Exame Logo

Risco Brasil nunca foi tão baixo em relação aos EUA

O índice de 0,62% alcançado ontem mostram que situação na semana passada permanece, quando o risco dos dois países alcançou o menor nível da história

Números foram extraídos das negociações com um derivativo financeiro amplamente negociado no mercado, chamado Credit Default Swap (Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2011 às 09h24.

São Paulo - O risco do Brasil percebido pelos investidores globais nunca foi tão baixo se comparado ao dos Estados Unidos, considerado referência em segurança financeira. Na semana passada, a diferença entre as medidas de risco dos dois países alcançou o menor nível da história: 0,60 ponto porcentual. Ontem à tarde, estava em 0,62 ponto porcentual.

Esses números foram extraídos das negociações com um derivativo financeiro amplamente negociado no mercado, chamado CDS (Credit Default Swap, em inglês). Esse papel é um tipo de seguro vendido a investidores que querem se proteger de um eventual calote. Se alguém quer comprar títulos públicos brasileiros e, ao mesmo tempo, se proteger, utiliza o CDS. Ontem, pagava 1,1% ao ano em dólar para este fim. Para se proteger de eventual problema nos EUA, a taxa estava em 0,48% ao ano. O mercado de CDS movimenta trilhões de dólares mundo afora e o do Brasil é um dos mais negociados.

O que ocorre hoje é fruto de três movimentos. "De um lado, espelha a melhora da percepção de solvência do Brasil. De outro, é fruto da enorme liquidez global", explica o economista Dany Rappaport, sócio da InvestPort Consultoria e Gestão de Recursos. "Ou seja, em relação especificamente ao Brasil, há uma razão estrutural e outra conjuntural, que catalisa a estrutural."

Ontem, a agência de classificação de risco Standard & Poor´s e o ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) Alan Greenspan jogaram luz sobre um terceiro fator: uma deterioração na confiança de os EUA honrarem sua dívida. Ninguém está dizendo que a maior economia do mundo vai dar um calote amanhã ou mesmo nos próximos anos. Mas o risco de isso ocorrer tem crescido.

Do ponto de vista do Brasil, estruturalmente, as contas públicas apresentaram expressiva melhora nos últimos anos. A relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) saiu de 60% em dezembro de 2002 para os atuais 39,9%. Isso significa que a probabilidade de o governo brasileiro não honrar o pagamento dos títulos que emite é muito baixa. Além disso, a dívida externa foi reduzida nos últimos anos em decorrência do acúmulo de reservas internacionais. Atualmente, o País tem um colchão superior a US$ 320 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja também

São Paulo - O risco do Brasil percebido pelos investidores globais nunca foi tão baixo se comparado ao dos Estados Unidos, considerado referência em segurança financeira. Na semana passada, a diferença entre as medidas de risco dos dois países alcançou o menor nível da história: 0,60 ponto porcentual. Ontem à tarde, estava em 0,62 ponto porcentual.

Esses números foram extraídos das negociações com um derivativo financeiro amplamente negociado no mercado, chamado CDS (Credit Default Swap, em inglês). Esse papel é um tipo de seguro vendido a investidores que querem se proteger de um eventual calote. Se alguém quer comprar títulos públicos brasileiros e, ao mesmo tempo, se proteger, utiliza o CDS. Ontem, pagava 1,1% ao ano em dólar para este fim. Para se proteger de eventual problema nos EUA, a taxa estava em 0,48% ao ano. O mercado de CDS movimenta trilhões de dólares mundo afora e o do Brasil é um dos mais negociados.

O que ocorre hoje é fruto de três movimentos. "De um lado, espelha a melhora da percepção de solvência do Brasil. De outro, é fruto da enorme liquidez global", explica o economista Dany Rappaport, sócio da InvestPort Consultoria e Gestão de Recursos. "Ou seja, em relação especificamente ao Brasil, há uma razão estrutural e outra conjuntural, que catalisa a estrutural."

Ontem, a agência de classificação de risco Standard & Poor´s e o ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) Alan Greenspan jogaram luz sobre um terceiro fator: uma deterioração na confiança de os EUA honrarem sua dívida. Ninguém está dizendo que a maior economia do mundo vai dar um calote amanhã ou mesmo nos próximos anos. Mas o risco de isso ocorrer tem crescido.

Do ponto de vista do Brasil, estruturalmente, as contas públicas apresentaram expressiva melhora nos últimos anos. A relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) saiu de 60% em dezembro de 2002 para os atuais 39,9%. Isso significa que a probabilidade de o governo brasileiro não honrar o pagamento dos títulos que emite é muito baixa. Além disso, a dívida externa foi reduzida nos últimos anos em decorrência do acúmulo de reservas internacionais. Atualmente, o País tem um colchão superior a US$ 320 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Brasil-EUAInvestimentos de empresas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame