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Previ não prevê grande saída de acionistas da Vale após "lock-up"

No período de "lock-up" há restrições para a venda de ações por parte de controladores da extinta Valepar

Vale: mineradora entrou no segmento de Novo Mercado da B3 nesta sexta-feira (Ricardo Moraes/Reuters)

Vale: mineradora entrou no segmento de Novo Mercado da B3 nesta sexta-feira (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de dezembro de 2017 às 13h21.

São Paulo - Nenhum integrante do acordo de acionistas da mineradora Vale deverá fazer movimento de saída "desenfreada" da companhia após vencer o período de "lock-up" de ações em fevereiro, opinou nesta sexta-feira o presidente da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, um dos principais acionistas da mineradora.

No período de "lock-up" há restrições para a venda de ações por parte de controladores da extinta Valepar, integrada por BNDESpar, Litel Participações --composta por alguns fundos de pensão como a Previ-- e por Bradespar e Mitsui & Co.

"A partir de fevereiro, vence o 'lock-up' de uma grande quantidade de ações que estavam presas no acordo... Todo o movimento a partir de fevereiro vai ser muito organizado, ninguém vai fazer nenhum movimento de saída desenfreada da Vale", comentou Gueitiro Genso, da Previ, que também é presidente do Conselho de Administração da Vale.

Genso fez a afirmação durante evento que marcou a entrada da Vale no Novo Mercado da B3, o segmento de mais alta governança cooperativa da bolsa.

A migração é considerada pela empresa como marco no processo para se transformar em uma corporação, sem grupo de controle definido e com uma base de acionistas diversificada, até novembro de 2020.

Ele afirmou ainda que a mineradora está totalmente alinhada com o tipo de ativo em que a instituição quer ter em seu portfólio.

"Falando como Previ, não tem necessidade nenhuma de vender ativos a qualquer preço...", declarou ele a jornalistas.

O presidente da Previ disse que a política de investimentos do fundo não busca bloco de controle, mas ativos que tenham liquidez, que entreguem bons dividendos e tenham boa governança.

"Quando olho para tudo isso, a Vale está totalmente alinhada agora."

O executivo destacou que os integrantes do atual acordo de acionistas da Vale têm uma relação muito harmônica.

Gueitiro destacou ainda que, com a entrada no Novo Mercado, a Vale vai melhorar a sua percepção frente aos investidores, reduzindo a atual diferença que tem em relação aos seus pares da mineração, como a BHP Billiton e a Rio Tinto.

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