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Smart Fit (SMFT3): Goldman Sachs inicia cobertura com "compra" e potencial de alta de 50%; ação sobe

Analistas ressaltam histórico de crescimento, apesar de ambiente adverso; receita da companhia mais do que dobrou em dois anos

Smart Fit: ação acumula queda no ano (Instagram Smart Fit/Reprodução)
Guilherme Guilherme

Repórter de Invest

Publicado em 1 de julho de 2024 às 11h56.

Última atualização em 1 de julho de 2024 às 11h57.

O Goldman Sachs iniciou a cobertura de Smart Fit (SMFT3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 32, representando um potencial de alta de 50% em relação à cotação do último fechamento (28/06).

O otimismo dos analistas com a Smart Fit deriva do crescimento entregue pela empresa, que, apesar do cenário adverso, aumentou sua rede de academias em 34% nos últimos dois anos para  1.469 e sua receita liquida em102,57% para R$ 1,26 bilhão no primeiro trimestre.

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O histórico de "execução sólida", "fortes fundamentos econômicos" e vantagens de escala são os principais diferenciais da companhia, na avaliação do Goldman Sachs. "Histórias de alto crescimento orgânico de unidades são relativamente escassas em nossa cobertura.

"Isto significa que nossas expectativas de crescimento do lucro por ação dependem menos de novas eficiências operacionais ou alavancagem e muito mais da Smart Fit continuar fazendo o que já está fazendo: selecionar bons locais para abrir suas academias e operá-las com consistência", afirma o relatório.

As ações da Smart Fit estão subindo cerca de 3% na bolsa nesta segunda-feira, 1, tendo como pano de fundo a avaliação otimista do Goldman Sachs. Até o último pregão, as ações acumulavam 17,4% de queda no ano e 6,5% de desvalorização desde o IPO, em 2021.

Pelas constas dos analistas, a companhia está sendo negociada na bolsa a um preço de 22,8x o lucro esperado para 2024 e a 16.6x o esperado para 2025. "Esse múltiplo preço/lucro é implica um prêmio em relação a outras varejistas de nossa cobertura, negociadas a um P/L médio de 17x para 2024 e 13x par 2025. No entanto, o prêmio é justificado pelo perfil de maior crescimento e previsibilidade", afirmam os analistas do banco.

Os principais riscos, segundo o Goldman Sachs, é uma potencial "canibalização" entre competidores, dada a maior densidade de academias. Isso, ponderam, poderia reduzir o número de clientes por academia e potencialmente levar à redução dos preços das mensalidades. A companhia tinha entre 2018 e 2019 uma média de média de 3.500 usuários por academia no Brasil e 3.200 no México. Depois da pandemia, essa quantidade se estabilizou 15% abaixo no Brasil e 5% no México.

Eficiência

"Acreditamos que essa estabilização em um nível mais baixo é resultado de uma maior densidade de academias, o que causou um certo grau de canibalização (esperada) com as instalações existentes."

Por outro lado, os analistas apontam que esse menor número de usuários por academia foi "mais do que compensado" pela maior disciplina de custos, que tem subido abaixo dos níveis da inflação. Entre os fatores que contribuíram para a maior eficácia, o banco elenca a a redução de funcionários por academia, automação dos sistemas de ar-condicionado e melhores acordos de aluguel de imóveis.

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