Petrobras (PETR4) e Prio (PRIO3) lideram quedas do Ibovespa com baixa do petróleo
O petróleo cai no mercado internacional devido ao adiamento da próxima reunião da Opep
Repórter de Invest
Publicado em 22 de novembro de 2023 às 13h37.
Última atualização em 22 de novembro de 2023 às 19h11.
A sessão desta quarta-feira, 22, é de perdas para os ativos atrelados ao petróleo. No Ibovespa, Prio (PRIO3) e Petrobras (PETR3;PETR4) lideraram as quedas na maior parte do dia — embora a estatal tenha recuperado o fôlego no fechamento —, enquanto a matéria-prima cede por volta de 4% no mercado internacional.
No fechamento, os papéis das petrolíferas tiveram os seguintes desempenhos:
- Prio (PRIO3): -1,54%
- 3R Petroleum (RRRP3): -1,10%
- PetroRecôncavo (RECV3): -0,76%
- Petrobras (PETR3): +0,09%
- Petrobras (PETR4): +0,02%
O tombo do petróleo nesta quarta acontece porque a Organização dos Países Exportadores de Petróleo ( Opep ) confirmou que a reunião do Comitê Conjunto de Acompanhamento Ministerial foi adiada para 30 de novembro. O fato que alimentou as apostas de investidores de que as restrições na produção da matéria-prima podem não acontecer — sobretudo se os cortes da Arábia-Saudita e Rússia de fato vão se concretizar.
Diante disso, o petróleo Brent, referência global da commodity, e o WTI, referência para o mercado americano, caíram 0,59% e 0,86%, respectivamente.
Plano Estratégico da Petrobras (PETR4)
Outro fator que tem influenciado nos papéis da Petrobras é o seu novo plano estratégico. Durante a participação em evento no Rio de Janeiro, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, afirmou que o PE 2024-2028 será divulgado na próxima sexta-feira, 24. Vale destacar que o novo plano tem sido alvo de críticas e chegou a ter tentativas de adiamento.
Fontes ouvidas pelo Exame IN afirmam que o conselho de administração enfrenta um impasse: entender a estratégia da companhia na transição energética – tema que é uma das bandeiras do governo federal e do CEO Jean Paul Prates.
Em relatório, os analistas do BTG Pactual (mesmo grupo controlador da EXAME) dizem ainda estar otimistas com o novo plano, que tem como fator determinante a alocação de capital e o potencial de crescimento da produção. “Acreditamos que o novo plano de investimento não impedirá a capacidade da empresa de distribuir dividendos substanciais no futuro, reforçando a sua convincente história de carrego”, dizem os analistas.