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S&P declara dívida da Argentina em moratória seletiva

Moratória afeta os US$ 539 milhões que não chegaram a ser efetivados por estarem retidos no Bank of New York Mellon por recomendação do juiz Thomas Griesa

Cartaz critica proprietários de bônus argentinos: dívida do país foi rebaixada (Alejandro Pagni/AFP)
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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 19h15.

Nova York - A agência de classificação de riscos Standard & Poor's declarou nesta quarta-feira a dívida da Argentina em moratória seletiva (categoria SD), rebaixando-a de sua posição anterior, CCC-, por alguns dos credores da dívida soberana reestruturada do país não terem recebido o pagamento pelos bônus correspondentes.

Esta moratória só afeta os US$ 539 milhões que não chegaram a ser efetivados por estarem retidos no Bank of New York Mellon (Bony) por recomendação do juiz Thomas Griesa, que julga o processo de fundos especulativos - os chamados "fundos abutre" - contra a Argentina pela dívida em moratória desde 2001.

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A Standard & Poor's argumentou em comunicado que, após vencer hoje o período de carência de 30 dias que o governo da Argentina tinha para que o dinheiro chegasse aos credores, se configurou este "default seletivo" que não afeta outros credores.

"Caso a Argentina saneie o descumprimento do pagamento dos bônus reestruturados, então poderemos revisar nossa qualificação em função do risco residual de litígios que o país pode ter, de seu acesso aos mercados de dívida internacionais e de seu perfil de risco geral", acrescentou.

A decisão da Standard & Poor's foi revelada enquanto uma delegação do governo argentino liderada pelo ministro da Economia, Axel Kicillof, continuava reunida com o mediador judicial Daniel Pollack para chegar a um acordo com os fundos especulativos.

Atualizado às 19h14.

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