Exame Logo

Tim vira preferida de analistas no setor de telefonia do Brasil

Os italianos desbancaram os espanhóis e conquistaram a preferência entre empresas de telefonia no Brasil

TIM: companhia tem 12 recomendações de compra feitas por analistas (Lianne Milton/Bloomberg/Bloomberg)

Karla Mamona

Publicado em 13 de julho de 2018 às 09h09.

(Bloomberg) -- Os italianos desbancaram os espanhóis e conquistaram a preferência entre empresas de telefonia no Brasil.

A Tim Participações, da Telecom Italia, parece ter ocupado o lugar que há muito tempo pertencia à Telefônica Brasil, da Telefónica, como a ação mais recomendada entre as operadoras brasileiras, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

Veja também

O Banco Safra e o BTG Pactual adicionaram a Tim a seu portfólio mensal de recomendação, enquanto o JPMorgan Chase & Co. e o Itaú BBA listaram as ações da empresa entre suas principais escolhas no Brasil. Depois de ter caído mais de 8 por cento no segundo trimestre, a Tim deve se beneficiar de um cenário de resultados construtivo, com crescimento esperado de receita, dizem os analistas.

A Tim tem 12 recomendações de compra, quatro de manutenção e duas de venda, em comparação com 8 recomendações de compra e 10 de manutenção da Telefônica Brasil, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

"As avaliações não são uma pechincha, mas um forte impulso nos resultados deve fornecer algum apoio, e um possível acordo de fusão e aquisição com a Oi poderia gerar um valor substancial", escreveu a equipe de equity research do BTG Pactual em um relatório de 3 de julho. O ímpeto operacional é bom, e as receitas e os resultados devem crescer 5,4 por cento e 8,2 por cento, respectivamente, em 2018, segundo o BTG.

A Tim vem melhorando sua receita média por usuário, um indicador de rentabilidade para as operadoras de telecomunicações, transferindo sua base de clientes de planos pré-pagos aos planos mensais, que tendem a ter contas mais altas. Em março, 38 por cento dos clientes usaram planos pós-pagos, em comparação com 35 por cento em setembro, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Uma possível razão para o novo domínio da Tim é que a companhia melhorou seu serviço com uma cobertura de rede 4G mais rápida - uma força tradicionalmente associada à Vivo, a marca da Telefônica Brasil no país. A Tim encerrou o ano de 2017 com 3.000 das 5.000 cidades brasileiras cobertas, maior número entre as operadoras brasileiras.

A Telefônica Brasil não quis comentar. A Tim citou período de silêncio e não comentou.

A Tim, que tem sede no Rio de Janeiro, ficou com 24 por cento do mercado de telefonia móvel em maio, de acordo com os dados mais recentes divulgados pela Anatel. A Telefônica Brasil teve uma participação de mercado de 32 por cento, e a Claro, da América Móvil, de 25 por cento. A Oi ficou com 17 por cento.

"A Tim é o papel mais atrativo do setor neste momento", disse Raul Grego Lemos, analista da Eleven Financial Research, em entrevista por telefone. " A empresa tem feito um trabalho muito grande para aumentar a sua base de clientes pós-pagos, e a expectativa é de melhora dos resultados."

A Tim divulgará os resultados do segundo trimestre no dia 19 de julho, após o fechamento dos mercados.

Tanto a Tim quanto a Telefônica Brasil devem manter um crescimento sólido do Ebitda no segundo trimestre, mas a Tim deve apresentar números melhores de receita, afirmou Luís Fernando Azevedo, analista do Safra, em um relatório de 11 de julho.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresMercado financeiroTelefoniaTIMP3

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame