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Petróleo fica quase estável à espera da reunião da Opep

Nova York - Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam perto da estabilidade na sessão de hoje, em um dia no qual os operadores permaneceram à margem do mercado, à espera da reunião de ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) prevista para amanhã, em Viena. Os contratos de petróleo para entrega […]

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2011 às 17h59.

Nova York - Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam perto da estabilidade na sessão de hoje, em um dia no qual os operadores permaneceram à margem do mercado, à espera da reunião de ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) prevista para amanhã, em Viena.

Os contratos de petróleo para entrega em julho negociados na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) fecharam em alta de US$ 0,08 (0,08%), a US$ 99,09 por barril. No entanto, os preços oscilaram numa faixa ampla, em um sinal de incerteza com relação ao resultado da reunião de amanhã.

Já na plataforma eletrônica ICE, o petróleo do tipo Brent para julho fechou em alta acentuada, de US$ 2,30 (2,01%), encerrando a sessão em US$ 116,78 por barril. "As pessoas querem estar no Brent", afirmou Andy Lipow, presidente da consultoria norte-americana Lipow Oil Associated.

A alta do petróleo Brent elevou a US$ 17,69 por barril a diferença em relação aos contratos negociados na Nymex. Historicamente, os dois contratos costumam caminhar próximos em termos de preço, mas o excesso de estoque em Cushing (ponto de entrega física do petróleo negociado em Nova York) acentuou o prêmio nos últimos meses.

Os corretores estão de olho na reunião de ministros da Opep marcada para amanhã. Existe a expectativa de que os integrantes do cartel decidam elevar o teto de produção. A Arábia Saudita, apoiada por produtores como Kuwait e Emirados Árabes Unidos, pressiona por um aumento na produção de até 1,5 milhão de barris por dia em um cenário de aumento da demanda global e de preços na faixa dos US$ 100 por barril.

No entanto, outros integrantes da Opep têm dito que consideram não haver sinais de necessidade da elevação formal do teto. O ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali Naimi, mantém-se em silêncio sobre a reunião, o que é raro e está sendo interpretado como um sinal de falta de consenso no cartel. Na prática, a Arábia Saudita é o único integrante da Opep com considerável capacidade ociosa de produção.

Se os produtores decidirem pela elevação do teto, será a primeira vez que isso acontece desde 2008. Caso isso aconteça, a expectativa é de que haja uma redução do preço no curto prazo. Já num prazo mais longo, a elevação do teto reduzirá a capacidade ociosa disponível, deixando os produtores com uma margem de manobra menor na eventualidade de elevações serem necessárias no futuro.

Além da reunião da Opep, os investidores estão à espera dos dados semanais do Departamento de Energia dos EUA referentes aos estoques norte-americanos de petróleo, aguardados para amanhã de manhã. Analistas ouvidos pela Dow Jones esperam um declínio de 400.000 barris nos estoques. As informações são da Dow Jones.

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