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Títulos do Banco do Brasil dividem Moody’s e Standard & Poor’s

O BB está ampliando suas captações com títulos que o permitam adiar o pagamento de cupons e que tenham menor prioridade de resgate no caso de falência

Os títulos em dólar do BB com vencimento em 2023, que contam como capital para a instituição, têm nota BB+ na S&P, três abaixo da nota Baa1 dada a eles pela Moody’s (Fernando Lemos/VEJA Rio)

Os títulos em dólar do BB com vencimento em 2023, que contam como capital para a instituição, têm nota BB+ na S&P, três abaixo da nota Baa1 dada a eles pela Moody’s (Fernando Lemos/VEJA Rio)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 10h09.

Nova York/São Paulo - A Moody’s Investors Service diz que os novos títulos emitidos pelo Banco do Brasil SA têm grau de investimento, quase tão seguros quanto os do governo. Já a Standard & Poor’s os classifica como junk. No meio, ficam os investidores.

Os títulos em dólar do Banco do Brasil com vencimento em 2023, que contam como capital para a instituição, têm nota BB+ na S&P, um nível abaixo do grau de investimento e três abaixo da nota Baa1 dada a eles pela Moody’s. A taxa de 5,82 por cento é 127 pontos-base menor que o custo médio de captação dos títulos latino-americanos com mesma classificação pela S&P e 121 pontos- base acima daqueles da região com mesma nota na Moody’s, segundo o Credit Suisse Group AG.

O Banco do Brasil, com sede em Brasília, está ampliando suas captações com títulos que o permitam adiar o pagamento de cupons e que tenham menor prioridade de resgate no caso de falência, para atender regulamentações bancárias globais. As provisões dos títulos para adiamento de pagamentos os tornam mais arriscados na opinião da S&P, que não emitiu classificação para as duas ofertas anteriores do banco. A Moody’s, que emitiu nota para todas as três captações do banco, diz que o apoio do governo à instituição garante aos papéis o grau de investimento.

A diferença nos ratings “cria confusão entre os investidores”, disse Vinicius Pasquarelli, operador de dívida de mercados emergentes na Traditional Asiel Securities, em entrevista por telefone de Nova York. “Não faz sentido algum classificar esse título como junk.”

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