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Portugal emite dívida a 10 anos pela 1ª vez desde resgate

O país se antecipa com o leilão de hoje às previsões de que emitiria dívida a longo prazo na segunda metade do ano

Euro e a bandeira de Portugal: o país não colocava à venda diretamente obrigações a dez anos desde janeiro de 2011 (Marcel Salim/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2013 às 11h35.

Lisboa - Portugal emitiu nesta terça-feira uma dívida a dez anos pela primeira vez desde que solicitou, em abril de 2011, o resgate financeiro com uma colocação que fontes do mercado calculam em cerca de 3 bilhões de euros e juros próximos a 5,6%.

O ministro das Relações Exteriores luso, Paulo Portas, informou nesta terça, em um encontro com empresários, que a emissão está em curso e ressaltou sua importância no processo para a volta aos mercados de dívida a longo prazo, que teve uma primeira prova em janeiro com o leilão de 2,5 bilhões a cinco anos.

Portugal, cuja economia conta com uma ajuda da UE e do Fundo Europeu Internacional (FMI) de 78 bilhões de euros, se antecipa com o leilão de hoje às previsões de que emitiria dívida a longo prazo na segunda metade do ano.

A decisão do Tesouro luso de emitir obrigações hoje, através de um grupo de bancos e sem prévio anúncio, coincide com o início das visitas dos técnicos da UE e do FMI a Lisboa para analisar os últimos cortes orçamentários anunciados pelo Executivo conservador.

Portas considerou que este leilão transforma a jornada "em um dia importante" e se mostrou esperançoso de que o resultado seja "prova dos esforços e das reformas" realizadas pelo Governo em seus 23 meses no poder.

"Isto significa que estamos voltando aos mercados passo a passo", ressaltou o ministro.

Com esta emissão, o país segue o mesmo caminho que a Irlanda, que em 13 de março também colocou obrigações a dez anos - a juros de 4,15% -, pela primeira vez desde que solicitou a ajuda da UE e do FMI, no final de 2010.


O ministro das Finanças luso, Vítor Gaspar, antecipou no início do mês passado que Portugal esperava imitar Dublin em breve depois em que janeiro ambos os países leiloaram pela primeira vez dívidas a longo prazo, concretamente a cinco anos.

O Tesouro luso colocou então 2,5 bilhões de euros a juros de 4,89%, em uma operação qualificada de "bem-sucedida" pelo Executivo.

Portugal não colocava à venda diretamente obrigações a dez anos desde janeiro de 2011, quando os investidores exigiram uma rentabilidade de 6,71% para comprar seus títulos.

Analistas e especialistas lusos concordaram hoje que a calma vivida nos mercados durante as últimas semanas, com a pressão sobre a dívida dos países europeus do sul claramente em baixa, é o fator que levou o Governo português a lançar hoje esta emissão.

No mercado secundário - onde se compram e vendem os títulos adquiridos em leilão público - a penalização das obrigações lusas a dez anos rondava hoje 5,5% de juros, quando no momento de maior pressão, em janeiro de 2012, chegou a superar 17%.

O Tesouro luso avançou com esta operação -realizada através de seis entidades financeiras, para minimizar riscos-, em uma jornada marcada pelo retorno da troika a Portugal, apenas 15 dias após sua última visita.

Os técnicos da Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI abrem hoje sua agenda de reuniões com o Governo luso para estudar suas últimas medidas de austeridade, que tem como finalidade uma economia de 4,8 bilhões de euros para os cofres públicos entre 2013 e 2015.

O sinal verde da troika é imprescindível para que Portugal receba um novo lance do resgate, de 2 bilhões de euros, bloqueado desde que em 5 de abril o Tribunal Constitucional luso invalidou várias das medidas de austeridade previstas neste ano e encontrou um déficit fiscal de 1,3 milhão de euros.

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Lisboa - Portugal emitiu nesta terça-feira uma dívida a dez anos pela primeira vez desde que solicitou, em abril de 2011, o resgate financeiro com uma colocação que fontes do mercado calculam em cerca de 3 bilhões de euros e juros próximos a 5,6%.

O ministro das Relações Exteriores luso, Paulo Portas, informou nesta terça, em um encontro com empresários, que a emissão está em curso e ressaltou sua importância no processo para a volta aos mercados de dívida a longo prazo, que teve uma primeira prova em janeiro com o leilão de 2,5 bilhões a cinco anos.

Portugal, cuja economia conta com uma ajuda da UE e do Fundo Europeu Internacional (FMI) de 78 bilhões de euros, se antecipa com o leilão de hoje às previsões de que emitiria dívida a longo prazo na segunda metade do ano.

A decisão do Tesouro luso de emitir obrigações hoje, através de um grupo de bancos e sem prévio anúncio, coincide com o início das visitas dos técnicos da UE e do FMI a Lisboa para analisar os últimos cortes orçamentários anunciados pelo Executivo conservador.

Portas considerou que este leilão transforma a jornada "em um dia importante" e se mostrou esperançoso de que o resultado seja "prova dos esforços e das reformas" realizadas pelo Governo em seus 23 meses no poder.

"Isto significa que estamos voltando aos mercados passo a passo", ressaltou o ministro.

Com esta emissão, o país segue o mesmo caminho que a Irlanda, que em 13 de março também colocou obrigações a dez anos - a juros de 4,15% -, pela primeira vez desde que solicitou a ajuda da UE e do FMI, no final de 2010.


O ministro das Finanças luso, Vítor Gaspar, antecipou no início do mês passado que Portugal esperava imitar Dublin em breve depois em que janeiro ambos os países leiloaram pela primeira vez dívidas a longo prazo, concretamente a cinco anos.

O Tesouro luso colocou então 2,5 bilhões de euros a juros de 4,89%, em uma operação qualificada de "bem-sucedida" pelo Executivo.

Portugal não colocava à venda diretamente obrigações a dez anos desde janeiro de 2011, quando os investidores exigiram uma rentabilidade de 6,71% para comprar seus títulos.

Analistas e especialistas lusos concordaram hoje que a calma vivida nos mercados durante as últimas semanas, com a pressão sobre a dívida dos países europeus do sul claramente em baixa, é o fator que levou o Governo português a lançar hoje esta emissão.

No mercado secundário - onde se compram e vendem os títulos adquiridos em leilão público - a penalização das obrigações lusas a dez anos rondava hoje 5,5% de juros, quando no momento de maior pressão, em janeiro de 2012, chegou a superar 17%.

O Tesouro luso avançou com esta operação -realizada através de seis entidades financeiras, para minimizar riscos-, em uma jornada marcada pelo retorno da troika a Portugal, apenas 15 dias após sua última visita.

Os técnicos da Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI abrem hoje sua agenda de reuniões com o Governo luso para estudar suas últimas medidas de austeridade, que tem como finalidade uma economia de 4,8 bilhões de euros para os cofres públicos entre 2013 e 2015.

O sinal verde da troika é imprescindível para que Portugal receba um novo lance do resgate, de 2 bilhões de euros, bloqueado desde que em 5 de abril o Tribunal Constitucional luso invalidou várias das medidas de austeridade previstas neste ano e encontrou um déficit fiscal de 1,3 milhão de euros.

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