Risco de competição faz Santander rebaixar ação da BM&FBovespa
Menor volume diário de negócios também incentivou a redução da recomendação de comprar para manter
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2011 às 17h18.
São Paulo – A chegada de um novo competidor no mercado brasileiro para acabar com o monopólio e concorrer com a BM&FBovespa ( BVMF3 ) fez a equipe de pesquisas do Santander revisar suas projeções para as ações da bolsa brasileira.
Em relatório, os analistas Henrique Navarro e Boris Molina do Santander atualizaram suas estimativas para os papéis ordinários da companhia, reduzindo o preço-alvo de 17,70 reais em dezembro de 2011 para 11,20 reais cada até o final de 2012. A recomendação também foi cortada de comprar para manter.
Segundo os analistas, o anúncio no começo de 2011 de que a BATS Global Markets, operadora da terceira maior bolsa dos Estados Unidos, firmou um memorando de entendimentos com a gestora de recursos Claritas para explorar oportunidades e criar uma nova bolsa de valores no Brasil levantou algumas preocupações.
O Santander destaca que, em termos de participação de mercado, a BM&FBovespa sofreria pouco impacto com a chegada de uma nova concorrente. Por outro lado, a companhia enfrentaria maior concorrência em relação às taxas cobradas pelas bolsas as corretoras.
“Nós já vimos a história do grande e negativo efeito da concorrência na indústria de meios de pagamentos no Brasil”, quando as duas principais companhias (Cielo e Redecard) perderam a exclusividade, lembram os analistas.
Na ocasião, “o temor da chegada de novos competidores e a dificuldade em determinar o impacto em potencial nas margens gerou uma reação exagerada negativa nos preços das ações das companhias que percorreu por mais de um ano”, explicam.
Os analistas do Santander acreditam que “poderemos começar a ver uma reação similar com os papéis da BM&FBovespa quando um novo competidor começar a operar no mercado de ações”.
Volume menor
Outro fator negativo apontado é a paralisação na recuperação do volume negociado nos mercados de ações após a crise financeira de 2008. Os índices de países emergentes perderam fôlego diante da falta de apetite por parte dos investidores.
No Brasil, o volume foi prejudicado pelas contínuas preocupações sobre o cenário macroeconômico, incluindo a baixa expansão da economia e as pressões inflacionárias, além da alta no juro básico.
Diante deste cenário, o Santander prevê que o volume médio diário de negócios chegue a 8 bilhões de reais até o final de 2012, o que representa uma queda de 14% em comparação as estimativas anteriores.
Conclusões
Diante do risco de concorrência e da perspectiva menor de volume médio diário de negócios, os analistas do Santander aplicaram um desconto de 10% no preço-alvo estabelecido para a BM&FBovespa, principalmente considerando a recente performance abaixo da média.
Em sua análise, Henrique Navarro e Boris Molina traçaram um cenário onde a BM&FBovespa perde 5% de valor de mercado para a BATS e 2% de queda nas taxas cobradas para as corretoras pelas ordens emitidas no mercado de ações.
São Paulo – A chegada de um novo competidor no mercado brasileiro para acabar com o monopólio e concorrer com a BM&FBovespa ( BVMF3 ) fez a equipe de pesquisas do Santander revisar suas projeções para as ações da bolsa brasileira.
Em relatório, os analistas Henrique Navarro e Boris Molina do Santander atualizaram suas estimativas para os papéis ordinários da companhia, reduzindo o preço-alvo de 17,70 reais em dezembro de 2011 para 11,20 reais cada até o final de 2012. A recomendação também foi cortada de comprar para manter.
Segundo os analistas, o anúncio no começo de 2011 de que a BATS Global Markets, operadora da terceira maior bolsa dos Estados Unidos, firmou um memorando de entendimentos com a gestora de recursos Claritas para explorar oportunidades e criar uma nova bolsa de valores no Brasil levantou algumas preocupações.
O Santander destaca que, em termos de participação de mercado, a BM&FBovespa sofreria pouco impacto com a chegada de uma nova concorrente. Por outro lado, a companhia enfrentaria maior concorrência em relação às taxas cobradas pelas bolsas as corretoras.
“Nós já vimos a história do grande e negativo efeito da concorrência na indústria de meios de pagamentos no Brasil”, quando as duas principais companhias (Cielo e Redecard) perderam a exclusividade, lembram os analistas.
Na ocasião, “o temor da chegada de novos competidores e a dificuldade em determinar o impacto em potencial nas margens gerou uma reação exagerada negativa nos preços das ações das companhias que percorreu por mais de um ano”, explicam.
Os analistas do Santander acreditam que “poderemos começar a ver uma reação similar com os papéis da BM&FBovespa quando um novo competidor começar a operar no mercado de ações”.
Volume menor
Outro fator negativo apontado é a paralisação na recuperação do volume negociado nos mercados de ações após a crise financeira de 2008. Os índices de países emergentes perderam fôlego diante da falta de apetite por parte dos investidores.
No Brasil, o volume foi prejudicado pelas contínuas preocupações sobre o cenário macroeconômico, incluindo a baixa expansão da economia e as pressões inflacionárias, além da alta no juro básico.
Diante deste cenário, o Santander prevê que o volume médio diário de negócios chegue a 8 bilhões de reais até o final de 2012, o que representa uma queda de 14% em comparação as estimativas anteriores.
Conclusões
Diante do risco de concorrência e da perspectiva menor de volume médio diário de negócios, os analistas do Santander aplicaram um desconto de 10% no preço-alvo estabelecido para a BM&FBovespa, principalmente considerando a recente performance abaixo da média.
Em sua análise, Henrique Navarro e Boris Molina traçaram um cenário onde a BM&FBovespa perde 5% de valor de mercado para a BATS e 2% de queda nas taxas cobradas para as corretoras pelas ordens emitidas no mercado de ações.