Exame Logo

Petróleo cai com indicadores mistos na Europa e nos EUA

Na Europa, o PMI industrial da zona do euro ficou em 52,0 em setembro, em linha com a expectativa, mas abaixo dos 52,3 de agosto

Barris de petróleo: outro fator para a queda dos preços foi o avanço do furacão Joaquin, que agora está atingindo as Bahamas, na direção da costa leste dos EUA (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2015 às 17h45.

Nova York - Os preços do petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira, 1, revertendo as altas da manhã. Os preços atingiram as máximas de US$ 47,10 por barril em Nova York e de US$ 49,84 por barril na Europa.

"Os preços subiram em reação a um indicador de atividade industrial melhor do que se previa na China, apenas para ver esse sentimento positivo se desfazer, porque os indicadores correspondentes divulgados na Europa e nos EUA saíram sem brilho", comentou o analista Matt Smith, da ClipperData.

Na China saíram os dois índices de atividade industrial dos gerentes de compras (PMIs): o Caixin/Markit recuou para 47,2 em setembro, de 47,3 em agosto; o oficial, da CFLP (Federação Chinesa de Logística e Compras), subiu a 49,8 em setembro, de 49,7 em agosto.

Na Europa, o PMI industrial da zona do euro ficou em 52,0 em setembro, em linha com a expectativa, mas abaixo dos 52,3 de agosto. O PMI industrial da Alemanha ficou abaixo da expectativa, o do Reino Unido ficou em linha e o da França ficou acima.

Dois PMIs industriais foram divulgados nos EUA: o da Markit ficou em 53,1 em setembro, de 53,0 em agosto. O do Instituto para Gestão de Oferta (ISM) recuou para 50,2 em setembro, nível mais baixo desde maio de 2013, de 51,1 em agosto; economistas previam que o PMI de setembro ficasse em 50,8.

Outro fator para a queda dos preços foi o avanço do furacão Joaquin, que agora está atingindo as Bahamas, na direção da costa leste dos EUA.

No começo da tarde, o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) elevou esse furacão para categoria 4, com ventos sustentados de mais de 210 km/h; a expectativa dos meteorologistas é de que Joaquin atinja a costa leste dos EUA entre a noite de domingo e a manhã de segunda-feira.

Segundo Smith, caso o furacão mantenha sua trajetória atual, refinarias em Nova Jersey, Pensilvânia e Delaware provavelmente terão que ser fechadas, por temor de inundação ou de danos.

Com o fechamento de refinarias, o estoque de petróleo bruto provavelmente cresceria ainda mais. "Mas a influência negativa para os preços do petróleo viria do potencial para cortes no fornecimento de energia.

Isso limitaria a demanda por petróleo no Nordeste do país, por causa dos fechamentos de refinarias. Cortes de energia também teriam impacto nos fluxos dos oleodutos que vêm do Golfo do México, enquanto que as importações via porto de Nova York seriam atrasadas", afirmou o analista.

O estrategista Tim Evans, do Long Leaf Trading Group, disse que os preços subiram pela manhã porque o mercado também mostrou preocupação com a situação geopolítica no Oriente Médio, depois de a Rússia fazer um acordo militar com a Síria e o Iraque para combater os guerrilheiros radicais do Estado Islâmico.

Aviões militares russos começaram a bombardear posições do Estado Islâmico na Síria na quarta-feira - mesmo dia em que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse que derrubar o governo da Síria é mais importante do que atacar o Estado Islâmico.

"Mas os ventos contrários continuam fortes. A aversão ao risco nos mercados está criando pressão vendedora em energia e em outros setores de commodities. Os fundamentos de oferta e demanda continuam fracos", disse Evans.

Na quarta-feira, o Departamento de Energia dos EUA (DoE) divulgou relatório mensal dizendo que a produção doméstica de petróleo dos EUA alcançou 9,358 milhões de barris por dia em julho, com crescimento de 94 mil barris/dia em relação a junho.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos de petróleo bruto para novembro fecharam a US$ 44,74 por barril, em baixa de US$ 0,35 (0,78%).

Na Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent para novembro fecharam a US$ 47,69 por barril, em queda de US$ 0,68 (1,41%).

Veja também

Nova York - Os preços do petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira, 1, revertendo as altas da manhã. Os preços atingiram as máximas de US$ 47,10 por barril em Nova York e de US$ 49,84 por barril na Europa.

"Os preços subiram em reação a um indicador de atividade industrial melhor do que se previa na China, apenas para ver esse sentimento positivo se desfazer, porque os indicadores correspondentes divulgados na Europa e nos EUA saíram sem brilho", comentou o analista Matt Smith, da ClipperData.

Na China saíram os dois índices de atividade industrial dos gerentes de compras (PMIs): o Caixin/Markit recuou para 47,2 em setembro, de 47,3 em agosto; o oficial, da CFLP (Federação Chinesa de Logística e Compras), subiu a 49,8 em setembro, de 49,7 em agosto.

Na Europa, o PMI industrial da zona do euro ficou em 52,0 em setembro, em linha com a expectativa, mas abaixo dos 52,3 de agosto. O PMI industrial da Alemanha ficou abaixo da expectativa, o do Reino Unido ficou em linha e o da França ficou acima.

Dois PMIs industriais foram divulgados nos EUA: o da Markit ficou em 53,1 em setembro, de 53,0 em agosto. O do Instituto para Gestão de Oferta (ISM) recuou para 50,2 em setembro, nível mais baixo desde maio de 2013, de 51,1 em agosto; economistas previam que o PMI de setembro ficasse em 50,8.

Outro fator para a queda dos preços foi o avanço do furacão Joaquin, que agora está atingindo as Bahamas, na direção da costa leste dos EUA.

No começo da tarde, o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) elevou esse furacão para categoria 4, com ventos sustentados de mais de 210 km/h; a expectativa dos meteorologistas é de que Joaquin atinja a costa leste dos EUA entre a noite de domingo e a manhã de segunda-feira.

Segundo Smith, caso o furacão mantenha sua trajetória atual, refinarias em Nova Jersey, Pensilvânia e Delaware provavelmente terão que ser fechadas, por temor de inundação ou de danos.

Com o fechamento de refinarias, o estoque de petróleo bruto provavelmente cresceria ainda mais. "Mas a influência negativa para os preços do petróleo viria do potencial para cortes no fornecimento de energia.

Isso limitaria a demanda por petróleo no Nordeste do país, por causa dos fechamentos de refinarias. Cortes de energia também teriam impacto nos fluxos dos oleodutos que vêm do Golfo do México, enquanto que as importações via porto de Nova York seriam atrasadas", afirmou o analista.

O estrategista Tim Evans, do Long Leaf Trading Group, disse que os preços subiram pela manhã porque o mercado também mostrou preocupação com a situação geopolítica no Oriente Médio, depois de a Rússia fazer um acordo militar com a Síria e o Iraque para combater os guerrilheiros radicais do Estado Islâmico.

Aviões militares russos começaram a bombardear posições do Estado Islâmico na Síria na quarta-feira - mesmo dia em que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse que derrubar o governo da Síria é mais importante do que atacar o Estado Islâmico.

"Mas os ventos contrários continuam fortes. A aversão ao risco nos mercados está criando pressão vendedora em energia e em outros setores de commodities. Os fundamentos de oferta e demanda continuam fracos", disse Evans.

Na quarta-feira, o Departamento de Energia dos EUA (DoE) divulgou relatório mensal dizendo que a produção doméstica de petróleo dos EUA alcançou 9,358 milhões de barris por dia em julho, com crescimento de 94 mil barris/dia em relação a junho.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos de petróleo bruto para novembro fecharam a US$ 44,74 por barril, em baixa de US$ 0,35 (0,78%).

Na Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent para novembro fecharam a US$ 47,69 por barril, em queda de US$ 0,68 (1,41%).

Acompanhe tudo sobre:EnergiaPetróleoPreços

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame