Startup chinesa de veículos autônomos, WeRide levanta US$ 120 mi em IPO nos EUA
Movimento tenta suavizar clima tenso entre EUA e China na área regulatória
Repórter colaborador
Publicado em 25 de outubro de 2024 às 11h05.
A startup de veículos autônomos WeRide levantou um total de US$ 440,5 milhões em sua chegada ao mercado americano - valor somando IPO e uma rodada fechada de investimentos. É a mais recente empresa chinesa a fazer um IPO nos EUA, sentindo uma melhor no humor dos investidores e na busca paraaliviar os obstáculos regulatórios impostos pelo governo deJoe Biden.
O número de empresas chinesas que o mercado de ações nos Estados Unidos caiu nos últimos anos depois que a gigante do transporte Didi Global foi forçada a retirar seus papéis da bolsa após uma reação dos reguladores chineses, de acordo com a Reuters.
Desde então, Pequim suavizou sua posição e lançou um conjunto de regras no ano passado para reavivar tais listagens, depois que o órgão fiscalizador da contabilidade dos EUA e a China resolveram uma disputa de auditoria que vinha desde dezembro de 2022.
A WeRide vendeu 7,74 milhões de ações a US$ 15,50 cada para levantar cerca de US$ 120 milhões. Com esse IPO, a empresa foi avaliada em mais de US$ 4 bilhões.
Ela também levantou cerca de US$ 320,5 milhões em uma rodada privada simultânea, segundo a Reuters.
A empresa chinesa, conhecida por táxis autônomos, vans e ônibus, está testando voos comerciais para 30 cidades em sete países.
Mercado ainda precisa de fôlego
O IPO da WeRide segue o lançamento de ações que a fabricante de veículos elétricos Zeekr fez na Bolsa de Valores de Nova York no início deste ano, o primeiro bem-sucedido de uma empresa sediada na China desde a saída da Didi da lista.
Analistas sugerem que estabelecer serviços de robotáxi ainda pode levar anos, em grande parte devido à necessidade de segurança e confiabilidade. Ainda assim, a China tem sido mais proativa na aprovação de testes em comparação aos Estados Unidos.
Na esteira desse momento, o governo Biden está propondo uma regra proibindo software e hardware chineses em veículos conectados e autônomos nas estradas americanas devido a preocupações com a segurança nacional.