, a companhia aérea teve receita líquida de 2,72 bilhões de reais, contra 805,3 milhões de reais do mesmo período de 2020. A receita também ficou acima do consenso de mercado da Bloomberg, de 2,49 bilhões de reais. Segundo a agência de notícias, a Azul também informou que espera uma capacidade doméstica maior em 2022 do que em 2019, antes da pandemia. Sua principal concorrente, a GOL (GOLL4), sobe 4,21%.

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