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Preço de referência do Brent é reformulado pela 1ª vez em 10 anos

A Platts disse que irá adicionar o petróleo tipo Troll, da Noruega, à cesta de 4 petróleos britânicos e noruegueses que já são usados para aferir o Brent

Brent: um declínio na oferta dos campos do Mar do Norte elevou preocupações de que os volumes físicos podem se tornar pequenos demais (Getty Images/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 16h29.

Londres  - A agência de precificação de commodities S&P Global Platts realizará a maior reforma da avaliação do preço do petróleo Brent em uma década, para lidar com a queda na oferta dos tipos de petróleo que compõem o indicador que serve de referência para a maior parte do mercado global.

Um declínio na oferta dos campos do Mar do Norte elevou preocupações de que os volumes físicos podem se tornar pequenos demais e, portanto, em alguns momentos poderiam ficar concentrados nas mãos de alguns poucos players, tornando o referencial vulnerável a manipulações.

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A Platts disse nesta segunda-feira que irá adicionar o petróleo tipo Troll, da Noruega, à cesta de quatro petróleos britânicos e noruegueses que já são usados para aferir o Brent datado a partir de 1º de janeiro de 2018.

"No geral, nós tivemos significativo apoio para acrescentar o novo tipo de petróleo à cesta", disse o diretor editorial global da S&P Global Platts, Jonty Rushforth, em uma conferência de imprensa.

"De longe, o Troll recebeu o maior apoio."

O Troll irá acrescentar cerca de 200 mil barris por dia, ou 20 por cento, à cesta de tipos de petróleos usados na composição do índice, disse a Platts.

O Brent é usado para precificar bilhões de dólares em negócios diariamente por meio de contratos futuros, mercados de swaps e contratos físicos.

Algumas fontes do mercado destacaram, nesta segunda-feira, que a fatia da petroleira norueguesa Statoil na produção usada para compor o Brent irá subir, em um movimento já reconhecido pela Platts.

"Há, claro, interesse no mercado sobre a propriedade da estrutura da cesta", disse Rushforth. "Isso não significa que a Statoil tenha uma fatia maior que a Shell e a Total."

Ainda assim, a Platts disse que nenhuma companhia pode controlar mais do que um quarto da produção total da nova cesta.

A oferta de petróleos da atual cesta, com quatro tipos de petróleo, normalmente tem produção de 1 milhão de barris por dia, ou 1 por cento da produção global.

A Thomson Reuters compete com a Platts no fornecimento de notícias e informações para o mercado de petróleo.

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