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Spotify planeja fazer IPO em Nova York em 15 dias

Os acionistas atuais oferecerão suas ações aos investidores, em operação conhecida como oferta pública direta

Spotify: empresa organizará um dia de investidores em 15 de março para divulgar suas perspectivas (Christian Hartmann/Reuters)

Spotify: empresa organizará um dia de investidores em 15 de março para divulgar suas perspectivas (Christian Hartmann/Reuters)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 12 de março de 2018 às 14h12.

A Spotify Technology planeja vender ações na Bolsa de Valores de Nova York na semana de 2 de abril, segundo pessoas com conhecimento do assunto, dando à empresa semanas para se preparar para uma estreia não convencional.

A Spotify deixa décadas de prática de lado ao não emitir novas ações, nem levantar dinheiro em sua oferta pública inicial.

Em vez disso, os acionistas atuais oferecerão suas ações aos investidores, em operação conhecida como oferta pública direta.

O mercado ativo para vendas de ações privadas nos últimos anos ajudou a empresa a estabelecer uma avaliação de mais de US$ 20 bilhões com base em algumas das transações.

A Spotify passará as próximas semanas em reuniões com investidores para controlar a incerteza inerente a essa abordagem na esperança de conseguir tranquilidade na chegada à maior bolsa de valores do mundo.

Os bancos normalmente ajudam as empresas a estabelecerem uma faixa de preço para a estreia de uma ação para impedir uma queda do valor no primeiro dia.

Um representante do serviço de streaming preferiu não comentar.

A Spotify organizará um dia de investidores em 15 de março para divulgar as perspectivas de uma empresa que ajudou a transformar o negócio da música.

As receitas do setor cresceram por três anos seguidos graças aos serviços pagos de streaming. A Spotify é líder incontestável do mercado. Contava com 71 milhões de assinantes no fim de 2017, quase o dobro de seu concorrente mais próximo, o Apple Music.

No entanto, a empresa ainda não provou que a oferta de músicas pela internet é um bom negócio. As vendas da empresa subiram para 4,09 bilhões de euros (US$ 5 bilhões) em 2017, mas os prejuízos também aumentaram.

A Spotify entrega mais de 70 por cento das receitas à indústria da música e o custo dos pagamentos de royalties a selos de gravações e editoras musicais tem impedido uma rival que começou antes, a Pandora Media, de registrar um lucro consistente.

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