Mercados

Reunião França-Alemanha não tranquiliza mercados europeus

As bolsas europeias reagiram com decepção nesta quarta-feira às medidas anunciadas na véspera pelos dois países para fortalecer a zona do euro

Bolsas de Londres, Paris e Frankfurt iniciam o dia em baixa
 (Ben Stansall/AFP)

Bolsas de Londres, Paris e Frankfurt iniciam o dia em baixa (Ben Stansall/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2011 às 12h48.

Londres - As bolsas europeias reagiram com decepção nesta quarta-feira às medidas anunciadas na véspera por Alemanha e França para fortalecer a zona euro, com a rejeição à emissão de eurobônus ou a um aumento do fundo europeu de resgate.

Pouco depois das 8h GMT (5h de Brasília), Paris operava em queda de 0,22%, Londres de 0,56%, Frankfurt de 0,45% e Madri de 0,41%. Milão abriu em baixa, mas registrava alta de 0,21%. Na terça-feira, as principais praças europeias fecharam em baixa antes de conhecer os resultados da reunião França-Alemanha.

Na Ásia, a tendência foi mista: Tóquio perdeu 0,55%, mas Sydney subiu 1,32% e Seul 0,68%.

O euro registrou leve queda e era negociado a 1,4352 dólar em Tóquio.

"A reunião entre autoridades da Alemanha e França fracassou na tentativa de acalmar as inquietações sobre a crise da dívida na zona euro", comentou Ker Chung Yang, analista especializado em petróleo da empresa Phillip Futures de Cingapura.

A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy anunciaram uma série de propostas: governo econômico para a "zona euro", "regra de ouro" do equilíbrio orçamentário, imposto sobre as transações financeiras na Eurozona e convergência fiscal entre as duas maiores economias do espaço monetário, formado por 17 países.

Mas os operadores não receberam bem a notícia dos projetos de impostos nem a rejeição das medidas mais esperadas pelos mercados: o fortalecimento do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e a criação dos eurobônus.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresCrises em empresasEuropaFrançaPaíses ricosUnião Europeia

Mais de Mercados

CVC sobe 7% na bolsa com poison pill e alta das ações domésticas

Em meio a pressão por boicotes, ação do Carrefour sobe 3,31%

O saldo final – e os vencedores – da temporada de balanços do 3º tri, segundo três análises

Warren Buffett doa US$ 1,1 bilhão em ações da Berkshire Hathaway: "Nunca quis criar uma dinastia"