Exploração de petróleo: na IntercontinentalExchange (ICE), em Londres, o petróleo para maio caiu US$ 0,13 (0,12%), a US$ 107,33 por barril (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2014 às 17h57.
São Paulo - Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão em direções divergentes influenciados, de um lado, por dados positivos da economia dos Estados Unidos, e de outro, pelas perspectivas negativas da Agência Internacional de Energia (AIE) para a commodity neste ano.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo para maio fechou com ganhos de US$ 0,34 (0,33%), a US$ 103,74 por barril, o maior valor de fechamento desde 3 de março.
Na semana, o contrato acumulou ganho de 2,57%, impulsionado por dados positivos dos EUA e aumento das tensões no Leste Europeu.
Na IntercontinentalExchange (ICE), em Londres, o petróleo para maio caiu US$ 0,13 (0,12%), a US$ 107,33 por barril. Na semana, no entanto, os contratos fecharam em alta de 0,57%.
Hoje, os Estados Unidos divulgaram que o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) avançou 0,5% em março ante fevereiro, resultado que ficou acima das estimativas dos analistas.
O índice de sentimento do consumidor medido pela Reuters/Universidade de Michigan também veio positivo, subindo a 82,6 na leitura preliminar de abril, a um patamar mais alto do que o esperado pelo mercado.
O dado alimentou as expectativas dos investidores de petróleo em NY, que projetam que a economia dos EUA, o maior consumidor mundial da commodity, está em recuperação.
"Não pareceu ser um movimento muito forte, mas foi por conta desses dados bons que o petróleo subiu hoje", disse o analista da Price Futures Group Phil Flynn.
Do outro lado do Atlântico, no entanto, pesou sobre o sentimento dos investidores o relatório mensal da AIE, que destacou "elevados" riscos que podem atingir o mercado de petróleo e reduziu sua previsão para o crescimento da demanda pela commodity em 2014.
A projeção da agência para o crescimento da demanda global foi cortada em 100 mil barris por dia, para 1,3 milhão de barris por dia, refletindo a piora da previsão para o crescimento da demanda pela commodity na Rússia.
Ainda assim, a previsão para a demanda mundial permaneceu praticamente inalterada, em 92,7 milhões de barris por dia. Com informações da Dow Jones Newswires.