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Petróleo Brent renova mínima em cinco anos

O mercado parece estar aceitando cada vez mais que haverá vastas reservas globais de petróleo no próximo ano

Petróleo: o banco prevê que o petróleo varie em média a US$ 70 por barril em 2015, uma queda de quase 30% (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2014 às 10h29.

Londres - Os contratos futuros de petróleo Brent atingiram a mínima em cinco anos na manhã desta segunda-feira, tendo em vista que o mercado parece estar aceitando cada vez mais que haverá vastas reservas globais de petróleo no próximo ano.

O Morgan Stanley reduziu mais cedo suas previsões para os preços do petróleo ao longo dos próximos cinco anos, reiterando algumas preocupações de que a oferta deve manter os preços baixos por algum tempo.

No cenário base, o banco prevê que o petróleo varie em média a US$ 70 por barril em 2015, uma queda de quase 30% ou US$ 28 a partir de sua previsão anterior.

Em um cenário de pior caso, os preços no próximo ano poderiam perder 38%, em média.

A entidade prevê que os preços devem se recuperar gradualmente a uma média de US$ 100 por barril até 2017, apenas US$ 4 abaixo da estimativa anterior.

Sem a intervenção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o mercado global de petróleo bruto está em risco de se "tornar desequilibrado, com pico de excesso de oferta provavelmente no segundo trimestre de 2015", disse o analista Adam Longson, do Morgan Stanley. Mas ele não vê os níveis de estresse correspondentes àqueles de crises petrolíferas anteriores.

Abhishek Deshpande, analista de petróleo do Natixis Bank, disse que a queda dos preços do petróleo devem impulsionar a demanda, o que poderia ajudar na segunda metade de 2015 ao reduzir potencialmente a diferença entre oferta e demanda. Mas isso não seria o suficiente para levantar os preços do petróleo de volta para onde estavam em junho. A mudança de volta aos níveis acima de US$ 110 por barril só seria possível se houvesse grandes rupturas nos principais países produtores de petróleo, disse ele.

Mesmo países que têm encontrado dificuldades diante de interrupções na oferta nos últimos tempos estão inundados com óleo.

Na Nigéria, onde os rebeldes atacam oleodutos regularmente, menos de um terço das cargas de janeiro foram vendidos com apenas duas semanas restantes antes de os barris de fevereiro se tornarem disponíveis, de acordo com a KBC Energy Economics.

O excedente bruto de Oeste Africano é um indicador da demanda na bacia do Atlântico e cargas não vendidas no país africano têm mantido o preço do petróleo Brent em baixa.

Ainda esta semana, o foco do mercado se deslocará para os relatórios mensais do Departamento de Energia dos EUA, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e da Agência Internacional de Energia (AIE).

Às 9h57 (de Brasília), o Brent para janeiro recuava 2,50%, a US$ 67,34 por barril, na plataforma eletrônica ICE, enquanto na Nymex, o petróleo para o mesmo mês tinha queda de 2,04%, a US$ 64,48 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Londres - Os contratos futuros de petróleo Brent atingiram a mínima em cinco anos na manhã desta segunda-feira, tendo em vista que o mercado parece estar aceitando cada vez mais que haverá vastas reservas globais de petróleo no próximo ano.

O Morgan Stanley reduziu mais cedo suas previsões para os preços do petróleo ao longo dos próximos cinco anos, reiterando algumas preocupações de que a oferta deve manter os preços baixos por algum tempo.

No cenário base, o banco prevê que o petróleo varie em média a US$ 70 por barril em 2015, uma queda de quase 30% ou US$ 28 a partir de sua previsão anterior.

Em um cenário de pior caso, os preços no próximo ano poderiam perder 38%, em média.

A entidade prevê que os preços devem se recuperar gradualmente a uma média de US$ 100 por barril até 2017, apenas US$ 4 abaixo da estimativa anterior.

Sem a intervenção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o mercado global de petróleo bruto está em risco de se "tornar desequilibrado, com pico de excesso de oferta provavelmente no segundo trimestre de 2015", disse o analista Adam Longson, do Morgan Stanley. Mas ele não vê os níveis de estresse correspondentes àqueles de crises petrolíferas anteriores.

Abhishek Deshpande, analista de petróleo do Natixis Bank, disse que a queda dos preços do petróleo devem impulsionar a demanda, o que poderia ajudar na segunda metade de 2015 ao reduzir potencialmente a diferença entre oferta e demanda. Mas isso não seria o suficiente para levantar os preços do petróleo de volta para onde estavam em junho. A mudança de volta aos níveis acima de US$ 110 por barril só seria possível se houvesse grandes rupturas nos principais países produtores de petróleo, disse ele.

Mesmo países que têm encontrado dificuldades diante de interrupções na oferta nos últimos tempos estão inundados com óleo.

Na Nigéria, onde os rebeldes atacam oleodutos regularmente, menos de um terço das cargas de janeiro foram vendidos com apenas duas semanas restantes antes de os barris de fevereiro se tornarem disponíveis, de acordo com a KBC Energy Economics.

O excedente bruto de Oeste Africano é um indicador da demanda na bacia do Atlântico e cargas não vendidas no país africano têm mantido o preço do petróleo Brent em baixa.

Ainda esta semana, o foco do mercado se deslocará para os relatórios mensais do Departamento de Energia dos EUA, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e da Agência Internacional de Energia (AIE).

Às 9h57 (de Brasília), o Brent para janeiro recuava 2,50%, a US$ 67,34 por barril, na plataforma eletrônica ICE, enquanto na Nymex, o petróleo para o mesmo mês tinha queda de 2,04%, a US$ 64,48 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.

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