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Petrobras: troca de CEOs atrapalha crédito e exige vigilância, diz Moody's

Agência vê risco de interferência do governo em controles internos da estatal e pede independência de conselheiros

Petrobras (Luiz Souza/NurPhoto/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 25 de maio de 2022 às 09h16.

Última atualização em 25 de maio de 2022 às 09h31.

As frequentes trocas de comando da Petrobras pesam negativamente para análise de credito da empresa e exigem uma "vigilância apertada" sobre sua governança. Isso é o que afirma a Moody's, uma das principais agências de classificação de risco do mundo.

Caio Paes de Andrade, atual secretário de desburocratização do Ministério da Economia, foi indicado nesta semana para a presidência da estatal em menos de dois meses após José Mauro Ferreira Coelho assumir o cargo.

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Paes, se aprovado pelo Conselho de Administração da empresa, será o terceiro a presidir a Petrobras neste ano -- e o quarto durante o governo Jair Bolsonaro. Todas as demissões tiveram como pano de fundo alta de preços dos combustíveis.

"Apesar das frequentes mudanças de CEOs e conselheiros, o governo reivindica respeito à governança corporativa da Petrobras", afirmou a Moody's. Segundo a agência, "controles internos robustos" protegem os credores, mas não estão imunes.

"O governo brasileiro controla o capital da empresa e pode alterar seus controles internos se assim o desejar", disse o relatório. "Monitorar a independência dos conselheiros e as decisões que eles tomam para apoiar ou enfraquecer a governança corporativa da Petrobras será importante."

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