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Petróleo se mantém em alta diante de violência no Iraque

A escalada da violência influencia também outros mercados financeiros


	Barris de petróleo: às 8h10 (de Brasília), o brent para agosto subia 0,21%
 (Joe Mabel/Wikimedia Commons)

Barris de petróleo: às 8h10 (de Brasília), o brent para agosto subia 0,21% (Joe Mabel/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2014 às 09h23.

Londres - Os preços do petróleo se mantêm em alta na manhã desta segunda-feira, 16, ainda impulsionados pela escalada da violência no Iraque, que influencia também outros mercados financeiros.

No fim de semana, insurgentes que ocuparam várias cidades no norte do Iraque alegam ter matado centenas de soldados. Embora as principais áreas produtoras iraquianas de petróleo fiquem no sul, existem temores de que o conflito atual se espalhe para outras partes do país.

"Aumentaram as chances de uma ruptura, que atrairia especuladores e investidores em busca de hedge", comentou David Hufton, da corretora PVM.

Para o Commerzbank, o impacto da situação no Iraque sobre o petróleo poderá ser pouco duradouro e as oscilações vistas na sexta-feira e hoje têm sido menos dramáticas do que as variações superiores a US$ 3 por barril vistas na quinta-feira, 12, quando surgiram as primeiras notícias sobre ataques de insurgentes.

"Como os extremistas não deverão conseguir impedir os embarques iraquianos de petróleo, o brent deve corrigir a maior parte do último aumento de preços", previu o Commerzbank.

As notícias do Iraque vêm num momento de alta da demanda. Em relatório anual, a BP calcula que o consumo mundial de petróleo cresceu 1,4% em 2013, a 1,4 milhão de barris por dia, uma taxa de expansão um pouco acima da média histórica.

A produção, por outro lado, subiu apenas 0,6%, a 560 mil barris por dia, segundo a petrolífera britânica.

Enquanto isso, o Irã e seis potências mundiais retomam hoje negociações sobre o programa nuclear iraniano, em Viena. Sanções impostas pelo Ocidente têm mantido o Irã fora do mercado internacional de petróleo.

Também contribui para o aumento das tensões geopolíticas o fracasso da Rússia e Ucrânia de chegarem a um acordo sobre o gás natural fornecido por Moscou a Kiev.

De agora em diante, os russos prometem só fornecer gás aos ucranianos diante de pagamento prévio.

Às 8h10 (de Brasília), o brent para agosto subia 0,21%, a US$ 112,70 por barril, na plataforma eletrônica ICE, enquanto na Nymex, o petróleo para julho avançava 0,13%, a US$ 107,05 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.

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