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Petróleo tem forte queda por espera de demanda menor

Na semana passada, os preços dos contratos subiram pela primeira vez em cinco semanas


	Petróleo: contrato para outubro negociado na Nymex teve fechamento mais baixo desde 14 de janeiro
 (Eddie Seal/Bloomberg)

Petróleo: contrato para outubro negociado na Nymex teve fechamento mais baixo desde 14 de janeiro (Eddie Seal/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 17h41.

Nova York - Os preços do petróleo fecharam em forte queda nesta terça-feira, 02, depois de novos indicadores decepcionantes sobre a economia da China e da zona do euro e diante do fortalecimento do dólar.

O movimento ampliou as perdas das últimas semanas, provocadas pelos sinais de fraca demanda das refinarias asiáticas e europeias e de ampla oferta global, mesmo com a violência observada em regiões produtoras.

Na semana passada, os preços dos contratos subiram pela primeira vez em cinco semanas, com operadores que haviam apostado na queda dos preços fechando posições para se prepararem para uma piora nos conflitos geopolíticos durante o fim de semana.

Como os mercados em Nova York ficaram fechados ontem por causa do feriado do Dia do Trabalho, a reação à falta de notícias muito negativas aconteceu hoje.

"O que disparou o movimento, obviamente, foi que nada de ruim aconteceu no fim de semana" que pudesse prejudicar a oferta global de petróleo, afirmou John Kilduff, da Again Capital. Além disso, acrescentou, indícios de fraco crescimento econômico estão "pesando sobre um mercado relativamente bem abastecido".

O contrato para outubro negociado na Nymex caiu US$ 3,08 (3,2%), para US$ 92,88 por barril, o fechamento mais baixo desde 14 de janeiro e a maior queda diária desde novembro de 2012.

O Brent para outubro negociado na ICE recuou US$ 2,45 (2,4%), para US$ 100,34 por barril, o menor fechamento desde maio de 2013 e a maior queda diária desde 2 de janeiro.

Dois indicadores sobre atividade industrial da China - os índices dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) oficial e do HSBC divulgados na noite de domingo - mostraram uma desaceleração em agosto, sugerindo que a segunda maior economia do mundo está perdendo força.

Além disso, o PMI da zona do euro, divulgado ontem, também sinalizou um crescimento mais lento do bloco no mês passado.

Por outro lado, dados sobre a economia norte-americana publicados hoje surpreenderam positivamente e deram força para o dólar, o que contribuiu para a queda dos preços do petróleo, já que os contratos denominados na moeda dos EUA ficam mais caros para portadores de outras divisas.

O PMI industrial medido pela Markit subiu para 57,9 em agosto, o nível mais alto desde abril de 2010, e o mesmo indicador medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) avançou para 59,0, a máxima desde março de 2011.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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