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Petróleo opera em alta com perspectiva de redução na oferta

Há perspectiva de que os baixos preços da commodity estão forçando grandes petroleiras a cortar investimentos

Barris de petróleo: às 9h21 (de Brasília), o Brent para março subia 0,94%, a US$ 49,59 por barril (Joe Mabel/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 08h39.

Londres - Os contratos futuros de petróleo avançaram no início da manhã, com a perspectiva de que os baixos preços da commodity estão forçando grandes petroleiras a cortar investimentos e, com isso, reduzir a perspectiva de oferta no futuro.

"A queda nos preços do petróleo terá um efeito na oferta e há sinais de que a produção será cortada no futuro", afirma Thina Saltvedt, analista sênior de petróleo do Nordea Bank Norge. "Mas até vermos esses cortes, é cedo demais para uma recuperação de verdade. Ainda há muito petróleo flutuando por aí".

As companhias do segmento há semanas sinalizam cortes em novos projetos de extração, mas essa perspectiva foi reforçada com a divulgação do balanço da Royal Dutch Shell ontem. A empresa afirmou que pretende cortar gastos em US$ 15 bilhões e reduzir investimentos em projetos de gás de xisto. A Conoco Phillips também pretende realizar cortes e registrou prejuízo no quarto trimestre de 2014.

"Shell foi a primeira das grandes petroleiras a divulgar balanço ontem e, se os resultados forem representativos do que está acontecendo na indústria como um todo, a perspectiva não é bela", avalia Bill McNamara, analista da Charles Stanley.

A commodity passa por uma crise de excesso de oferta no mercado internacional, com o aumento da produção com o gás de xisto nos Estados Unidos e a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de manter inalterada a quantidade máxima de barris por dia que pode ser produzida por seus países-membros.

Por outro lado, o novo rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz, realizou uma série de mudanças em seu gabinete, mas decidiu manter o atual ministro do petróleo em seu cargo. Ali al-Naimi é um dos principais atores do mercado do commodity e influencia diretamente as decisões da Opep. Sua permanência indica que não deve haver mudanças na política do país em relação ao produto exportador no curto prazo.

Às 9h21 (de Brasília), o Brent para março subia 0,94%, a US$ 49,59 por barril, na plataforma eletrônica ICE, em Londres. Na Nymex, o petróleo para o mesmo mês avançava 1,19%, a US$ 45,06 o barril. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Londres - Os contratos futuros de petróleo avançaram no início da manhã, com a perspectiva de que os baixos preços da commodity estão forçando grandes petroleiras a cortar investimentos e, com isso, reduzir a perspectiva de oferta no futuro.

"A queda nos preços do petróleo terá um efeito na oferta e há sinais de que a produção será cortada no futuro", afirma Thina Saltvedt, analista sênior de petróleo do Nordea Bank Norge. "Mas até vermos esses cortes, é cedo demais para uma recuperação de verdade. Ainda há muito petróleo flutuando por aí".

As companhias do segmento há semanas sinalizam cortes em novos projetos de extração, mas essa perspectiva foi reforçada com a divulgação do balanço da Royal Dutch Shell ontem. A empresa afirmou que pretende cortar gastos em US$ 15 bilhões e reduzir investimentos em projetos de gás de xisto. A Conoco Phillips também pretende realizar cortes e registrou prejuízo no quarto trimestre de 2014.

"Shell foi a primeira das grandes petroleiras a divulgar balanço ontem e, se os resultados forem representativos do que está acontecendo na indústria como um todo, a perspectiva não é bela", avalia Bill McNamara, analista da Charles Stanley.

A commodity passa por uma crise de excesso de oferta no mercado internacional, com o aumento da produção com o gás de xisto nos Estados Unidos e a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de manter inalterada a quantidade máxima de barris por dia que pode ser produzida por seus países-membros.

Por outro lado, o novo rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz, realizou uma série de mudanças em seu gabinete, mas decidiu manter o atual ministro do petróleo em seu cargo. Ali al-Naimi é um dos principais atores do mercado do commodity e influencia diretamente as decisões da Opep. Sua permanência indica que não deve haver mudanças na política do país em relação ao produto exportador no curto prazo.

Às 9h21 (de Brasília), o Brent para março subia 0,94%, a US$ 49,59 por barril, na plataforma eletrônica ICE, em Londres. Na Nymex, o petróleo para o mesmo mês avançava 1,19%, a US$ 45,06 o barril. Fonte: Dow Jones Newswires.

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