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Tom negativo marca primeiro pregão da Bovespa de maio

O dado desanimador sobre o mercado de trabalho no setor privado dos EUA contribui para a queda

Às 10h08, o Ibovespa caía 0,15%, aos 61.726 pontos, depois de ceder à pontuação mínima de 61.651, em queda de 0,27% (Germano Lüders/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2012 às 10h22.

São Paulo - O dado desanimador sobre o mercado de trabalho no setor privado dos Estados Unidos contribui para que a Bovespa mantenha a tônica dos últimos dois meses neste primeiro pregão de maio. Com a criação de menos vagas do que o esperado pelas empresas norte-americanas, o ajuste dos negócios locais nesta volta do feriado deve ser residual, já que o sinal negativo vindo do exterior nesta quarta-feira fornece pouco espaço para uma recomposição do desempenho positivo da véspera em Nova York. Às 10h08, o Ibovespa caía 0,15%, aos 61.726 pontos, depois de ceder à pontuação mínima de 61.651, em queda de 0,27%.

O setor privado dos EUA criou 119 mil postos de trabalho em abril, bem abaixo da estimativa de abertura de 175 mil vagas. O dado é visto como um termômetro para o relatório oficial de emprego no País, o payroll, que será anunciado nesta sexta-feira. Imediatamente após a divulgação dos números, os índices futuros das Bolsas de Nova York ampliaram a queda. No horário acima, o futuro do S&P 500 caía 0,54%.

Em relatório, o analista da Cruzeiro do Sul Corretora, Jason Vieira, comenta que o mercado de trabalho nos EUA denota uma situação de maior volatilidade, com as vagas de emprego ainda sendo criadas, porém com um ímpeto mais fraco. Assim, os rumos da mão de obra norte-americana estão incertos, mas deve haver uma recuperação mais firme a partir do segundo semestre.

Mas se a oferta de emprego nos EUA ainda capenga, a atividade, por sua vez, dá sinais de reabilitação, a despeito dos resultados regionais desfavoráveis anunciados recentemente. O ISM industrial do país contrariou a previsão de queda a 52,9 e subiu para 54,8 em abril, de 53,4 em março. Esse dado fez com que o índice Dow Jones alcançasse, ontem, o maior nível em mais de quatro anos durante a sessão, garantindo um dia de ganhos em Wall Street.

O problema é que a Europa também trouxe uma rodada negativa de indicadores na manhã desta quarta-feira, inibindo um maior apetite ao risco. Os dados de emprego e de atividade na zona do euro mostram que a situação entre os 17 países que compartilham a moeda única é ainda mais preocupante do que a do outro lado do Atlântico Norte.

A taxa de desemprego na zona do euro alcançou o nível recorde de 10,9% em março, com mais de 17,3 milhões de pessoas sem emprego, o que representa o maior número desde 1995. Já o setor manufatureiro contraiu-se para o maior nível em quase três anos em abril, a 45,9, com um declínio generalizado da atividade na região.

Às 10h10 (pelo horário de Brasília), a Bolsa de Frankfurt caía 0,61%, mas Paris segurava-se no azul, com +0,28%. Já a Bolsa de Madri tombava 3,15%. Logo mais, às 11 horas, nos EUA, saem as encomendas à indústria em março e, às 11h30, é a vez dos estoques semanais de petróleo bruto e derivados.

Contudo, esses outros números norte-americanos não devem ter forças para migrar os índices acionários para o terreno positivo, enfraquecendo ainda mais a Bolsa.

O Ibovespa encerrou abril com desvalorização (-4,17%), pelo segundo mês consecutivo, acumulando no ano ganhos abaixo de dois dígitos (+8,93%) pela primeira vez em 2012 após o fechamento mensal. E, se terminar do jeito que está começando, o índice à vista tem chances de amargar novas perdas em maio, correndo risco de fazer com que a alta desde o início de janeiro "vire pó". A conferir.

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O setor privado dos EUA criou 119 mil postos de trabalho em abril, bem abaixo da estimativa de abertura de 175 mil vagas. O dado é visto como um termômetro para o relatório oficial de emprego no País, o payroll, que será anunciado nesta sexta-feira. Imediatamente após a divulgação dos números, os índices futuros das Bolsas de Nova York ampliaram a queda. No horário acima, o futuro do S&P 500 caía 0,54%.

Em relatório, o analista da Cruzeiro do Sul Corretora, Jason Vieira, comenta que o mercado de trabalho nos EUA denota uma situação de maior volatilidade, com as vagas de emprego ainda sendo criadas, porém com um ímpeto mais fraco. Assim, os rumos da mão de obra norte-americana estão incertos, mas deve haver uma recuperação mais firme a partir do segundo semestre.

Mas se a oferta de emprego nos EUA ainda capenga, a atividade, por sua vez, dá sinais de reabilitação, a despeito dos resultados regionais desfavoráveis anunciados recentemente. O ISM industrial do país contrariou a previsão de queda a 52,9 e subiu para 54,8 em abril, de 53,4 em março. Esse dado fez com que o índice Dow Jones alcançasse, ontem, o maior nível em mais de quatro anos durante a sessão, garantindo um dia de ganhos em Wall Street.

O problema é que a Europa também trouxe uma rodada negativa de indicadores na manhã desta quarta-feira, inibindo um maior apetite ao risco. Os dados de emprego e de atividade na zona do euro mostram que a situação entre os 17 países que compartilham a moeda única é ainda mais preocupante do que a do outro lado do Atlântico Norte.

A taxa de desemprego na zona do euro alcançou o nível recorde de 10,9% em março, com mais de 17,3 milhões de pessoas sem emprego, o que representa o maior número desde 1995. Já o setor manufatureiro contraiu-se para o maior nível em quase três anos em abril, a 45,9, com um declínio generalizado da atividade na região.

Às 10h10 (pelo horário de Brasília), a Bolsa de Frankfurt caía 0,61%, mas Paris segurava-se no azul, com +0,28%. Já a Bolsa de Madri tombava 3,15%. Logo mais, às 11 horas, nos EUA, saem as encomendas à indústria em março e, às 11h30, é a vez dos estoques semanais de petróleo bruto e derivados.

Contudo, esses outros números norte-americanos não devem ter forças para migrar os índices acionários para o terreno positivo, enfraquecendo ainda mais a Bolsa.

O Ibovespa encerrou abril com desvalorização (-4,17%), pelo segundo mês consecutivo, acumulando no ano ganhos abaixo de dois dígitos (+8,93%) pela primeira vez em 2012 após o fechamento mensal. E, se terminar do jeito que está começando, o índice à vista tem chances de amargar novas perdas em maio, correndo risco de fazer com que a alta desde o início de janeiro "vire pó". A conferir.

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