Ratings soberanos da zona do euro estão em risco por recessão, diz S&P
Segundo agência, se região mergulhar em outra recessão, notas da França, Espanha, Itália, Irlanda e Portugal serão rebaixadas
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2011 às 09h51.
São Paulo - A agência de rating Standard and Poor's Corp. disse nesta quinta-feira, 20, que provavelmente rebaixaria os ratings de crédito da França, Espanha, Itália, Irlanda e Portugal se a zona do euro mergulhar em outra recessão, o que muitos economistas acreditam ser possível. As notas dos bancos da região também seriam rebaixadas sob os dois cenários possível analisados pela S&P. "Esses cenários de stress não são nossa principal projeção, mas uma simulação dos acontecimentos prováveis se esses eventos hipotéticos ocorrerem", ressaltou a agência. "Embora nossos cenários levem em conta variáveis debatíveis, acreditamos que ilustram a direção geral provável sob as condições fornecidas".
A perspectiva de uma Europa em recessão aumentou em meio ao tumulto recente sobre os indicadores econômicos sombrios. Uma pesquisa preliminar do índice dos gerentes de compra na zona do euro recuou para a contração em setembro, o que significa que o setor privado foi pior no mês passado do que em agosto. Foi o primeiro declínio mensal da atividade desde que a zona do euro saiu da recessão no terceiro trimestre de 2009.
A S&P analisou dois cenários possíveis: uma recessão em W dentro dos próximos quatro anos e uma recessão em W com aumento de custos de empréstimos para empresas. O segundo cenário não incluiu governos ou bancos, pois "consideramos que os mecanismos de apoio da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) manteriam os custos baixos para países em dificuldade, e nós assumimos que o Banco Central Europeu (BCE) forneceria efetivamente apoio ilimitado para os bancos da zona do euro durante 2011 até 2014", afirmou.
Uma recessão sozinha seria o suficiente para rebaixar os ratings de cinco países em um ou dois graus, uma vez que o aumento dos déficits de orçamento e dos custos da recapitalização dos bancos elevariam "significativamente" os empréstimos dos governos. Os mecanismos atuais de financiamento da UE e do FMI são suficientes para apoiar as exigências de empréstimo da Grécia, Irlanda e Portugal e uma "pequena parte" para Itália e Espanha. "Essa rede de segurança, no entanto, seria insuficiente se as condições piorarem de acordo com as linhas sugeridas em nossos cenários de stress, elevando o nível de apoio para a Itália e a Espanha", disse a agência.
Nesses piores cenários, os ratings dos bancos também estariam sob pressão, com grandes bancos da Alemanha e da França enfrentando rebaixamentos de um ou dois graus, enquanto a maioria dos bancos na Itália poderiam sofrer downgrade de dois a quatro graus."Assumimos que os bancos centrais forneceriam ampla liquidez aos bancos necessitados para evitar uma quebra generalizada, embora os ratings dos bancos sem dúvida sofreriam pressão", disse Blaise Ganguin, chefe de crédito para Europa, Oriente Médio e África da S&P. A reunião da UE no domingo "provavelmente trará novos desenvolvimentos e vamos incorporá-los no nosso cenário de análise assim que forem divulgados", acrescentou a agência.
São Paulo - A agência de rating Standard and Poor's Corp. disse nesta quinta-feira, 20, que provavelmente rebaixaria os ratings de crédito da França, Espanha, Itália, Irlanda e Portugal se a zona do euro mergulhar em outra recessão, o que muitos economistas acreditam ser possível. As notas dos bancos da região também seriam rebaixadas sob os dois cenários possível analisados pela S&P. "Esses cenários de stress não são nossa principal projeção, mas uma simulação dos acontecimentos prováveis se esses eventos hipotéticos ocorrerem", ressaltou a agência. "Embora nossos cenários levem em conta variáveis debatíveis, acreditamos que ilustram a direção geral provável sob as condições fornecidas".
A perspectiva de uma Europa em recessão aumentou em meio ao tumulto recente sobre os indicadores econômicos sombrios. Uma pesquisa preliminar do índice dos gerentes de compra na zona do euro recuou para a contração em setembro, o que significa que o setor privado foi pior no mês passado do que em agosto. Foi o primeiro declínio mensal da atividade desde que a zona do euro saiu da recessão no terceiro trimestre de 2009.
A S&P analisou dois cenários possíveis: uma recessão em W dentro dos próximos quatro anos e uma recessão em W com aumento de custos de empréstimos para empresas. O segundo cenário não incluiu governos ou bancos, pois "consideramos que os mecanismos de apoio da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) manteriam os custos baixos para países em dificuldade, e nós assumimos que o Banco Central Europeu (BCE) forneceria efetivamente apoio ilimitado para os bancos da zona do euro durante 2011 até 2014", afirmou.
Uma recessão sozinha seria o suficiente para rebaixar os ratings de cinco países em um ou dois graus, uma vez que o aumento dos déficits de orçamento e dos custos da recapitalização dos bancos elevariam "significativamente" os empréstimos dos governos. Os mecanismos atuais de financiamento da UE e do FMI são suficientes para apoiar as exigências de empréstimo da Grécia, Irlanda e Portugal e uma "pequena parte" para Itália e Espanha. "Essa rede de segurança, no entanto, seria insuficiente se as condições piorarem de acordo com as linhas sugeridas em nossos cenários de stress, elevando o nível de apoio para a Itália e a Espanha", disse a agência.
Nesses piores cenários, os ratings dos bancos também estariam sob pressão, com grandes bancos da Alemanha e da França enfrentando rebaixamentos de um ou dois graus, enquanto a maioria dos bancos na Itália poderiam sofrer downgrade de dois a quatro graus."Assumimos que os bancos centrais forneceriam ampla liquidez aos bancos necessitados para evitar uma quebra generalizada, embora os ratings dos bancos sem dúvida sofreriam pressão", disse Blaise Ganguin, chefe de crédito para Europa, Oriente Médio e África da S&P. A reunião da UE no domingo "provavelmente trará novos desenvolvimentos e vamos incorporá-los no nosso cenário de análise assim que forem divulgados", acrescentou a agência.