Refinaria de petróleo: os contratos futuros de petróleo na Nymex chegaram a operar a US$ 89,79 por barril mais cedo durante a sessão (©AFP/Arquivo / Kenzo Tribouillard)
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2012 às 19h27.
Nova York - Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta segunda-feira praticamente estáveis na New York Mercantile Exchange (Nymex), uma vez que os traders pesaram novos sinais de enfraquecimento da demanda global pela commodity contra a perspectiva de interrupções de fornecimento no Oriente Médio.
O petróleo para entrega em novembro fechou em queda de US$ 0,01 (0,01%) na Nymex, a US$ 91,85 por barril. Já na plataforma eletrônica ICE, o Brent para novembro subiu US$ 1,18 (1,03%), para US$ 115,80 por barril.
Os contratos futuros de petróleo na Nymex chegaram a operar a US$ 89,79 por barril mais cedo durante a sessão, ainda um reflexo do relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado no fim da semana passada, indicando queda na demanda pela commodity este ano.
Além disso, segundo dados da Administração Geral Aduaneira da China, as importações de petróleo bruto em setembro ficaram em 20,08 milhões de toneladas, o equivalente a 4,9 milhões de barris por dia, de acordo com números preliminares. O resultado ficou 1,8% abaixo das 20,45 milhões de toneladas importadas em igual mês do ano passado, mas 9,1% acima do dado de agosto, segundo cálculos da Dow Jones.
Nesta segunda-feira foi divulgado o índice de atividade industrial regional Empire State, medido pelo Federal Reserve de Nova York, que melhorou para -6,16 em outubro, de -10,41 em setembro, mas ficou abaixo da previsão dos economistas ouvidos pela Dow Jones, que esperavam uma leitura de -4,0. É o terceiro mês seguido que o indicador fica em território negativo, o que indica contração da atividade.
Porém, os contratos futuros de petróleo reduziram as perdas em meio a crescentes tensões no Oriente Médio. Diversos participantes do mercado citaram uma reportagem da revista alemã Der Spiegel, que informou que o Irã poderia provocar um vazamento de petróleo em massa a fim de bloquear o fluxo da commodity pelo Estreito de Ormuz.
Segundo a revista, que teve acesso a um relatório confidencial obtido por autoridades de inteligência ocidentais, o objetivo da operação do Irã é, por um lado, bloquear temporariamente o vital canal para o fluxo de petróleo e, por outro, forçar uma suspensão das sanções impostas pelo Ocidente. "Houve alguma atenção dada à reportagem da Der Spiegel", disse John Kilduff, sócio-fundador da Again Capital.
Além disso, os ministros de Relações Exteriores da União Europeia (UE) aprovaram formalmente a imposição de novas e abrangentes sanções contra o Irã. Em declaração conjunta, o bloco afirmou que a República Islâmica deve acatar urgentemente as exigências internacionais em relação a seu polêmico programa nuclear. As informações são da Dow Jones.