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Petróleo fecha em baixa, com possível alívio das sanções à Venezuela pressionando preços

Acordo incluirá compromissos do governo de Nicolás Maduro para permitir uma eleição presidencial mais livre e competitiva no próximo ano

Petróleo: WTI para novembro fechou em baixa de 1,17% (US$ 1,03), a US$ 86,66 o barril (Germano Lüders/Exame)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 16 de outubro de 2023 às 16h52.

Última atualização em 16 de outubro de 2023 às 16h56.

O petróleo fechou em queda, em meio às especulações de que os Estados Unidos poderão retirar sanções ao setor petrolífero da Venezuela, potencialmente ampliando a oferta global. O movimento, entretanto, corrige apenas marginalmente os ganhos de 5% da sessão passada relacionados à guerra no Oriente Médio, monitorada atentamente pelos mercados.

O WTI para novembro fechou em baixa de 1,17% (US$ 1,03), a US$ 86,66 o barril. O Brent para dezembro caiu 1,36% (US$ 1,24), a US$ 89,65 o barril.

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Os governos americano e venezuelano estão negociando um acordo que resultaria no alívio das sanções ao petróleo da Venezuela, reportou hoje o "The Washington Post", citando fontes. O acordo incluirá compromissos do governo de Nicolás Maduro para permitir uma eleição presidencial mais livre e competitiva no próximo ano, segundo o jornal.

A notícia pressionou os preços da commodity, à medida que gera expectativas de um balanço menos apertado, com essa possível retomada da produção venezuelana, explicou o analista de inteligência de mercado da StoneX para petróleo Bruno Cordeiro. "O mercado segue olhando de forma especulativa para isso como fator positivo para oferta e, portanto, baixista para os preços" comentou.

Para a Capital Economics, no entanto, o alívio nas sanções não teria um efeito material no déficit do mercado de petróleo global no curto prazo. Seria um longo caminho até que a Venezuela conseguisse elevar sua produção dos níveis atuais bastante deprimidos, disse a consultoria em relatório. "O setor venezuelano requer um investimento enorme para retomar a produção aos patamares vistos uma década atrás", afirmou.

A guerra entre Israel e Hamas também continua sendo um risco acompanhado, já que a ameaça de uma ampliação do conflito a produtores de petróleo relevantes foi o principal fator que impulsionou a cotação na semana passada.

Também no radar, o setor observou neste pregão a queda da produção bruta global de petróleo a mínimas de 22 meses, puxada por Arábia Saudita, Estados Unidos e Noruega, segundo atualização da Iniciativa Conjunta de Dados das Organizações (Jodi, da sigla em inglês). Já a demanda por petróleo se recuperou globalmente em agosto para um valor recorde sazonal, apoiado por China, Indonésia, EUA e Arábia Saudita.

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