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Petróleo fecha em queda, no menor nível em 3 semanas

Investidores seguem atentos à produção dos EUA e preocupados com o acordo de redução na oferta da commodity por parte da Opep

Petróleo: preocupações quanto à produção de petróleo da Opep continuam no radar (John Moore/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de agosto de 2017 às 17h46.

São Paulo/Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira, 14, no menor nível em três semanas, com os investidores atentos à produção dos Estados Unidos e com preocupações em torno do acordo de redução na oferta por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em baixa de 2,52%, a US$ 47,59 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo WTI para outubro recuou 2,63%, a US$ 50,73 por barril.

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A produção de óleo de xisto americano novamente voltou às atenções dos investidores, após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) divulgar um relatório informando que espera uma alta de 117 mil barris por dia na produção de xisto nos EUA em setembro, para 6,199 milhões de barris por dia.

A Bacia de Permian, que abrange partes do oeste do Texas e do sudeste do Novo México, deve apresentar a maior escalada entre as grandes áreas de produção de xisto, com aumento de 64 mil barris por dia.

Preocupações quanto à produção de petróleo da Opep continuam no radar. Na semana passada, o cartel anunciou que sua oferta avançou em julho, puxada pela produção da Líbia, da Nigéria e da Arábia Saudita, alimentando especulações de que os esforços da Opep para cortar a produção não estariam surtindo efeito.

Na semana passada, a Agência Internacional de Energia (AIE) publicou números revisados para a demanda global por petróleo.

A organização afirmou que o crescimento da demanda em 2017 estava superando suas projeções anteriores. A nova estimativa fica "apenas marginalmente acima do atual nível de produção da Opep", segundo analistas do Commerzbank.

"Em outras palavras, não haverá qualquer déficit significativo na oferta no segundo semestre do ano, portanto dificilmente acontecerá qualquer grande redução no estoque", afirmaram os economistas, em relatório a clientes.

A valorização do dólar também ajudou a pressionar os preços da commodity. Como o petróleo é cotado na moeda americana, ele fica mais caro para detentores de outras divisas quando o dólar avança, o que reduz o apetite dos investidores.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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