Londres - Os contratos futuros de petróleo operam pressionados pelas incertezas nos Estados Unidos geradas pelo impasse nas negociações sobre o orçamento. O movimento de queda também é reação à forte alta apresentada na quarta-feira, 2, depois de a TransCanada informar que a parte sul do sistema de oleoduto Keystone está quase concluída.

A expansão do oleoduto permitirá que o petróleo bruto dos EUA circule mais facilmente pela costa do Golfo do México, região onde há muitas refinarias, e consiga competir diretamente com o brent importado. Assim, existe a expectativa de uma redução dos estoques no país.

Mas a ameaça de uma prolongada paralisação parcial do governo dos EUA passou a pesar sobre os preços da commodity, assim como o aumento nos estoques de petróleo informado na quarta-feira, 2, pelo Departamento de Energia (DoE). Segundo o DoE, os estoques de petróleo bruto nos EUA cresceram 5,472 milhões de barris na semana passada, muito acima da previsão de alta de 2,1 milhões de barris.

Amrita Sen, analista da Energy Aspects, porém, afirmou que os preços do petróleo podem subir nas próximas semanas, à medida que a demanda aumentar e as margens de lucro do refino melhorarem. "O que tem sido positivo para o brent é esse aumento nos preços dos derivados", disse. "E assim que as margens começarem a melhorar, haverá mais demanda por petróleo", acrescentou.

Questões ligadas à oferta ainda são um problema, alertaram analistas da JBC Energy. Embora a produção da Líbia esteja aumentando, ela ainda não se aproximou dos níveis máximos. Além disso, o campo de petróleo Kashagan, no Casaquistão, teve problemas e a produção foi suspensa apenas duas semanas depois da inauguração oficial.

Às 7h39 (pelo horário de Brasília), o petróleo para novembro negociado na Nymex caía 0,30%, para US$ 103,79 por barril, enquanto o brent para novembro ensaiava alta na ICE, com +0,04%, a US$ 109,23 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.