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Termina hoje oferta do fundo imobiliário do Santander

Oferta do fundo havia sido suspensa pela CVM no começo do mês por conta de irregularidades no material publicitário de uma das corretoras


	Agência do Santander: fundo tem como ativos os prédios de diversas agências que serão alugados para a própria instituição
 (EXAME.com)

Agência do Santander: fundo tem como ativos os prédios de diversas agências que serão alugados para a própria instituição (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 08h19.

São Paulo - Termina hoje o prazo para os investidores reservarem cotas do fundo de investimento imobiliário Santander Agências FII. A oferta do fundo havia sido suspensa pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no começo do mês por conta de irregularidades no material publicitário de uma das corretoras. A expectativa era de que a suspensão fizesse a oferta ficar para o ano que vem, mas o banco conseguiu regularizar o processo e retomou a operação no dia 10 de dezembro.

Remuneração de 8,5% ao ano

O fundo tem como ativos os prédios de diversas agências que serão alugados para a própria instituição. A estimativa é que o rendimento do fundo com os aluguéis fique em torno de 8,5% ao ano, mesmo percentual do fundo de agências recentemente lançado pelo Banco do Brasil, e que atraiu mais de 46 mil investidores.

Pulverização e liquidez menores

Mas, diferentemente do fundo do BB, que levantou mais de R$ 1,5 bilhão, o do Santander é bem menor, deve atingir R$ 305 milhões. A aplicação mínima é de R$ 10 mil (para R$ 2 mil do BB) e a liquidação financeira da compra será feita no dia 21 de dezembro. O início da negociação das cotas em bolsa está marcado para 24 de dezembro, véspera de Natal.

Por seu tamanho menor e valor mínimo de aplicação elevado, o fundo do Santander deve atrair menos investidores, o que significa que será uma oferta menos pulverizada que a do BB. Portanto, é provável que sua liquidez em bolsa após a oferta seja bem menor.


Riscos da aplicação

Esse é um dos pontos e um dos riscos que devem ser considerados na hora de aplicar nesse tipo de fundo, que não garante o resgate do valor aplicado. Para obter o valor de volta, é preciso vender a cota para outro investidor em bolsa. Esse é outro fator que influencia a rentabilidade final do investidor, a variação do preço da cota em bolsa.

Mesmo assim, a procura pelo fundo deve ser considerável, uma vez que a remuneração, isenta de imposto de renda para pessoa físicas, é bastante atraente, acima dos 7,25% da taxa básica de juros do mercado, que ainda está sujeita a imposto de renda. Este será o terceiro fundo de agências oferecido ao varejo. O primeiro foi um fundo da Caixa Econômica Federal, de R$ 405 milhões, depois o do BB e agora o Santander.

O risco desse tipo de fundo é o futuro do imóvel caso o banco resolva daqui alguns anos deixar o prédio. A garantia de locação, de até 10 anos em alguns casos, reduz esse risco, mas sempre é bom verificar a qualidade do imóvel, recomendam especialistas. No início deste mês, havia R$ 2 bilhões em fundos imobiliários registrados na CVM aguardando para ir a mercado.

Para comprar as cotas, é preciso ter conta em uma corretora de valores e fazer a reserva hoje.

Para obter mais informações da oferta, basta acessar o site da BM&FBovespa.

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