Invest

Rumo aos 115 mil: Ibovespa tem espaço para subir mais, dizem grafistas

Mesmo após fortes altas, especialistas em análise gráfica consultados pela EXAME Invest seguem otimistas para as próximas semanas

 (Yuichiro Chino/Getty Images)

(Yuichiro Chino/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 27 de novembro de 2020 às 18h01.

Última atualização em 28 de novembro de 2020 às 00h38.

O Ibovespa chegou à quarta semana de alta consecutiva nesta sexta-feira, 27, ao encerrar na maior pontuação desde fevereiro, em 110.636 pontos. Mas o rali, que já é o mais longo do ano, pode continuar mais algum tempo. Pelo menos isso é o que dizem três especialistas em análise gráfica consultados pela EXAME Invest.

A análise gráfica utiliza técnicas que buscam padrões de mercado, fazendo projeções futuras com base em experiências passadas. Segundo eles, o próximo ponto de resistência mais forte será na casa dos 115.000 pontos, região em que há maior chance de um movimento de realização de lucros mais significativo.

Onde investir com o Ibovespa próximo da máxima histórica? Descubra com a assessoria de investimentos do BTG Pactual Digital

“Com o Ibovespa fechando a semana acima dos 110.180 pontos, o próximo alvo são os 115.370 pontos”, afirma André Machado, fundador do projeto Os 10% e conhecido como Ogro de Wall Street.

Machado também lembra que, quando o rali teve início, há quatro semanas, o índice estava nos 93.000 pontos, considerado um suporte importante pelos grafistas. “O Ibovespa foi dos 105.700 e para os 93.000 duas vezes”. O rompimento da marca dos 105.700, na semana do anúncio da eficácia da vacina da Pfizer, segundo ele, foi primordial para que o Ibovespa pudesse alcancar patamares ainda mais altos.

“A minha perspectiva é que esse movimento de alta continue. Mas não é, necessariamente uma linha reta. O gráfico faz zigue-zague, desce um pouco para ganhar fôlego para a retomada”, explica Igor Graminhani, analista gráfico da Genial Investimentos.

“Pode cair por 2 ou 3 dias e ter outra pancada de alta. Correções são normais. Depois, as próximas barreiras são os 117.900 pontos e os 119.590 pontos, que foi a máxima alcançada no fim de janeiro deste ano”, diz Graminhani

Márcio Loréga, analista técnico da Ativa Investimentos, afirma, que antes da região de 115.000 há dois pontos intermediários. Um deles foi tocado na máxima intradia desta sexta, que é a resistência dos 111.600 pontos. “Nessa faixa há um pequeno descanso para uma nova alta. O que não pode acontecer é perder os 108.000 pontos. Aí o índice pode ingressar em uma queda de curtíssimo prazo, podendo chegar aos 105.000 pontos”, comenta.

Outra região de intervalo até os 115.000 pontos, de acordo com Loréga, são os 113.500 pontos. “É um patamar ao qual os investidores não ficam muito atentos, só miram alvos mais relevantes. Mas é possível que o índice comece a se lateralizar ou ter uma pequena queda. É uma região para monitorar. É degrau a degrau.”

Para Loréga, com os índices se aproximando das próximas regiões de resistência, é bom aumentar o controle dos riscos. “Se já não fez uma realização de lucros parcial, é bom realizar para não deixar que um lucro possa virar perdas.”

Embora o gráfico do Ibovespa apresente indicativos sobre como o mercado pode se portar futuramente, Machado comenta também que é importante ficar atento aos movimentos dos índices americanos, especialmente do S&P 500. “É a locomotiva do mercado. Se o S&P cair, o Ibovespa vai junto. Não tem condições macroeconômicas para se sustentar sem o mercado americano."

“O mercado está olhando o copo meio cheio, subindo por liquidez. Mas até onde isso vai? Por isso é importante ter esses alvos. Se o índice embicar para baixo, há suportes em 105.700 pontos, em 102.394 pontos e em 100.268 pontos. Perdendo esses três, o índice vai de novo para os 93.000 pontos”, diz Machado.

Mais de Invest

Amil e Dasa recebem aval do Cade para criarem rede de hospitais e clínicas

Bolsa Família 2025: governo divulga calendário para o próximo ano; veja as datas

Fundador do Telegram anuncia lucro líquido pela primeira vez em 2024

Banco Central fará leilão à vista de até US$ 3 bi na quinta-feira