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Tesla bate US$ 1 trilhão em valor de mercado após rali por vitória de Trump

Elon Musk apoiou a campanha do republicano com US$ 130 milhões e agora o mercado espera avanços regulatórios para veículos autônomos

Elon Musk apoiou o presidente Donald Trump (Samuel Corum/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 9 de novembro de 2024 às 10h15.

A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos serviu de gatilho para um forte rali nas ações da Tesla. As ações da companhia subiram 29% na semana, acrescentando cerca de US$ 230 bilhões ao seu valor de mercado. A empresa reingressa assim no clube de gigantes de tecnologia com valor acima de US$ 1 trilhão, ao lado de Apple, Microsoft, Alphabet, e Amazon.

A forte valorização reflete o otimismo de investidores que apostam em benefícios regulatórios e fiscais para a fabricante de veículos elétricos sob uma nova gestão Trump.

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O CEO Elon Musk foi um dos maiores apoiadores de Trump na campanha, contribuindo com aproximadamenteUS$ 130 milhões para o comitê de apoio ao então candidato republicano. Esse apoio abriu portas para que Musk promova uma agenda favorável ao desenvolvimento de veículos autônomos. Na última teleconferência de resultados, Musk afirmou que um dos grandes desafios da Tesla é obter aprovações regulatórias uniformes para esses veículos em nível federal, evitando as barreiras regulatórias que variam entre estados.

Vantagens regulatórias

As expectativas de uma administração Trump mais alinhada às políticas de corte de regulamentação, especialmente no setor de veículos elétricos, estão sendo vistas como uma vantagem competitiva para a Tesla. Dan Ives, analista da Wedbush Securities, destacou queuma redução de subsídios e possíveis tarifas sobre importações da Chinapodem beneficiar a Tesla em detrimento de concorrentes chinesas como BYD e Nio. Além disso, a eliminação do crédito fiscal federal de US$ 7.500 para veículos elétricos — frequentemente citada por Trump — poderia criar obstáculos para marcas menores, fortalecendo a posição de liderança da Tesla.

Para o próximo ano, Musk prevê um crescimento entre 20% e 30% nas entregas, impulsionado por modelos de menor custo e avanços na tecnologia de direção autônoma. No entanto, concorrentes como a Waymo, controlada pela Alphabet, já operam comercialmente com serviços de robotáxis nos EUA, representando uma ameaça ao domínio da Tesla no setor.

Com a continuidade das políticas pró-mercado e de corte regulatório esperadas na administração Trump, analistas acreditam que a Tesla poderá acelerar a implementação de novas tecnologias e expandir seu mercado interno, consolidando-se ainda mais como líder entre as fabricantes de veículos elétricos.

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