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Petróleo fecha em alta, apoiado por recuo dos estoques nos EUA

Na Nymex, o petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de US$ 0,38 (+0,62%), a US$ 62,01 por barril, no maior patamar desde dezembro de 2014

Petróleo: dados sobre estoques nos Estados Unidos foram bem recebidos pelo mercado (ThinkStock/Thinkstock)

Petróleo: dados sobre estoques nos Estados Unidos foram bem recebidos pelo mercado (ThinkStock/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 18h48.

São Paulo - O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira, 4, com o barril negociado em Nova York registrando o maior nível em cerca de três anos, apoiado por dados do governo dos Estados Unidos, que mostraram recuo dos estoques do país na semana passada.

Na Nymex, o petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de US$ 0,38 (+0,62%), a US$ 62,01 por barril, no maior patamar desde dezembro de 2014. Já na ICE, em Londres, o Brent para março avançou US$ 0,23 (0,33%) e fechou a US$ 68,07 por barril.

O Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) informou mais cedo que os estoques do país registraram queda de 7,419 milhões de barris na semana encerrada em 29 de dezembro, para 424,463 milhões de barris. Analistas consultados pelo Wall Street Journal previam queda menor, de 4,7 milhões de barris.

Os dados foram bem recebidos no mercado, onde muitos investidores manifestam preocupação com o efeito do aumento da produção americana nos preços do petróleo.

Além do impulso oferecido pelos dados do DoE, o mercado ainda vê apoio em notícias de agitação política no Irã, grande produtor da commodity.

O ministro do Interior do país, Abdolreza Rahmani Fazli, disse nesta quinta que cerca de 42 mil pessoas participaram da semana de protestos que criticaram o governo.

As manifestações contra o governo no Irã foram em parte impulsionadas pelo quadro econômico. Dois anos após o país se livrar de sanções econômicas, não foi vista a melhora esperada pela população.

Alguns líderes estrangeiros, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, têm se mostrado críticos sobre o governo do Irã. Trump tem criticado o uso de dinheiro por Teerã em conflitos no exterior, outro ponto evocado pelos manifestantes.

A consultoria JBC Energy afirma que o mercado de petróleo foi apoiado pelos protestos e pela tensão entre Irã e Washington. "A potencial volta de sanções dos EUA contra o setor de petróleo iraniano segue como uma questão."

Os EUA devem revisar vetos temporários às sanções contra a exportação do petróleo do Irã ainda neste mês. Por ora, as exportações iranianas não foram afetadas.

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