Rejeição de minoritários da BrT gera ineficiência, diz Previ
Mata de São João, Bahia - A rejeição dos acionistas minoritários da Brasil Telecom aos termos de troca de ações propostos pela Oi, ocorrida na véspera, faz o grupo de telecomunicações ficar sem as economias que uma estrutura mais enxuta poderia gerar, afirmaram nesta quinta-feira executivos do fundo de pensão dos funcionários do Banco do […]
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2010 às 16h08.
Mata de São João, Bahia - A rejeição dos acionistas minoritários da Brasil Telecom aos termos de troca de ações propostos pela Oi, ocorrida na véspera, faz o grupo de telecomunicações ficar sem as economias que uma estrutura mais enxuta poderia gerar, afirmaram nesta quinta-feira executivos do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, Previ.
"Quando você consegue uma melhor organização societária, busca sinergia e a decisão de ontem retarda a possibilidade de se gerar essa sinergia", disse Flores a jornalistas durante o 11o encontro de conselheiros da Previ, ecoando avaliação de analistas do mercado.
A Previ tem uma participação de cerca de 13 por cento na Telemar Participações, que controla o grupo Oi.
Na quarta-feira, a rejeição dos acionistas minoritários da BrT ao valor de troca de ações da empresa por papeis da Oi fez a empresa de telecomunicações suspender a simplificação societária do grupo por tempo indeterminado. A decisão derrubou as ações de ambas as empresas.
A troca de ações da BrT por papéis do grupo Oi era a última etapa do processo de reorganização societária prevista na operação anunciada em abril de 2008, quando a Oi revelou acordo para compra do controle da BrT.
Para o gerente da área de participações da Previ, Ricardo Ferraz, os acionistas da BrT não têm um "plano B", mas ele aposta que "em breve uma reunião poderá decidir o que poderá ser feito" para destravar o processo de simplificação societária da Oi.
"Ficou uma estrutura societária não ideal, são três empresas listadas em bolsa, o que dificulta a decisão do investidor", disse Ferraz. "Em algum momento tem que ver o que vai ser feito (...) com um papel só poderia ter um maior valor de mercado. A conta de sinergia não vai ser atingida por causa da decisão", afirmou.
Em janeiro de 2009, o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, calculou em pelo menos 1 bilhão de reais o valor total das sinergias que seriam produzidas com a completa integração da Brasil Telecom.
Às 15h03, as ações da Oi recuavam 1,43 por cento, depois de terem caído 4,6 por cento na véspera. Já as ordinárias da BrT perdiam 0,91 por cento após tombo de 10,1 por cento na véspera. O Ibovespa caía 0,05 por cento no mesmo horário.