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Petróleo cai 0,7% por dólar alto e estoques de gasolina

Relatório sobre estoques da commodity nos EUA pressionou os preços

Chama saindo de refinaria de petróleo: estoques norte-americanos da commodity recuaram de 2,357 milhões para 371,766 milhões de barris (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 18h58.

Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em queda nesta quarta-feira, pressionados por alguns indicadores econômicos decepcionantes na Europa e nos Estados Unidos, a alta do dólar e o aumento nos estoques de gasolina.

O contrato de petróleo para janeiro perdeu US$ 0,62 (0,70%) e encerrou a US$ 87,88 o barril. Na plataforma eletrônica ICE, o petróleo do tipo Brent para janeiro recuou US$ 1,03 (0,94%), terminando a US$ 108,81 o barril.

O principal fator que pressionou o petróleo nesta sessão foi o relatório semanal sobre os estoques nos EUA, divulgado pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Os estoques de petróleo bruto caíram 2,357 milhões de barris na semana encerrada em 30 de novembro, para 371,766 milhões de barris. Analistas consultados pela Dow Jones esperavam uma queda significativamente menor, de 300 mil barris.

Mas os estoques de gasolina avançaram 7,86 milhões de barris, ante estimativa de alta de 1,8 milhão de barris. E os estoques de destilados subiram 3,027 milhões de barris, quando a projeção era de crescimento de 600 mil barris. "O aumento acima do esperado nos estoques de gasolina e a alta do dólar parecem responsáveis pela postura de aversão ao risco. Com o abismo fiscal e o fim do ano se aproximando, nós acreditamos que o petróleo vai continuar a registrar fortes quedas", comentou John Macaluso, analista da Tyche Capital Advisors.

Os contratos de gasolina reformulada (RBOB) para janeiro perderam US$ 0,0512 (1,90%), fechando a US$ 2,6378 o galão, na Comex, o menor nível em três semanas.


O dia começou com tom positivo após o novo governo da China afirmar que vai "manter a continuidade e a estabilidade de suas políticas macroeconômicas". Os líderes chineses também disseram que irão acelerar o desenvolvimento de regiões economicamente subdesenvolvidas do país, o que foi interpretado como um sinal de que a China vai investir em urbanização e na construção de moradias públicas.

O ânimo, contudo, diminuiu após a notícia de que as vendas no varejo da zona do euro caíram 1,2% em outubro, na comparação com setembro. Além disso, o índice dos gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro subiu para 46,5 em novembro, mas permaneceu abaixo do patamar de 50, o que indica contração da atividade.

Indicadores divulgados nos EUA colaboraram para a redução do entusiasmo. O setor privado dos EUA criou 118 mil empregos em novembro, menos do que os 125 mil novos postos de trabalho esperados. Diante disso, tiveram pouco efeito o aumento de 2,9% na produtividade da mão de obra no terceiro trimestre, que foi a maior alta em dois anos; o avanço do índice de atividade do setor de serviços medido pelo ISM para 54,7 em novembro; e o crescimento mensal de 0,8% nas encomendas à indústria em outubro. As informações são da Dow Jones.

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Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em queda nesta quarta-feira, pressionados por alguns indicadores econômicos decepcionantes na Europa e nos Estados Unidos, a alta do dólar e o aumento nos estoques de gasolina.

O contrato de petróleo para janeiro perdeu US$ 0,62 (0,70%) e encerrou a US$ 87,88 o barril. Na plataforma eletrônica ICE, o petróleo do tipo Brent para janeiro recuou US$ 1,03 (0,94%), terminando a US$ 108,81 o barril.

O principal fator que pressionou o petróleo nesta sessão foi o relatório semanal sobre os estoques nos EUA, divulgado pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Os estoques de petróleo bruto caíram 2,357 milhões de barris na semana encerrada em 30 de novembro, para 371,766 milhões de barris. Analistas consultados pela Dow Jones esperavam uma queda significativamente menor, de 300 mil barris.

Mas os estoques de gasolina avançaram 7,86 milhões de barris, ante estimativa de alta de 1,8 milhão de barris. E os estoques de destilados subiram 3,027 milhões de barris, quando a projeção era de crescimento de 600 mil barris. "O aumento acima do esperado nos estoques de gasolina e a alta do dólar parecem responsáveis pela postura de aversão ao risco. Com o abismo fiscal e o fim do ano se aproximando, nós acreditamos que o petróleo vai continuar a registrar fortes quedas", comentou John Macaluso, analista da Tyche Capital Advisors.

Os contratos de gasolina reformulada (RBOB) para janeiro perderam US$ 0,0512 (1,90%), fechando a US$ 2,6378 o galão, na Comex, o menor nível em três semanas.


O dia começou com tom positivo após o novo governo da China afirmar que vai "manter a continuidade e a estabilidade de suas políticas macroeconômicas". Os líderes chineses também disseram que irão acelerar o desenvolvimento de regiões economicamente subdesenvolvidas do país, o que foi interpretado como um sinal de que a China vai investir em urbanização e na construção de moradias públicas.

O ânimo, contudo, diminuiu após a notícia de que as vendas no varejo da zona do euro caíram 1,2% em outubro, na comparação com setembro. Além disso, o índice dos gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro subiu para 46,5 em novembro, mas permaneceu abaixo do patamar de 50, o que indica contração da atividade.

Indicadores divulgados nos EUA colaboraram para a redução do entusiasmo. O setor privado dos EUA criou 118 mil empregos em novembro, menos do que os 125 mil novos postos de trabalho esperados. Diante disso, tiveram pouco efeito o aumento de 2,9% na produtividade da mão de obra no terceiro trimestre, que foi a maior alta em dois anos; o avanço do índice de atividade do setor de serviços medido pelo ISM para 54,7 em novembro; e o crescimento mensal de 0,8% nas encomendas à indústria em outubro. As informações são da Dow Jones.

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