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Petróleo em NY cai com possível solução para crise líbia

O contrato de petróleo para abril negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) fechou em baixa de US$ 0,32, ou 0,31%

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2011 às 20h56.

Nova York - Embora tenham permanecido acima de US$ 100 por barril, os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em queda, pressionados pela notícia de que o governante da Líbia, Muamar Kadafi, teria aceitado negociar um acordo para encerrar os conflitos entre civis e as forças de segurança do país.

O contrato de petróleo para abril negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) fechou em baixa de US$ 0,32, ou 0,31%, a US$ 101,91 por barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent para abril recuou US$ 1,56, ou 1,34%, para US$ 114,79 por barril.

O petróleo passou a cair depois de a rede de televisão Al-Jazira divulgar que Kadafi aceitou a proposta do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de uma solução mediada para a crise na Líbia. A ideia consiste em criar uma comissão multinacional de paz para mediar a crise no país, segundo comunicado postado no site do governo da Venezuela pelo ministro das Comunicações, Andres Izarra. Posteriormente, um senador norte-americano disse, citando o enviado da Líbia nas Nações Unidas, que as forças da oposição rejeitariam a proposta de Chávez.

O movimento nos preços do petróleo hoje ressalta como o mercado está acompanhando de perto os acontecimento na Líbia, que teve parte de sua produção suspensa por causa dos conflitos violentos entre as forças de segurança e a parcela da população que quer a renúncia de Kadafi.

Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), os problemas de produção na Líbia já estão afetando o fornecimento de petróleo na Europa, que consome boa parte dos barris extraídos no país norte-africano. De acordo com o chefe da AIE, Nobuo Tanaka, o petróleo acima de US$ 100 pode minar significativamente a recuperação da economia mundial, mas "nenhum país pediu à agência que liberasse suas reservas estratégicas de petróleo".

A maior parte das nações desenvolvidas possui um estoque de petróleo suficiente para lidar com uma eventual escassez da commodity. Além disso, vários membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), entre eles a Arábia Saudita e o Kuwait, disseram que estão elevando a produção para compensar a situação da Líbia. As informações são da Dow Jones.

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