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Rating está em risco porque política atrapalha, diz Fitch

A classificação de crédito está sob pressão em um momento em que a piora da situação política pesa sobre formulação de políticas do governo, diz a Fitch

Entrada da Fitch (Miguel Medina/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2015 às 21h28.

A classificação de crédito do Brasil está sob pressão em um momento em que a piora da situação política pesa sobre a formulação de políticas do governo, segundo James McCormack, diretor global de classificações soberanas da Fitch Ratings .

Na segunda-feira, o país latino-americano projetou um déficit fiscal para 2016, o que contrasta com o superávit de 2 por cento do produto interno bruto previsto no início do ano. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, enfrenta a perspectiva de uma recessão mais profunda em meio à resistência do Congresso aos cortes de gastos e aos aumentos nos impostos.

Em seu último revés, o governo recuou em seus esforços para ressuscitar a CPMF, uma taxa aplicada às transações financeiras, devido à oposição de líderes do Congresso.

“Os riscos para o Brasil claramente tendem a piorar”, disse McCormack, em entrevista em Hong Kong, na quarta-feira. “Eles estão virtualmente por toda parte. A situação política certamente piorou e está pesando na formulação de políticas econômicas”.

O Brasil possui classificação BBB com a Fitch, seu segundo nível mais baixo de grau de investimento, com perspectiva negativa.

A BlackRock Inc., maior gestora de recursos do mundo, disse que o país precisa fazer o que for necessário para evitar uma classificação de grau especulativo se quiser continuar sendo um destino atrativo para o capital estrangeiro.

“Ainda estamos dois níveis acima do grau de não investimento”, disse McCormack. “Se tivéssemos que tomar uma decisão sobre a classificação, seria para BBB menos, então continuaria sendo um grau de investimento”.

O PIB encolheu 1,9 por cento no período de três meses até junho em relação ao trimestre anterior, mostram os dados oficiais mais recentes. Esta foi a maior contração em mais de seis anos, pior que a média das estimativas de 41 economistas consultados pela Bloomberg, de queda de 1,7 por cento.

O investimento e o consumo no setor privado do Brasil têm se mostrado frágeis devido à falta de confiança no governo para a resolução de problemas, disse McCormack.

O país também está enfrentando pressões externas associadas aos baixos preços das commodities, disse ele.

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A classificação de crédito do Brasil está sob pressão em um momento em que a piora da situação política pesa sobre a formulação de políticas do governo, segundo James McCormack, diretor global de classificações soberanas da Fitch Ratings .

Na segunda-feira, o país latino-americano projetou um déficit fiscal para 2016, o que contrasta com o superávit de 2 por cento do produto interno bruto previsto no início do ano. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, enfrenta a perspectiva de uma recessão mais profunda em meio à resistência do Congresso aos cortes de gastos e aos aumentos nos impostos.

Em seu último revés, o governo recuou em seus esforços para ressuscitar a CPMF, uma taxa aplicada às transações financeiras, devido à oposição de líderes do Congresso.

“Os riscos para o Brasil claramente tendem a piorar”, disse McCormack, em entrevista em Hong Kong, na quarta-feira. “Eles estão virtualmente por toda parte. A situação política certamente piorou e está pesando na formulação de políticas econômicas”.

O Brasil possui classificação BBB com a Fitch, seu segundo nível mais baixo de grau de investimento, com perspectiva negativa.

A BlackRock Inc., maior gestora de recursos do mundo, disse que o país precisa fazer o que for necessário para evitar uma classificação de grau especulativo se quiser continuar sendo um destino atrativo para o capital estrangeiro.

“Ainda estamos dois níveis acima do grau de não investimento”, disse McCormack. “Se tivéssemos que tomar uma decisão sobre a classificação, seria para BBB menos, então continuaria sendo um grau de investimento”.

O PIB encolheu 1,9 por cento no período de três meses até junho em relação ao trimestre anterior, mostram os dados oficiais mais recentes. Esta foi a maior contração em mais de seis anos, pior que a média das estimativas de 41 economistas consultados pela Bloomberg, de queda de 1,7 por cento.

O investimento e o consumo no setor privado do Brasil têm se mostrado frágeis devido à falta de confiança no governo para a resolução de problemas, disse McCormack.

O país também está enfrentando pressões externas associadas aos baixos preços das commodities, disse ele.

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