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Por que o HSBC continua otimista com a Vale

Banco elevou preço-alvo para o papel preferencial e vê espaço para mais 35% de ganhos


	Minério de ferro da Vale: no terceiro trimestre, o lucro líquido da empresa atingiu 7,949 bilhões de reais
 (Marcos Issa/Bloomberg News)

Minério de ferro da Vale: no terceiro trimestre, o lucro líquido da empresa atingiu 7,949 bilhões de reais (Marcos Issa/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 12h50.

São Paulo – O HSBC Global Research elevou seu preço-alvo para a ação preferencial classe A da Vale (VALE5) de 41 para 45 reais. Relatório dos analistas Leonardo Correa e Luiz Fornari, de ontem, explica porque o banco continua mantém o otimismo com o papel – o retorno potencial é de 35%.

As principais mudanças nas estimativas do HSBC devem-se ao resultado trimestral mais forte que o esperado, ao gerenciamento de custos e despesas melhor que o previsto, aos pequenos atrasos nos volumes de curto prazo do minério de ferro, ao impacto negativo do passivo fiscal e ao reflexo positivo no preço alvo a partir das mudanças nas premissas.

No terceiro trimestre, o lucro líquido da Vale atingiu 7,949 bilhões de reais, ante 3,321 bilhões de reais verificado no mesmo período do ano passado, superando as estimativas do mercado. De acordo com o relatório, a Vale divulgou resultados sólidos no terceiro trimestre em várias frentes – mas as ações presentaram correção desde então. Para o HSBC, o desempenho abaixo da média das ações não está relacionado somente a realização de lucros. “A baixa visibilidade quanto aos passivos fiscais e às questões não resolvidas das licenças para a expansão de Carajás geraram certo debate adicional”, afirma o relatório.

O HSBC também citou certo desapontamento de alguns investidores com uma possível alta nos níveis de custo-caixa da Vale relacionados ao minério de ferro – para o banco, essa tendência momentânea será revertida em 2015. “Acreditamos que essas questões não devem surpreender o mercado (amplamente precificadas) e observamos que as recentes melhorias operacionais, a estratégia de corte de custos, os preços resilientes do minério de ferro, os dados macroeconômicos positivos e a desvalorização do real compensam esses riscos. Permanecemos otimistas”, afirma o relatório.

O HSBC acredita que a maior parte dos investidores assume um incremento na alíquota tributária efetiva no longo prazo (acima de 25% contra menos de 20% nos últimos anos).


Quanto a volumes de minério em 2014, o HSBC prevê 315 milhões de toneladas de volume de minério de ferro para a Vale no próximo ano (um recuo frente a 320 milhões de toneladas), razoavelmente estável frente a 2013. “Em nossa opinião, o mercado já precifica uma história de crescimento de mais longa duração no que tange ao minério de ferro da Vale, o que significa que o impacto aqui é inexpressivo”, afirma o relatório.

Os riscos de baixa, segundo o HSBC, estão no surgimento da oferta mais forte e rápida que o esperado (o que teria impacto negativo sobre os preços do minério de ferro e sobre o fluxo de caixa da Vale) e se a demanda de aço na China atingir picos antes do esperado – uma demanda mais fraca que o projetado na China pode pressionar os preços e os fluxos de caixa da Vale.

 

 

 

 

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