Exame Logo

Por que setembro é o mês decisivo à Bovespa

Ágora, Empiricus e XP Investimentos esperam um mês “decisivo”; fim dos estímulos por parte do Fed serão o destaque

Bovespa: não é só a política monetária que terá destaque, a política fiscal também reserva suas apreensões, segundo a XP (Paulo Fridman/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2013 às 17h05.

São Paulo - O mês de setembro carrega a grande expectativa do início da redução de estímulos à economia americana por parte do Federal Reserve , o Banco Central dos Estados Unidos.

Setembro deve ser o mês mais importante do ano para a bolsa por causa da reunião do Fed, como afirmou segundo Rodolfo Amstalden em podcast da Empiricus. O analista acredita que, na reunião que será realizada na metade do mês, o presidente do Fed, Ben Bernanke , deve comunicar quando começará a redução de estímulos. “Espero um mês de muita volatilidade em torno dessa reunião do Fed”, afirmou.

Não é certo se o processo de redução da política de estímulos à economia por parte do Fed efetivamente começará neste mês. A Ágora Investimentos acredita que, mesmo que isso aconteça, o Fed deverá optar por ajustes graduais. “O mercado vai continuar a descontar o ‘fim do afrouxamento quantitativo’ (QE), mas a nossa visão permanece de que o Fed não vai adotar medidas bruscas”, afirma em relatório.

Para a XP Investimentos, se o mês de setembro pudesse ser resumido em uma palavra seria “decisivo”. A coincidência histórica de eventos marcantes para o atual momento global em um período de quatro semanas não costuma acontecer a todo o momento, segundo a corretora, que vê no mês a capacidade de ser um ‘game changer” para os mercados mundiais. O cenário macroeconômico inspira cuidados e está longe de mostrar melhora consistente, segundo a XP. “A recuperação do Ibovespa sugere, ou levanta questionamentos, se teríamos deixado os piores momentos para trás”, questiona, em relatório.

E não é só a política monetária que terá destaque, a política fiscal também reserva suas apreensões, segundo a XP. Ao longo de setembro, o congresso americano terá que resolver seus impasses e votar um orçamento fiscal para o próximo exercício até o dia 30 do mês. Caso Republicanos e Democratas não cheguem a um consenso até a data-limite, as atividades públicas deverão ser suspensas até novo acordo.

A corretora espera um desdobramento mais positivo dos eventos de política monetária nos EUA e acredita que o atual presidente conseguirá transmitir com claridade e transparência os próximos passos. O anúncio do sucessor deverá retirar um “componente de ansiedade razoável” que vem se formando. Fora dos EUA, há eleições na Alemanha e mais dados de atividade chinesa. No Brasil, os dados econômicos deverão continuar sugerindo um enfraquecimento da atividade em um contexto inflacionário pressionado, segundo a XP.

A Ágora projeta que a liquidez nos mercados acionários emergentes deverá cair, mas também gradualmente. A volatilidade dos mercados deve continuar, com decisões de política monetária dos EUA e provável redução dos estímulos. “Neste contexto, o mercado acionário brasileiro não se encontra negociando com desconto em relação ao mercado internacional, mesmo considerando-se a recente queda da Bolsa. Sendo assim, não vemos espaço para uma recuperação expressiva no curto prazo”, afirma o relatório. A recente desvalorização do real ante o dólar também poderá reduzir a atratividade do mercado brasileiro aos investidores internacionais.

Veja também

São Paulo - O mês de setembro carrega a grande expectativa do início da redução de estímulos à economia americana por parte do Federal Reserve , o Banco Central dos Estados Unidos.

Setembro deve ser o mês mais importante do ano para a bolsa por causa da reunião do Fed, como afirmou segundo Rodolfo Amstalden em podcast da Empiricus. O analista acredita que, na reunião que será realizada na metade do mês, o presidente do Fed, Ben Bernanke , deve comunicar quando começará a redução de estímulos. “Espero um mês de muita volatilidade em torno dessa reunião do Fed”, afirmou.

Não é certo se o processo de redução da política de estímulos à economia por parte do Fed efetivamente começará neste mês. A Ágora Investimentos acredita que, mesmo que isso aconteça, o Fed deverá optar por ajustes graduais. “O mercado vai continuar a descontar o ‘fim do afrouxamento quantitativo’ (QE), mas a nossa visão permanece de que o Fed não vai adotar medidas bruscas”, afirma em relatório.

Para a XP Investimentos, se o mês de setembro pudesse ser resumido em uma palavra seria “decisivo”. A coincidência histórica de eventos marcantes para o atual momento global em um período de quatro semanas não costuma acontecer a todo o momento, segundo a corretora, que vê no mês a capacidade de ser um ‘game changer” para os mercados mundiais. O cenário macroeconômico inspira cuidados e está longe de mostrar melhora consistente, segundo a XP. “A recuperação do Ibovespa sugere, ou levanta questionamentos, se teríamos deixado os piores momentos para trás”, questiona, em relatório.

E não é só a política monetária que terá destaque, a política fiscal também reserva suas apreensões, segundo a XP. Ao longo de setembro, o congresso americano terá que resolver seus impasses e votar um orçamento fiscal para o próximo exercício até o dia 30 do mês. Caso Republicanos e Democratas não cheguem a um consenso até a data-limite, as atividades públicas deverão ser suspensas até novo acordo.

A corretora espera um desdobramento mais positivo dos eventos de política monetária nos EUA e acredita que o atual presidente conseguirá transmitir com claridade e transparência os próximos passos. O anúncio do sucessor deverá retirar um “componente de ansiedade razoável” que vem se formando. Fora dos EUA, há eleições na Alemanha e mais dados de atividade chinesa. No Brasil, os dados econômicos deverão continuar sugerindo um enfraquecimento da atividade em um contexto inflacionário pressionado, segundo a XP.

A Ágora projeta que a liquidez nos mercados acionários emergentes deverá cair, mas também gradualmente. A volatilidade dos mercados deve continuar, com decisões de política monetária dos EUA e provável redução dos estímulos. “Neste contexto, o mercado acionário brasileiro não se encontra negociando com desconto em relação ao mercado internacional, mesmo considerando-se a recente queda da Bolsa. Sendo assim, não vemos espaço para uma recuperação expressiva no curto prazo”, afirma o relatório. A recente desvalorização do real ante o dólar também poderá reduzir a atratividade do mercado brasileiro aos investidores internacionais.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valores

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame